A Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro resgatou, nesta sexta-feira
(17), dois trabalhadores chineses, que viviam em regime de trabalho
análogo à escravidão em uma pastelaria da Rua Camerino, no centro da
capital fluminense.
O resgate foi resultado da Operação Yulin,
feita por fiscais do Trabalho e do Procon-Rio em pastelarias do Rio,
de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense,
com o objetivo de combater o trabalho escravo urbano e o tráfico de
pessoas, além de verificar a procedência da carne servida aos
consumidores.
A pastelaria, de acordo com filmagens da equipe de
auditores-fiscais, não tem condições de dar vida digna aos trabalhadores
que lá habitam. Além disso, o comunicado da superintendência destaca a
“visível degradação” do ambiente de trabalho.
De acordo com a
auditora-fiscal do Trabalho, Márcia Albernaz, constatou-se um caso
típico de tráfico de pessoas, de acordo com o Protocolo de Palermo,
ratificado pelo Brasil, pois trata-se de pessoas duplamente vulneráveis –
por razões econômicas e geográficas –, “cuja mão de obra é facilmente
explorada pelo fato de terem sido alojados, ainda que tenham vindo
voluntariamente para o país”.
O comunicado diz ainda que o resgate
foi motivado pelas condições degradantes de trabalho e alojamento, além
de servidão por dívida, envolvendo famílias que ficaram na China, e
jornadas de trabalho superiores a 16 horas por dia.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/opera%C3%A7%C3%A3o-resgata-chineses-que-trabalhavam-em-regime-de-escravid%C3%A3o-no-rio/ar-AAbbl4a
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