Pelo
menos 105 contaminados com o vírus zika, que pode causar más-formações
cerebrais nos bebês, foram confirmados na Guatemala, indicou a
epidemiologista do ministério da Saúde, Judith García, em declarações,
neste sábado, à imprensa.
"Nós,
até o momento, já temos 105 casos confirmados de 200 suspeitos, dos
quais 68 são de 2015", disse a funcionária ao jornal local Prensa Libre.
"Vamos
pensar que a cada paciente positivo confirmado poderíamos ter três
pacientes a mais que não chegaram ou que podem estar assintomáticos.
Então, poderíamos estar falando de uma média de 800 a mil casos
suspeitos na Guatemala, falando só da área de atenção pública",
acrescentou a especialista.
Transmitido
por el mosquito "Aedes aegypti" - que também transmite dengue e
chicungunya -, o zika provoca sintomas leves como febre baixa, dor de
cabeça e articular ou erupções.
"O
clima temperado úmido da Guatemala é bastante favorável (ao vírus),
sobretudo com as mudanças climáticas que elevaram a temperatura",
acrescentou.
Com
mais de 1,5 milhão de contaminados desde abril, o Brasil é o país mais
afetado pelo vírus, seguido da Colômbia, que neste sábado confirmou mais
de 20 mil casos, dois mil deles em mulheres grávidas.
O
Brasil investiga a relação do zika com os mais de 3.400 casos suspeitos
de microcefalia em bebês reportados em meio a um surto do vírus.
"No
entanto, chama um pouco a atenção que em outros países que tiveram zika
antes não haja documentação. Então, por enquanto, é apenas uma
associação, mas não temos comprovado que realmente isto aconteça",
destacou García.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o zika já está presente em 21 dos 55 países e territórios das Américas.
Este
vírus foi detectado pela primeira vez em Uganda em 1947, em um símio.
Ele tem o nome de uma floresta ao sul de Kampala, capital deste país
africano.
https://br.noticias.yahoo.com/confirmados-105-casos-zika-guatemala-224616517.html?nhp=1
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