quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Advogado espera solução para caso Grazielly ainda este ano

 
 
Grazielly morreu após ser atropelada por um jet ski
Grazielly morreu após ser atropelada por moto aquática
Quase dois anos após a morte de Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atingida por uma moto aquática na Praia de Guaratuba, em Bertioga, o advogado da família, José Beraldo, afirma que o caso deve ser solucionado ainda neste semestre.
 
"A justiça é lenta, mas estou satisfeito com o andamento do caso, porque conseguimos colocar o empresário (o dono do veículo José Augusto Cardoso) no banco dos réus. Isso já foi uma grande conquista e queremos que todos aqueles que procuraram dar fuga, em vez de prestar socorro, sejam responsabilizados", afirma Beraldo.
 
Ainda de acordo com o advogado, há vários processos criminais e cível em andamento, inclusive um contra o Estado de São Paulo, por omissão de socorro. "Ela chegou com vida no hospital. Queremos saber porque demorou quase 45 minutos para ser socorrida".

O advogado cita ainda um processo indenizatório, desta vez eletrônico, contra todos os réus. "Este é principalmente contra o dono do jet ski. Pedimos R$ 12 milhões".

Beraldo afirma que, nesta etapa do processo, "todos os responsáveis estão sentados no banco dos réus". "Nós iremos até as últimas consequências para buscar justiça a essa família".
 
Entre as dificuldades no caso, o advogado da família de Grazielly afirma que o dono da moto aquática estaria dificultando o processo e "evitando ser intimado". "Ele arrumou testemunhas que moram em Manaus e deu um novo endereço de Mogi das Cruzes, mas nós sabemos que ele mora em Suzano em um condomínio fechado. Foi expedida uma carta precatória para que ele se apresente à Justiça", conclui.
 
Audiências
Na terça-feira ocorreu mais uma audiência onde seriam ouvidos o dono da marinha Thiago Veloso Lins, onde a moto aquática passou por manutenção, o dono do veículo, que também é padrinho do adolescente que estava conduzindo a moto e o mecânico Ailton Bispo de Oliveira, mas apenas o este último esteve presente.

No próximo dia 11, o caseiro Erivaldo Francisco de Moura será interrogado. Em dezembro, ele já havia sido intimado pela Justiça, após insistência do Ministério Público e dos advogados da família de Grazielly, mas não compareceu à audiência.

O acidente

O acidente aconteceu no sábado de Carnaval de 2012. De acordo com informações de testemunhas, o veículo era conduzido por uma adolescente de 13 anos em alta velocidade.

O veículo atingiu Grazielly, que brincava na beira d'água perto da mãe. Ela  chegou a ser socorrida, mas não resistiu.  O corpo da menina foi enterrado em Arthur Nogueira, no interior de São Paulo, onde morava com os pais. A garota havia chegado ao litoral um dia antes do acidente, junto com um grupo de dez pessoas, entre parentes e amigos.
 
http://www.atribuna.com.br/cidades/advogado-espera-solu%C3%A7%C3%A3o-para-caso-grazielly-ainda-este-ano-1.363088

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