Depois da revelação do conteúdo
da caixa-preta do Airbus A320 da Germanwings, que indicaria a intenção
de Andreas Lubitz de provocar a tragédia, a mídia europeia vasculha a
vida do copiloto. Na noite desta sexta-feira (27), a imprensa francesa
indicou que o copiloto conhecia bem a região da queda do avião, nos
Alpes franceses, onde passou férias com a família durante sua infância e
adolescência.
De acordo com a rede de televisão francesa i-Tele,
o copiloto e sua família passavam férias regularmente no camping do
aeroclube de Vaumeilh, perto do massivo de Trois Eveches, onde o avião
colidiu, entre 1996 e 2003. O período corresponde a uma parte da
infância e da adolescência de Lubitz, que tinha 28 anos.
Apaixonado
por voos em aviões planadores, ele praticava o hobbie na região dos
Alpes-de-Haute-Provence. A revelação foi feita pelo jornal francês Le Parisien, que conversou com um membro do clube de aeronáutica frequentado pelo copiloto em sua cidade natal, Montabaur, na Alemanha.
"Tenho
certeza de que Andreas participou ao menos uma ou duas vezes de
estágios de voo na cidade de Sisteron, em Alpes-de-Haute-Provence",
declarou Ernst Muller, integrante do aeroclube de Montabaur.
Outro membro do aeroclube,
Dieter Wagner, confirmou que o copiloto praticou o hobbie na região do
acidente. "Ele era amigo de minha sobrinha, com quem fez estágios de voo
em Alpes-de-Haute-Provence. Tenho certeza de que ele conhecia o lugar
da queda do avião e que ele o sobrevoou em planador", diz, descrevendo
Lubitz como "um obcecado pelos Alpes".
Namorada confirma que Lubitz sofria de depressão
Nesta
tarde, a polícia alemã fez buscas no apartamento da namorada de Lubitz e
a interrogou. A jovem confirmou as especulações da imprensa do país,
dizendo que o copiloto sofria de uma “severa depressão”.
Na
quinta-feira, a imprensa alemã já havia revelado que Lubitz teve
problemas psicológicos na época do curso para se tornar piloto. O
transtorno, ocorrido em 2006, o levou a interromper o treinamento
durante seis meses. Em 2010, ele retomou o curso e, um ano depois, foi
considerado apto a voar. A contratação dele pelo grupo Lufthansa ocorreu
em 2013.
O hospital
universitário de Dusseldorf, na Alemanha, divulgou hoje que o copiloto
realizou uma consulta no local no dia 10 de março. A instituição não
confirmou o motivo dessa visita médica para respeitar o direito de
privacidade dos pacientes. Mas insistiu que os rumores que ele recebeu
tratamento no hospital por motivos psiquátricos são falsos.
Atestados médicos rasgados
Mais
cedo, o Ministério Público de Dusseldorf revelou que Lubitz escondeu da
companhia aérea que estava de licença médica no dia da tragédia. Os
investigadores alemães encontraram atestados médicos rasgados na casa
dele.
Em um comunicado, a
procuradoria alemã não especifica a razão da licença médica. Os
atestados mencionam apenas “uma doença existente e a realização de
tratamentos médicos”, que segundo o Ministério Público de Dusseldorf,
“reforçam a tese” que Lubitz, “escondeu a doença do seu empregador e de
seu ambiente profissional”.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/copiloto-da-germanwings-passou-f%C3%A9rias-com-os-pais-na-regi%C3%A3o-da-trag%C3%A9dia-durante-7-anos/ar-AAa77eQ
Nenhum comentário:
Postar um comentário