Lava Jato: ex-executivo da Engevix é condenado a 19 anos de prisão
O juiz Sérgio Moro condenou também Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, que serão beneficiados pelo acordo de delação
O
juiz federal Sérgio Moro condenou nesta segunda-feira (14) o ex-vice
presidente da empreiteira Engevix Gerson Almada a 19 anos de prisão
pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com as
investigações da Operação Lava Jato, a empreiteira participou do cartel
de licitações em contratos da estatal.
Na mesma decisão, Moro
condenou o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa. No entanto, como os dois investigados
fizeram acordo de delação, serão beneficiados com redução de pena.
Sérgio Moro condenou também o doleiro Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa
De acordo com a sentença do juiz, ao contrário do que
foi dito por Almada, ele não foi vítima de extosão. Segundo Moro, os
pagamentos de propina foram efetuados ao doleiro Alberto Yousseff e ao
ex-diretor da Abastecimento da Petrobras mesmo após a saída Costa da
Petrobras, em 2012.
"Não só houve pagamentos milionários
pela Engevix após abril de 2012, mas foram inclusive celebrados depois
desta data dois dos contratos de consultoria simulados utilizados para
repasse de propinas (em 27/03/2013 e 07/01/2014). Inviável, no contexto,
o reconhecimento de que a Engevix teria sido vítima de extorsão",
afirmou o juiz.
Durante a investigação, a defesa de
Almada reconheceu que ele fez pagamentos ao esquema de corrupção na
Petrobras. Segundo seus advogados, ele sofreu ameaças do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para fazer os
pagamentos.
Na mesma sentença, Sergio Moro absolveu três executivos ligados à Engevix, por falta de provas.
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