O
procurador-geral da República Rodrigo Janot garantiu categoricamente
aos senadores, durante a sabatina a que é submetido nesta quarta-feira,
26, que não existe nenhuma possibilidade de fazer um acordão com
empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato.
"Eu
nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa
interferir nas investigações", afirmou Janot, respondendo a uma
indagação do senador Álvaro Dias (PSDB/PR) sobre supostas negociações
entre os investigadores da Lava Jato e as empreiteiras que são
investigadas por formação de cartel para assumir o controle de contratos
bilionários da Petrobrás.
"Senador, há mais
de 36 anos eu fiz opção pelo Direito, há 31 anos pelo Ministério
Público. A essa altura da minha vida eu não deixaria os trilhos da
atuação técnica do Ministério Público Federal para me embrenhar num
processo que não domino e não conheço que é o caminho da política",
disse Janot.
O
chefe do Ministério Público Federal foi taxativo. "Sou Ministério
Público, penso como Ministério Público, ajo como Ministério Público. É o
compromisso que eu assumo: não há possibilidade de qualquer acordão,
como se diz por aí."Janot destacou que 'todo esse material (conteúdo da
grande investigação) é inteiramente aberto ao conhecimento de todo
cidadão brasileiro'.
"A atuação do Ministério Público passa a ser escrutinado por toda a sociedade, tudo está aberto, tudo", reiterou Rodrigo Janot.
"Ainda que eu quisesse fazer um acordo desses eu teria que combinar com os russos", disse o procurador-geral.
Ele
lembrou que a equipe da Lava Jato é numerosa. "Tenho 20 colegas e um
grupo de delegados muito preparados e profissionais da Polícia Federal.
Mesmo que eu tivesse que fazer um acordo desses teria que combinar com
os russos. É uma ilação impossível."
Rodrigo Janot está
sendo sabatinado no Senado nesta quarta-feira, 26. Após vencer com folga
a eleição do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot foi indicado
pela presidente Dilma Rousseff para ser reconduzido ao cargo de
procurador-geral da República.
Seu nome ainda deve ser chancelado
pelo Senado nesta quarta-feira e a expectativa é de que mesmo com 13 dos
81 senadores investigados na Lava Jato, apenas Fernando Collor (PTB-AL)
adotará tom crítico ao procurador. Collor está sentado na primeira fila
de senadores.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/eu-teria-que-combinar-com-os-russos-diz-janot-sobre-acord%C3%A3o/ar-BBm7nZz?li=AA520y
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