quinta-feira, 5 de junho de 2014

SP e RJ aceitaram apoio das Forças Armadas para a Copa, diz Cardozo

Brasília e mais 6 capitais vão colocar Exército nas ruas durante o Mundial Brasília, São Paulo, Rio, Cuiabá, Curitiba e Natal já aceitaram a proposta do governo federal de que militares atuem na segurança do evento. Anistia Internacional pede respeito ao direito de manifestação



Mais da metade das 12 cidades sedes da Copa do Mundo contarão com o reforço de tropas militares durante o torneio internacional. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, enfatizou ontem que os governadores da maioria dos estados que receberão partidas aceitaram a oferta do governo federal de envio de um contingente adicional das Forças Armadas para auxiliar as polícias na segurança do evento.

Homens do Exército, no entanto, não atuarão diretamente nas manifestações, mas terão um papel “dissuasório” em relação a eventuais protestos, pois estarão espalhados por pontos estratégicos das cidades sedes. Já a Anistia Internacional preparou um relatório, que será entregue hoje no Palácio do Planalto, em que cobra o respeito à liberdade de expressão e de manifestação durante a Copa.

Cardozo alertou, em entrevista, que as pessoas têm liberdade para se manifestar, mas frisou que os abusos por parte de manifestantes que se aproveitam dos protestos “para praticar ilícitos” serão coibidos, assim como os excessos de autoridades que se excederem. “Estamos recebendo as respostas dos governadores. Até o momento, parece claro que a maioria dos governadores está aceitando, sim, a oferta de termos um contingente adicional das Forças Armadas auxiliando as polícias. São Paulo e Rio já aceitaram. Acredito que a grande maioria dos governadores deve aceitar”, afirmou o ministro da Justiça.

“Estamos recebendo respostas dos 15 governadores e a maior parte está aceitando, sim, a oferta de contingente adicional de Forças Armadas auxiliando as polícias militares”, disse Cardozo, depois de audiência pública na Câma ra dos Deputados. “São Paulo e Rio já aceitaram e acredito que a grande maioria dos governadores seguramente deve aceitar”.

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff determinou que as Forças Armadas atuem para reforçar a segurança nas 12 cidades que sediarão os jogos da Copa e nas demais que receberão seleções.

Serão responsáveis pela segurança durante a Copa a Polícia Federal, as secretarias estaduais de segurança e as Forças Armadas. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também atuará durante o período de realização dos jogos.

Cardozo ainda declarou que não serão aceitos “abusos” cometidos por manifestantes em atos de protestos ou por policiais militares que sejam deslocados para as ruas. “O que não podemos aceitar é abusos por parte de pessoas que utilizam manifestação para praticar atos ilícitos ou abusos por autoridades”, afirmou.

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