terça-feira, 25 de agosto de 2015

Desemprego sobe a 8,3% no segundo trimestre, o maior desde 2012, diz IBGE.

O desemprego no Brasil subiu a 8,3% no segundo trimestre de 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele é maior tanto na comparação com o primeiro trimestre de 2015 (7,9%), quanto com o segundo trimestre de 2014 (6,8%), e é a maior taxa da série histórica, que começou em 2012.


O número de desempregados foi estimado em 8,4 milhões de pessoas, subindo 5,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e 23,5% na comparação com o segundo trimestre de 2014. A população com trabalho foi estimada em 92,2 milhões, ficando estável nas duas comparações, segundo o instituto.

Os dados fazem parte da Pnad  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (25). Ela leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Em um ano, desemprego subiu em todas as regiões

No segundo trimestre de 2015, frente ao mesmo período de 2014, o desemprego cresceu em todas as regiões: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%).

Entre os Estados, mais o Distrito Federal, Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).

Número de carteiras e renda ficaram estáveis

Segundo o IBGE, 78,1% dos empregados no setor privado têm carteira de trabalho assinada, mesmo percentual registrado no segundo trimestre de 2014.

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) do trabalhador cresceu 1,4% em um ano (de R$ 1.855,47 para R$ 1.882,20) e caiu 0,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2015 (de R$ 1.891,52 a R$ 1.882,20).

Esses dados permaneceram estáveis nas comparações anual e mensal, de acordo com o instituto.

Desemprego é maior entre as mulheres

O desemprego entre as mulheres foi de 9,8% no segundo trimestre e continua maior do que entre os homens, que é de 7,1%.

Baseado no nível de escolaridade, o maior desemprego registrado foi entre aqueles que têm ensino médio incompleto (13,8%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 9,7%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,1%).

Número de pessoas fora da força de trabalho fica estável

No segundo trimestre deste ano, 38,7% das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho. Ou seja, elas não tinham emprego, e nem procuraram algum nos 30 dias anteriores à pesquisa. Esse número ficou estável na comparação com o trimestre anterior e com o mesmo período de 2014.

A população fora da força de trabalho é composta em sua maioria por mulheres. No segundo trimestre de 2015, elas representavam 65,8%.

O Nordeste foi a região com a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (42,8%). As regiões Sul (36,0%) e Centro-Oeste (34,8%) tiveram os menores percentuais.

No segundo trimestre de 2015, cerca de 35,1% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles com menos de 25 anos de idade somavam 28,8% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,1%.

Em outra pesquisa, desemprego subiu a 7,5% em julho

Além da Pnad Contínua, o IBGE divulga a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), com dados mensais do mercado de trabalho. Ela é baseada em seis regiões metropolitanas do Brasil: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Na última, com o resultado de julho e divulgada na semana passada, o desemprego subiu a 7,5%, o maior para o mês em seis anos.

Julho teve corte de vagas

Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou que o mês de julho teve corte de 157.905 vagas com carteira de trabalho assinada, o pior julho desde 1992.

No ano, de janeiro a julho, o Brasil perdeu 494.386 empregos com carteira assinada, segundo o Ministério.

http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/economia/2015/08/25/desemprego-sobe-a-83-no-segundo-trimestre-diz-ibge.htm

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