terça-feira, 13 de maio de 2014

Estádio Mané Garrincha custou 61% a mais do que moderna arena saudita

 

Apesar do investimento, futuro é incerto no local, que é grande candidato a elefante branco 
Arena na Arábia Saudita ganha em quase todos os quesitos do estádio Mané Garrincha, com exceção de um: a granaDjalma Vassão/Gazeta Press e Divulgação

Para quem vê as fotos dos estádios Mané Garrincha, em Brasília, e da arena King Abdullah, na Arábia Saudita, poucas diferenças são notadas de imediato. A princípio, ambos parecem igualmente modernos e confortáveis. Mas, as disparidades existem e não são poucas.
 
Enquanto o estádio saudita foi construído com R$ 1,18 bilhão, a arena brasileira, que é uma das sedes para a Copa do Mundo no País, tem valor estimado em R$ 1,9 bilhão pelo TC-DF (Tribunal de Contas do Distrito Federal). O gasto tem diferença de 60% a mais na construção de Brasília em relação ao King Abdullah. 
 
Se ambos tivessem estrutura igual, a diferença já seria questionável. No entanto, o fato fica ainda mais preocupante quando comparadas as infraestruturas dos dois locais.

Inaugurado em 1º de fevereiro deste ano, o Abdullah, localizado próximo à cidade saudita de Juddah, comporta, além do estádio com capacidade para 60 mil pessoas, um ginásio poliesportivo climatizado para 2.000 espectadores, uma pista de atletismo com arquibancadas para 1.000 fãs, quadras de tênis, campos de futebol, uma mesquita e estacionamento para 45 mil carros. Além de tudo isso, ainda existe uma exposição de quadros famosos e sistema de internet wi-fi dentro da construção.

 Apesar de pronto, o Mané Garrincha ainda não tem nada em seu entorno que justifique o investimento tão alto. As promessas de quadras de vôlei e basquete, dois ginásios, complexo aquático, um autódromo e até um cine drive-in, mesmo vendidas como feitas, não existem e podem ser facilmente confundidas com concretos velhos, cestas de basquete sem rede e muros pichados.
 
 

Nenhum comentário: