Antonio de Araújo não é visto desde 27 de maio, após abordagem de PMs.
Inquérito que investiga atuação de policiais foi instaurado em 26 de agosto.
Imagem de Antônio Araújo cedida pela família.
A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal
tem até o dia 26 de outubro para remeter à Justiça o inquérito que
investiga a conduta de seis policiais – dois sargentos e quatro cabos –
na abordagem ao auxiliar administrativo Antônio de Araújo. O homem foi
visto pela última vez durante a abordagem policial, na madrugada de 27
de maio, em Planaltina.
Instaurado no dia 26 de agosto, mais de 90 dias após o desaparecimento,
o inquérito tinha prazo inicial para conclusão em 5 de outubro, mas
havia a possibilidade de prorrogação da investigação por mais 20 dias.
O inquérito será enviado à Auditoria Militar do Distrito Federal, do
Tribunal de Justiça do DF no dia 26, independentemente da conclusão. Se
houver alguma pendência, a investigação pode ser remetida com com
pedido de baixa, para que o processo volte à Corregedoria e novos dados
sejam incluídos depois.
Versões
Segundo os policiais militares que atuaram no caso, Antônio de Araújo tinha sintomas de embriaguez e foi levado à 31ª delegacia de polícia, após entrar na chácara de um sargento. Ele foi liberado após verificação de ficha criminal, não aceitou carona e saiu da delegacia a pé, sozinho, ainda conforme os PMs.
Segundo os policiais militares que atuaram no caso, Antônio de Araújo tinha sintomas de embriaguez e foi levado à 31ª delegacia de polícia, após entrar na chácara de um sargento. Ele foi liberado após verificação de ficha criminal, não aceitou carona e saiu da delegacia a pé, sozinho, ainda conforme os PMs.
Nenhuma ocorrência foi registrada, apesar de os policiais confirmarem
que Araújo tinha um ferimento nas costas e era suspeito de entrar na
chácara de um sargento da PM para furtar.
Para a família, Antônio de Araújo foi assassinado. “Meu irmão foi preso
às 4h40 e teria chegado à delegacia às 5h20. Foram duas viaturas para
prender meu irmão, mas apenas uma chegou à 31ª DP. Não acredito que meu
irmão foi até a delegacia”, afirmou Maurício de Araújo, irmão de
Antônio.
Polícia Civil
A Divisão de Repressão a Sequestro Polícia Civil também investiga o caso. Uma das provas técnicas solicitadas por essa instância indicou que não houve registro no sistema da polícia civil da consulta à ficha criminal do auxiliar de serviços gerais.
A Divisão de Repressão a Sequestro Polícia Civil também investiga o caso. Uma das provas técnicas solicitadas por essa instância indicou que não houve registro no sistema da polícia civil da consulta à ficha criminal do auxiliar de serviços gerais.
O registro da consulta da ficha criminal era uma das provas técnicas
solicitadas pela Divisão de Repressão a Sequestro (DRS), que investiga o
caso, para comprovar que Antônio foi levado à delegacia pelos policiais
militares, em uma ação sem agressões.
O delegado Leandro Ritt, da DRS, explicou que o tipo de consulta
realizada, mais simplificada, não deixa registros. O delegado afirma
ainda que dois agentes da 31ª delegacia de polícia que estavam de
plantão na madrugada do dia 27 confirmaram em depoimento que Antônio de
Araújo foi conduzido à DP e liberado em seguida.
O responsável pela investigação acredita que o desaparecimento é um caso de abandono do lar.
“Ele tem um quadro condizente com o das pessoas que desaparecem, que
simplesmente desaparecem por vontade própria. É o abandono do lar. Quem
sabe ele está perdido nesse mundo afora? Muito provavelmente. Uma pessoa
alcoólatra sumir, ganhar o mundo, é muito comum. É o que mais você vê”,
falou Ritt no mês passado ao G1.
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/10/pmdf-tem-ate-dia-26-para-remeter-justica-inquerito-sobre-desaparecido.html
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