quinta-feira, 24 de abril de 2014

PM se confunde e mata vítima de sequestro em SP

 

Os PMs que participaram da abordagem foram afastados e os detalhes do caso estão sendo investigados
Um gerente de loja foi morto pela polícia com cinco tiros ao ser confundido com um bandido durante um sequestro-relâmpago em São Paulo. Os PMs que participaram da abordagem foram afastados e os detalhes do caso estão sendo investigados.

A loja de tinta na zona sul de São Paulo ficou fechada o dia inteiro em respeito à morte do gerente que trabalhava no local havia 12 anos. Osvaldo José Zaratini, de 32 anos, foi atingido por cinco tiros disparados por policiais militares e morreu a caminho do hospital.
 

O gerente foi rendido por um assaltante de carro em fuga. Policiais militares receberam a informação de que o ladrão havia entrado em uma pick-up branca, o veículo de Osvaldo. A polícia conseguiu localizar e interceptar o carro. De acordo com os PMs, a vítima desceu do lado do motorista e o bandido saiu atirando pelo outro lado da pick-up.

Os policiais revidaram e Osvaldo e o criminoso foram atingidos. Os agentes assumiram o erro, mas afirmam que só atiraram porque o motorista desceu do carro com um objeto na mão, que depois constataram se tratar de um celular. A família da vítima não acredita nessa versão.

O bandido foi internado, mas não corre risco de vida.  A ouvidora da polícia de São Paulo diz que o conjunto de técnicas e normas de conduta da PM não foi respeitado nesse caso. E, por isso, vai pedir que a corregedoria da corporação e o Ministério Público abram investigações contra os policiais por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O comando da PM disse que já instaurou um inquérito militar. A equipe foi recolhida e os envolvidos diretamente na morte do motorista foram autuados em flagrante.
 

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