Depois de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, o
próximo integrante da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT)
que deve ser sabatinado por parlamentares da Comissão de Finanças e
Tributação da Câmara é Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
(BC).
A tentativa de levar Tombini para a Câmara será
feita no início desta semana pelo deputado federal Nelson Marchezan Jr.
(PSDB-RS). A proposta será apresentada para a Comissão de Finanças e
Tributação na terça-feira (5).
O parlamentar, que
apertou Levy durante audiência da última quarta-feira (29), defende que
Tombini seja ouvido pela Comissão da Camara para explicar a "pedalada
fiscal" feita pelo governo no ano passado, conforme mostrou o Tribunal
de Contas da União (TCU). A manobra contábil, utilizada pelo governo em
2014 e que envolveu o montante de R$ 40 bilhões, permitia melhorar as
contas do governo com o uso do caixa de bancos públicos.
"
Marchezan
diz que as respostas de Levy não foram claras sobre a manobra fiscal
feita pelo governo. "Eu fiz três vezes a mesma pergunta. Ele poderia
explicar se o Banco Central tem ferramentas para fazer o controle desse
tipo de operação. Ele tentou proteger o governo dele e eu tentei dar
transparência aos atos", diz Marchezan.
A manobra fiscal
foi feita em 2014, quando o titular da Fazenda era Guido Mantega. Como
Mantega deixou o governo, não pode ser convocado, apenas convidado pelos
parlamentares a explicar como foi feita a operação de uso de recursos
do caixa dos bancos públicos para pagar despesas relacionadas a
benefícios sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário