Segundo a empreiteira, Paulo Dalmazzo deixou a empresa em 2013. No sábado (22), construtora investigada já havia negado dois vínculos.
A construtora Andrade Gutierrez emitiu nota neste domingo (21) para negar vínculo com mais um preso na 14ª fase da Operação Lava Jato. Conforme a empresa, o suspeito Paulo Roberto Dalmazzo, preso preventivamente na sexta (19), deixou se ser funcionário da empreiteira em 2013.
No sábado (20), a Andrade Gutierrez já havia emitido nota para negar vínculo
com outro ex-funcionário, Antonio Pedro Campelo de Souza, além de
Flávio Lucio Magalhães, apontado pelas investigações como operador da
empresa. Os presos haviam sido vinculados à empreiteira em coletiva de
imprensa da PF realizada em Curitiba na sexta.
Dalmazzo foi implicado nas investigações por delatores do esquema,
conforme o despacho que decretou as prisões, assinado pelo juiz federal
Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira
instância. Segundo Moro, Paulo Roberto Costa
e Pedro Barusco, ex-funcionários da estatal que confessaram os crimes
apontaram Dalmazzo como contato, enquanto ele era funcionário da Andrade Gutierrez.
Já com relação a Antônio Pedro Campelo de Souza Dias, Moro destaca que
ele foi diretor da Andrade Gutierrez e, nessa função, assinou contratos
da empreiteira com empresas do acusado de ser operador do esquema Mário
Góes. Segundo o Ministério Público Federal, os contratos eram de fachada
para pagamento de propina a beneficiários do esquema de corrupção. Ele
não pertence mais aos quadros da empresa.
Flávio Lúcio Magalhães é citado em trecho da delação premiada de Alberto Youssef,
anexada por Moro no despacho. O doleiro afirma que Flávio, acompanhado
do diretor da Andrade Gutierrez na Venezuela, pediu para Youssef
“internalizar” valores ilegais. Conforme a delação, Youssef entendeu que
seria uma operação de caixa 2 da Andrade Gutierrez.
Veja a nota da Andrade Gutierrez:
"A Andrade Gutierrez considera as prisões de seus executivos
abusivas e sem fundamento objetivo. A ausência de provas na decisão
judicial, e nas declarações dos procuradores e policiais, deixa claro
que as prisões foram decretadas sem nenhum indício que justifique tal
decisão. A empresa reitera que nunca participou de cartel, acordo ou
fraude em licitações. Prova disso é que a Andrade Gutierrez, sendo a
segunda maior construtora do país, é a 14a colocada entre as empresas
contratadas pela Petrobras no período investigado. Seus executivos são
inocentes."
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/06/andrade-gutierrez-nega-vinculo-com-mais-um-preso-da-operacao-lava-jato.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário