São Paulo – Após a repercussão negativa da liberação de passagens aéreas para cônjuges de parlamentares, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sinalizou que deve recuar da decisão. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo
o jornal, Cunha marcou para amanhã uma reunião da Mesa Diretora da
Casa, com o objetivo de definir como lidar com o tema. Foi a própria
Mesa que decidiu criar o benefício na semana passada.
Ainda
segundo a publicação, uma das possiblidades estudadas é transformar a
regalia em exceção – neste caso, para conseguir uma passagem aérea para a
mulher, um deputado precisaria fazer um pedido à Mesa, que analisaria
as solicitações caso a caso.
Pela
decisão anterior, os parlamentares poderiam usar verba pública para
comprar bilhetes aéreos para seus cônjuges, desde que o trajeto fosse
entre Brasília e o estado de origem do parlamentar.
O
benefício é alvo de um abaixo-assinado na internet que já conta com 362
mil assinaturas. “Os salários dos deputados já são altos o suficiente
para que eles possam pagar por casa, viagens e manter uma vida de luxo que muitos brasileiros não têm”, diz o texto da campanha.
Com
a repercussão, parlamentares já se manifestaram contra a regalia.
Segundo a Folha, as bancadas do PT, PSOL, PPS e PSDB se comprometeram a
não usar o benefício.
O
bilhete aéreo para os cônjuges foi aprovado junto com uma série de
reajustes das verbas recebidas pelos parlamentares. Foram reajustados os
valores da verba de gabinete, da cota para o exercício parlamentar e do
auxílio-moradia. Os novos valores passam a valer em 1º de abril. Os
reajustes foram feitos com base no IPCA para corrigir a inflação.
No
total, os reajustes terão impacto de R$ 112 milhões no orçamento da
Câmara em 2015. De acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), os novos valores não implicarão em aumento de despesa, pois
haverá cortes no orçamento no mesmo valor.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/ap%C3%B3s-cr%C3%ADticas-cunha-recua-de-passagem-para-c%C3%B4njuge/ar-BBi9JO6
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