Na avaliação do coronel, os postos
macularam o policiamento comunitário. Para ele, o policiamento
comunitário é muito mais do que um posto físico e pressupõe mobilidade e
interação com a população.
O
chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Nunes,
confirmou na tarde desta quinta (11) que os postos comunitários da
corporação, implantados durante o governo de José Roberto Arruda, serão
desativados. A declaração foi feita em reunião da Comissão de
Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa
do Distrito Federal. O presidente da Comissão, deputado Joe Valle
(PDT), propôs a realização de uma audiência pública, em conjunto com a
Comissão de Segurança da Casa, para debater a futura destinação dos
postos.
Na avaliação do coronel, os postos macularam o policiamento
comunitário. Para ele, o policiamento comunitário é muito mais do que um
posto físico e pressupõe mobilidade e interação com a população. "Não
podemos concordar com o engessamento do policiamento. Precisamos de
mobilidade para atuar preventivamente", explicou.
De acordo com o militar, o corpo técnico da PM não foi ouvido na
implementação do programa, o que contribuiu para sua inviabilização.
Outro problema apontado foi a falta de critérios técnicos de localização
dos postos. Para o pleno funcionamento dos postos, segundo estimativa
do coronel, seriam necessários mais nove mil policiais.
Coronel Nunes informou ainda que algumas recomendações feitas pelo
Tribunal de Contas do DF não têm como ser atendidas. "A saída é não
continuar insistindo nesse erro e desativar o programa, que causa
prejuízo para a polícia e para a população", afirmou.
Somente serão mantidas algumas unidades que são consideras
estratégicas pela PM, como o posto da Estrutural. O programa previa
inicialmente a implantação de 300 postos, mas somente 131 foram criados,
ao custo de R$ 18 milhões. Dezesseis postos comunitários já foram
queimados pela população, desde sua implantação.
Outros
O deputado Chico Leite (PT) aproveitou a presença do
coronel e pediu informações sobre a situação do plano de saúde dos
policiais e sobre a reestruturação da carreira da corporação. De acordo
com o coronel, a corporação já iniciou o pagamento de dívidas com
algumas clínicas e inaugurou no ano passado um hospital próprio para
melhorar o atendimento aos policiais.
Leite sugeriu que a Comissão solicite cópias dos resultados de quatro
auditorias internas realizadas na área de saúde da PM para análise dos
técnicos da Comissão.
Em relação à reestruturação da carreira, a proposta foi elaborada por
uma comissão interna e prevê a quebra de um paradigma permitindo
promoções a cada quatro anos. Mas o projeto está parado no governo e
ainda não foi encaminhado ao Congresso Nacional, onde tem que ser
analisado.
http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/625557/postos-comunitarios-da-pm-serao-desativados-no-df/
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