SÃO PAULO - O
Sistema Cantareira, responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas na
Grande São Paulo, pode secar em julho, caso o consumo de água na Região
Metropolitana continue o mesmo e a chuva mantenha o ritmo observado nos
últimos meses. A projeção foi feita pelo Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao
Ministério da Ciência e Tecnologia.
Segundo
a pesquisadora Luz Adriana Cuartas, hidróloga do Cemaden, foram levados
em conta cenários com diferentes quantidades de chuva. Uma dessas
situações prevê 10% da média histórica de chuva. Nesse caso, o
Cantareira poderia secar em março. Se as precipitações ficarem dentro da
média, um dos dois volumes mortos seria recuperado até abril, e água
acabaria em junho.
Caso as
tempestades fiquem dentro do que foi registrado nos últimos três meses,
os reservatórios aguentarão até julho. Entre 1º de outubro e 31 de
dezembro choveu cerca de 67% da média histórica na região do Cantareira.
Segundo Luz, essas previsões levam em conta que a vazão dos
reservatórios continuará a mesma.
A
Sabesp trabalha para reduzir a quantidade de água retirada das represas
que formam o Cantareira ao longo dos próximos meses e já fala na
utilização de um terceiro volume morto — uma reserva de 41 milhões de
litros de água que precisa de bombas para ser incluída na rede de
distribuição.
Embora o
governo paulista tenha passado a reconhecer a gravidade da situação
anteontem, pelo menos um ano após o início da crise, o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem que suas declarações sobre São
Paulo estar vivendo um racionamento foram “mal interpretadas”.
—
O que é racionamento? É você fechar o registro — disse o governador,
que afirmou estar fazendo esforço para evitar o racionamento:
— Claro que sim. Na realidade, o que estamos fazendo permanentemente? Nós estamos evitando o racionamento.
http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/cantareira-pode-secar-em-julho-prev%C3%AA-centro-de-monitoramento/ar-AA8dHVq
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