quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Senador dos EUA quer cancelar ajuda financeira para Uganda por lei antigay

 

Um influente membro do Congresso americano propôs na terça-feira (25) paralisar as ajudas concedidas a Uganda depois de o governo dessa nação africana ter aprovado uma polêmica lei que pune os homossexuais com prisão perpétua.
 
"Estou profundamente preocupado com a decisão do presidente de Uganda (Yoweri) Museveni de assinar uma lei anti-homossexual", declarou em um comunicado o senador Patrick Leahy, o membro mais antigo da Casa e presidente da Comissão Judiciária do Senado.
 
"Boa parte da ajuda americana para Uganda é para o povo de Uganda, incluindo aqueles que integram o grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) ugandense, cujos direitos humanos estão sendo violados tragicamente", afirmou.
 
Segundo a iniciativa de Leahy, "precisamos rever exaustivamente toda a ajuda a Uganda, incluindo a oferecida por meio do Banco Mundial e de outras organizações multilaterais".
 
Washington está entre os principais doadores internacionais de fundos para Uganda. Para 2014, o Congresso havia pedido US$ 456,3 milhões em ajuda para a empobrecida nação africana - a maioria para programas de saúde.
 
O Departamento de Estado informou que está avaliando um leque de opções para responder oficialmente à adoção da controversa lei, depois que o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que "estamos fazendo uma revisão da nossa relação com Uganda, à luz dessa decisão".
 
Leahy dirige a subcomissão que trata de assuntos do Departamento de Estado e de operações no exterior, e tem diversas opções à disposição, incluindo a possibilidade de impôr condições para um projeto de assistência a Uganda em 2015.
 
Na segunda-feira, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, promulgou uma polêmica lei que endurece a repressão à homossexualidade, ignorando críticas e pressões internacionais.
 
As relações gays já eram punidas com prisão perpétua nesse país africano, mas a nova legislação, adotada por esmagadora maioria em 20 de dezembro pelo Parlamento, proíbe qualquer "propaganda" da homossexualidade e torna obrigatória a denúncia de qualquer que um assuma ser homossexual.

http://noticias.r7.com/internacional/senador-dos-eua-quer-cancelar-ajuda-financeira-para-uganda-por-lei-antigay-26022014

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