O empresário Marcelo Odebrecht decidiu se afastar da
presidência da construtora que leva o nome de sua família, informou na
noite desta quinta-feira (10) a assessoria de imprensa do grupo
empresarial. Ainda de acordo com a nota, ele também não preside mais os
conselhos de Administração da Braskem, Odebrecht Óleo e Gás, Odebrecht
Realizações Imobiliárias e Odebrecht Ambiental.
A nota enviada
pela construtora afirma que a decisão foi tomada por Marcelo Odebrecht
na quarta-feira (9) "passados seis meses de sua prisão e tendo em vista o
andamento de seu processo judicial". A assessoria de imprensa informa
ainda que o "Conselho de Administração da Odebrecht S.A. formalizou a
nomeação de Newton de Souza, que segue como diretor-presidente da
Odebrecht S.A. e Presidente dos Conselhos de Administração das empresas
mencionadas."
A Odebrecht diz ainda "acreditar que a injusta e
desnecessária prisão preventiva de Marcelo será revogada, o que
possibilitará que ele se dedique integralmente à sua família e à sua
defesa nas ações penais a que responde. A Odebrecht confia que ao final
dos processos judiciais em curso, a inocência de Marcelo Odebrecht será
formalmente reconhecida".
Os ministros da 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal da Justiça) adiaram para a próxima terça-feira (15) a decisão sobre pedido de liberdade apresentado pela defesa de Odebrecht.
O ministro Ribeiro Dantas já se posicionou a favor do habeas corpus e
sugeriu a aplicação de pena alternativa. Conforme pessoas com acesso aos
demais ministros, contudo, a tendência é que o placar se repita na
próxima semana e Odebrecht continue preso.
A mesma 5ª Turma do
STJ (Superior Tribunal de Justiça) já havia negado antes o pedido de
habeas corpus para o empresário Otávio Marques de Azevedo, do grupo
Andrade Gutierrez. Por quatro votos a um, os ministros decidiram
mantê-lo preso sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da
Lava Jato.
A
Procuradoria Geral da República denunciou o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao STF (Supremo Tribunal Federal), em agosto de
2015, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, supostamente
praticados dentro do esquema investigado pela Operação Lava Jato. A
denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF para que Cunha seja
considerado réu no processo. O principal indício do suposto envolvimento
de Cunha é o depoimento do lobista Júlio Camargo à Justiça Federal do
Paraná. Camargo é um dos delatores da Lava Jato e disse ter pago US$ 5
milhões em propina a Eduardo Cunha por meio do também lobista Fernando
Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o principal
operador do esquema junto ao PMDB. Em sua delação premiada, Fernando
Baiano teria confirmado a informação. Cunha negou a alegação feita por
Camargo
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/12/10/preso-na-lava-jato-marcelo-odebrecht-se-afasta-do-comando-da-construtora.htm
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