quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Preso na Lava Jato, Marcelo Odebrecht se afasta do comando da construtora Comente

Marcelo Bahia Odebrecht se afasta da presidência da construtora Odebrecht 
O empresário Marcelo Odebrecht decidiu se afastar da presidência da construtora que leva o nome de sua família, informou na noite desta quinta-feira (10) a assessoria de imprensa do grupo empresarial. Ainda de acordo com a nota, ele também não preside mais os conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental. 

A nota enviada pela construtora afirma que a decisão foi tomada por Marcelo Odebrecht na quarta-feira (9) "passados seis meses de sua prisão e tendo em vista o andamento de seu processo judicial". A assessoria de imprensa informa ainda que o "Conselho de Administração da Odebrecht S.A. formalizou a nomeação de Newton de Souza, que segue como diretor-presidente da Odebrecht S.A. e Presidente dos Conselhos de Administração das empresas mencionadas."

A Odebrecht diz ainda "acreditar que a injusta e desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua defesa nas ações penais a que responde. A Odebrecht confia que ao final dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será formalmente reconhecida".

Os ministros da 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal da Justiça) adiaram para a próxima terça-feira (15) a decisão sobre pedido de liberdade apresentado pela defesa de Odebrecht. O ministro Ribeiro Dantas já se posicionou a favor do habeas corpus e sugeriu a aplicação de pena alternativa. Conforme pessoas com acesso aos demais ministros, contudo, a tendência é que o placar  se repita na próxima semana e Odebrecht continue preso.

A mesma 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) já havia negado antes o pedido de habeas corpus para o empresário Otávio Marques de Azevedo, do grupo Andrade Gutierrez. Por quatro votos a um, os ministros decidiram mantê-lo preso sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Lava Jato.


A Procuradoria Geral da República denunciou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao STF (Supremo Tribunal Federal), em agosto de 2015, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, supostamente praticados dentro do esquema investigado pela Operação Lava Jato. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF para que Cunha seja considerado réu no processo. O principal indício do suposto envolvimento de Cunha é o depoimento do lobista Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná. Camargo é um dos delatores da Lava Jato e disse ter pago US$ 5 milhões em propina a Eduardo Cunha por meio do também lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o principal operador do esquema junto ao PMDB. Em sua delação premiada, Fernando Baiano teria confirmado a informação. Cunha negou a alegação feita por Camargo 
 
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/12/10/preso-na-lava-jato-marcelo-odebrecht-se-afasta-do-comando-da-construtora.htm

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