Preservativo em fase de estudos será de material que imita a pele humana e aumenta sensibilidade
Austrália - A principal reclamação sobre os
preservativos está perto do fim. Uma camisinha que proporcionaria mais
prazer até mesmo do que o sexo sem proteção está sendo desenvolvida por
pesquisadores australianos. Além de aumentar a sensibilidade, o novo
produto poderá ter Viagra na composição e, assim, ajudar homens com
problema de ereção.
O estudo é da Universidade de Wollongong, na
Austrália e, de acordo com os cientistas, o objetivo da ‘camisinha do
futuro’ é preservar ou aumentar o prazer, para elevar a adesão dos
homens ao sexo seguro. A novidade também promete ser autolubrificável,
biodegradável, capaz de conduzir eletricidade e responder a estímulos.
Todos esses benefícios seriam
possíveis porque o preservativo será feito de hidrogel, e não de látex,
como os existentes no mercado hoje. Segundo Robert Gorkin, engenheiro
biomédico e líder do projeto, a substância conseguiria simular a pele
humana, no tato e na aparência. Ele conta que testes estão sendo feitos
para verificar a elasticidade e a proteção contra Doenças Sexualmente
Transmissíveis e gravidez. “Os primeiros indícios mostram que o material
é forte o suficiente e capaz de prevenir a transferência de pequenas
moléculas”, explica
Nove meses após o início das pesquisas, o grupo
acredita que o hidrogel é um bom substituto ao látex. “Poderemos
observar a atividade do cérebro para ver se o produto realmente passa
uma sensação melhor do que a do látex. Se você fizer com que a camisinha
seja tão prazerosa que a pessoa mal possa esperar para colocá-la, então
mais gente vai usá-la, e nós poderemos parar a transmissão de doenças”,
apontou.
A equipe da universidade australiana recebeu
uma das 52 bolsas da Fundação Bill e Melinda Gates, que pediu aos
cientistas para ajudarem a encontrar uma solução para as pessoas que não
gostam de usar preservativos. O investimento de cem mil dólares faz
parte do programa ‘Grand Challenges in Global Health’, que tenta
solucionar os grandes desafios da saúde mundial.
Melhor para as mulheres
Eduardo Bertero, integrante do Departamento de
Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, acredita que a nova
camisinha, mais fina e com material semelhante à pele, poderia aumentar o
prazer também da mulher, além do homem. Ele lembra que a grande queixa
dos usuários de preservativos é a perda sensibilidade, mesmo quando usam
os modelos mais modernos.
“A ideia do novo preservativo é bastante
interessante. A camisinha é feita de látex há anos e não evolui. Só é
preciso verificar se a proteção será a mesma, caso contrário não valerá a
pena”, aponta.
Bertero lembra, porém, que a inclusão do Viagra no preservativo pode não funcionar. Isso porque o medicamento só tem efeito se for usado oralmente. “Já tentaram injetar substâncias para ereção no pênis ou usá-las em forma de pomada de uso local, mas nada surtiu efeito”.
Os pesquisadores australianos esperam que a
tecnologia ajude a melhorar os hábitos onde há resistência ao sexo
protegido, como no sudeste asiático.
http://odia.ig.com.br/noticia/mundoeciencia/2015-04-14/nova-camisinha-da-prazer-de-usar.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário