Marcado para começar às 9 horas desta terça-feira, o júri teve início com atraso e correu o risco de ser adiado pela quarta vez. Das 36 testemunhas indicadas pela acusação e pela defesa, apenas 19 compareceram. À noite, os trabalhos foram suspensos por volta das 23 para serem retomados hoje.

O advogado Alex Ochsendorf alegou, antes do início da sessão, que a ausência de grande número de testemunhas viola o “princípio da plenitude de defesa”, um dos que regem os processos sob a competência do Tribunal do Júri.

Porém, a juíza Eliana Tosi de Mello decidiu por realizar o julgamento. Ela fundamentou que o advogado do réu “não insistiu” nos depoimentos das testemunhas ausentes, frisando que elas, por serem de outra comarca, não têm o dever de comparecimento.

Por fim, a magistrada ponderou que os processos do Tribunal do Júri possuem duas fases e, na primeira, todas as testemunhas ausentes ontem já haviam prestado depoimento, sob o crivo do contraditório, ou seja, na presença da acusação e da defesa.

 “Fica reservado ao plenário decidir sobre o que há de mais importante, não havendo necessidade de repetições de depoimentos tomados na primeira fase do processo. Não vislumbro qualquer motivo para que a sessão de hoje seja redesignada”, concluiu.

Em razão de preventiva, o soldado Aparecido aguarda pelo julgamento no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte da Capital. Na hipótese de condenação por todos os crimes que lhe são atribuídos, ele está sujeito a pena de 44 a 190 anos de reclusão.

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