O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou hoje (1º), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, a abertura de dois inquéritos para investigar na Operação Lava
Jato o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores
Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio do Amaral (PT-MS), além do deputado
federal Aníbal Gomes (PMDB-CE).
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Os pedidos de abertura de investigação foram feitos ontem (30) pela
Procuradoria-Geral da República. Com a decisão, Barbalho e Delcídio, que
foi
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preso na semana passada por determinação do Supremo, passam a ser
investigados na Lava Jato. Calheiros e Gomes são investigados pelo STF
em outro inquérito, aberto em março, após as primeiras denúncias do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Os pedidos de investigação foram enviados ao Supremo em segredo de
Justiça e os detalhes não foram divulgados. Os crimes citados são
corrupção e lavagem de dinheiro. Zavascki enviou os inquéritos para a
Polícia Federal, que deverá iniciar a investigações.
Sobre o pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República, o
senador Renan Calheiros disse, em nota, que reitera que as relações com
empresas públicas nunca ultrapassaram os limites institucionais. “O
Senador já prestou os esclarecimentos necessários, mas está à disposição
para novas informações, se for o caso”, diz o texto. A nota informa
ainda que o presidente do Senado nunca “autorizou, credenciou ou
consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros”.
Procurado pela Agência Brasi, o senador Jader Barbalho respondeu que
está fora de Brasília e deve se pronunciar amanhã. A defesa do deputado
Aníbal Gomes informou que não teve acesso ao material entregue ao STF.
Segundo o advogado do deputado, quando o parlamentar for chamado,
prestará os esclarecimentos.
A Agência Brasil procurou também a defesa do senador Delcídio do
Amaral. A assessoria do escritório do advogado Maurício Leite disse que a
defesa ainda não teve acesso ao inquérito e que, por isso, ainda não
pode se pronunciar.
Com a abertura dos novos inquéritos, o STF passa a processar 68
investigados na Lava Jato. Entre eles, 23 deputados federais, 14
senadores, 1 ministro de Estado e um ministro do Tribunal de Contas da
União (TCU). Os demais não têm foro por prerrogativa de função, mas são
processados pela Corte, por ter ligações diretas com parlamentares.
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