domingo, 22 de junho de 2014

Pedófilo é preso pela segunda vez em Cubatão


Crianças e adolescentes nuas e em cenas eróticas. Esse era o conteúdo armazenado em três pen drives encontrados sexta-feira à tarde na casa do manobrista José Adriano Soares, de 38 anos, em Cubatão. Já conhecido nos meios policiais como pedófilo, ele foi preso em flagrante, de novo, pelo mesmo motivo.

Residente na Rua Rio de Janeiro, na Vila Nova, a poucos metros do 3º DP de Cubatão, José Adriano teve a casa vistoriada pelos investigadores Norberto da Silva Pereira, Noé César e Jairo Cavallaro. Os policiais portavam mandado de busca e apreensão requerido à Justiça pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no qual o acusado é investigado.

O delegado Wanderley Mange de Oliveira autuou o manobrista em flagrante pelo crime de “armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. O delito é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Com pena de um a quatro anos de reclusão, o crime é inafiançável, mas José Adriano foi recolhido à cadeia porque não dispunha de dinheiro para pagar a fiança fixada em R$ 10 mil. Segundo o delegado, “a reincidência do acusado e a gravidade do delito” justificam esse elevado valor.

Reincidente

Alvo de investigação deflagrada pela Polícia Civil em Jaú, José A[/TEXTO]driano foi preso em flagrante no dia 27 de fevereiro de 2013, após ter o seu endereço descoberto. Porém, apesar de recolhido à cadeia, já se encontrava em liberdade.

Na ocasião, o acusado residia na Cota 200, em Cubatão, e em sua casa foram apreendidas mais de cem mídias contendo cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.

As investigações começaram após uma mulher de Jaú comunicar à polícia que travou diálogo com um homem em um chat (sala de bate-papo na internet). O até então desconhecido lhe disse não sentir prazer por mulheres, “mas só com menininha”.

A denunciante foi orientada a demonstrar interesse pela conversa do acusado, que depois de outros diálogos lhe mandou e-mail contendo vídeo de sexo explícito envolvendo menores de idade.

Com autorização judicial, os policiais de Jaú quebraram o sigilo da conta de e-mail do remetente e do IP (Internet Protocol, ou seja, identificação do computador do qual foi enviado o e-mail).

De posse dessas informações, os investigadores descobriram o endereço da linha telefônica usada nas transmissões dos dados, que coincidentemente era o da casa de José Adriano. Para revistar a moradia, os policiais também solicitaram permissão à Justiça.

O acusado foi autuado por dois crimes do ECA: o mesmo que lhe foi atribuído na sexta-feira e outro mais grave, que não admite fiança, consistente em compartilhar com terceiros vídeos de natureza pedófila. As penas somadas de ambos os delitos variam de quatro a dez anos de reclusão.
 
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