De licença, ex-governador volta ao País para enfrentar ações de improbidade
Depois de passar quase quatro meses fora do País, o ex-governador
Agnelo Queiroz está de volta. Ele desembarcou em São Paulo, onde mora um
de seus filhos, na semana passada, e deve voltar a Brasília a qualquer
momento. O mistério sobre a data de chegada do petista tem uma razão:
ele é aguardado para dar respostas concretas aos problemas atribuídos
pela nova gestão ao governo de Agnelo Queiroz. Há ainda, pelo menos,
três ações de improbidade administrativa tramitando na Justiça contra o
ex-governador.
O petista é médico e servidor da Secretaria de Saúde. Está,
atualmente, de licença e, segundo pessoas próximas, deve retornar ao
trabalho no mês de agosto. No início do ano, quando entregou o cargo a
Rodrigo Rollemberg e viajou para Miami, havia rumores de que o petista
assumiria um cargo no Governo Federal. Até a direção da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi cogitada. Mas o desgaste da imagem
dele, diante das contas deixadas para o sucessor e da sequência de
problemas enfrentados neste ano no Distrito Federal, deve inviabilizar
qualquer nomeação importante.
Ao Jornal de Brasília, um mês atrás, o ex-governador disse que ainda
não tem planos para o futuro: “Passei quatro anos trabalhando 19 horas
por dia, sem férias, de forma intensa. Preciso desse tempinho”.
Agnelo Queiroz deixou Miami, nos Estados Unidos, há cerca de um mês e
desembarcou na Argentina, onde mora a filha. Lá ficou até a semana
passada. Desde o início da viagem, ele diz, já estava previsto que
voltaria a Brasília no início do mês de maio.
Sem destino definido
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou
que “ainda não há uma definição sobre o local aonde o ex governador
será lotado quando terminar a licença”.
Explicações para todas as acusações
Agnelo Queiroz já disse que responderá às ações de improbidade
administrativa que tramitam no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios (TJDFT) e tem explicações para todas as acusações do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que propôs
ações de improbidade por irregularidades na emissão do Habite-se para
os prédios do novo centro administrativo do DF; por irregularidades no
contrato para a realização da Fórmula Indy em Brasília; e,
recentemente, pela reintegração de um ex-deputado distrital aos quadros
da Polícia Militar do Distrito Federal.
“Tenho certeza que tudo será completamente esclarecido”, apostou o ex-governador.
Ele disse que a atual gestão induziu, “de forma maldosa” até o MPDFT,
para “esconder a inoperância” e colocar a culpa na gestão passada. “O
objetivo desse governo é me desgastar”, disse.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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