Caso de racismo teve repercussão mundial
A grande repercussão negativa no México fez o político Carlos Manuel
Treviño Núñez voltar às redes sociais para se desculpar pelo ato de
racismo cometido contra Ronaldinho Gaúcho, chamado por ele de ‘macaco’.
Com o país todo contra, o deputado usou o Twitter para se dizer
arrependido.
“Ofereço minhas sentidas desculpas para Ronaldinho por meu comentário
infeliz. Assumo a responsabilidade dos meus atos”, escreveu o político
mexicano, logo após virar alvo da revolta dos torcedores do Querétaro e
também de muitos mexicanos pelo ato racista.
O novo clube de Ronaldinho havia pedido um “castigo exemplar” para
Manuel Teviño às autoridades locais e ainda exigiu uma retratação. O
deputado postou as desculpas e logo depois cancelou seu perfil já que
virou vítima dos mexicanos e dos fãs de Ronaldinho.
“Peço desculpa sinceras ao clube Querétaro e aos seus torcedores pela
minha lamentável expressão. Como pessoa e como jogador, Ronaldinho tem
todo o meu respeito.”
Revoltado por ficar preso no trânsito na sexta-feira, dia da
apresentação oficial de Ronaldinho Gaúcho, o ex-secretário do
Desenvolvimento Social de Querétaro (2006 a 2009), resolveu desabafar
pelo Facebook e fez ataques discriminatórios contra o astro brasileiro.
“Realmente, eu tento ser tolerante, mas eu detesto futebol, e o
fenômeno de idiotice que produz. Eu detesto ainda mais porque as pessoas
inundam as avenidas fazendo-nos chegar duas horas mais tarde em casa. E
tudo isso para ver um macaco... Brasileiro, mas ainda assim um macaco.
Isso é um circo ridículo”, postou.
Poucas horas depois de sua infeliz declaração, ele virou persona non
grata no país. A repercussão negativa o obrigou a pedir desculpas também
ao partido político, o PAN (Partido da Ação Nacional). “Ofereço de
coração sinceras desculpas por minha imprudente declaração que atenta
contra a instituição e seus princípios.
Estadão Conteúdo
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