- No Rio, o Comando Militar do Leste informou que militares poderão reagir caso haja ataques contra homens e equipamentos do Exército
RIO - A população planeja voltar às ruas neste sábado no feriado de 7
de setembro, em várias cidades. Em pelo menos 172 municípios, há
protestos marcados nas redes sociais. Em algumas capitais, os protestos
estão previstos para durante ou depois dos tradicionais desfiles
militares. No Rio, o Comando Militar do Leste (CML) informou, por meio
de nota, que os militares estão aptos a realizar "ações de autodefesa"
caso haja ataques contra homens e equipamentos do Exército durante o
desfile na Avenida Presidente Vargas, no Centro.
As polícias
militares também vão reforçar a segurança nas ruas em várias cidades. No
Rio, vão atuar 1.860 policiais. O Batalhão de Operações Especiais
(Bope) ficará de prontidão no quartel e poderá ser acionado se
necessário.
Os desfiles também foram reduzidos por medida de
segurança. A parada militar na capital fluminense terá redução de 40% no
número de participantes este ano. Com a redução, o evento vai durar no
máximo duas horas, uma a menos do que a tradição. Em Brasília, a
cerimônia deverá ter início às 8h45m e terminar às 10h30m. No entanto, o
desfile em si deverá ter duração de 1h10m, menor do que os de anos
anteriores que chegavam a duas horas.
O temor no Palácio do
Planalto cresceu depois de receber as informações de uma pesquisa feita
no Distrito Federal que mostra que mais de 80% da população apoiam as
manifestações e cerca de 40% pretendem participar dos protestos no Dia
da Independência. O desfile na capital terá a presença da presidente
Dilma Rousseff e de autoridades dos três Poderes.
Segundo a
Secretaria de Segurança Pública do DF, cerca de 150 mil pessoas estarão
circulando pela cidade ao longo dos quatro eventos que a capital federal
sediará no 7 de setembro: o tradicional desfile cívico, pela manhã, o
jogo do Brasil, à tarde, o evento Celebrar Brasília, no início da noite e
um Congresso de Dermatologia, que ocorrerá no Centro de Convenções
próximo ao Estádio Mané Garrincha. Para dar conta de tudo isso, haverá
um efetivo extra de 4 mil policiais militares; 150 policiais civis, 110
homens do Departamento Nacional de Trânsito (Detran) e 320 bombeiros.
Somado ao efetivo que normalmente atua em Brasília, a cidade contará com
6.250 policiais militares no próximo sábado.
Lá, a PM já informou que vai prender os manifestantes que estiverem mascarados.
Em Pernambuco, o uso de máscaras nos protestos também está proibido. No
Rio e em São Paulo, elas serão permitidas. Policiais fluminenses
poderão pedir aos manifestantes que descubram o rosto e se identifiquem.
O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, disse nesta sexta-feira que não há nenhuma orientação para a
Polícia Militar abordar pessoas que estiverem com os rostos cobertos durante as manifestações.
—
Não tem nada que proíba o fato de a pessoa estar usando máscara ou não
estar usando máscara. O que não pode é a depredação do patrimônio
público ou privado — afirmou o governador.
Já nesta sexta-feira, integrantes de movimentos populares fecharam os quatro principais acessos a Brasília
e complicam o trânsito da capital. E um grupo acampou no gramado da
Esplanada dos Ministérios, em frente ao palanque montado para a
presidente Dilma Rousseff assistir ao desfile.
No Twitter e no Instagram, o cantor e compositor Caetano Veloso postou uma foto com o rosto coberto como os Black Blocs
e pediu que as manifestações deste 7 de setembro sejam pacíficas.
Caetano tirou a foto na noite desta quinta, quando esteve na sede da
Mídia Ninja, no Rio, para conversar sobre as manifestações que ocorrem
desde junho.
“Em favor da paz, no dia 7 de setembro, todos
deveriam sair mascarados como no carnaval, respondendo à violência
simbólica, sem usar a violência. Proibir o uso de máscaras numa cidade
como o Rio de Janeiro é uma violência simbólica", escreveu Caetano
Veloso em seus perfis.
Em Porto Alegre, estão marcados para este
sábado protestos em três locais distintos partir das 8h30 que devem
convergir separadamente em passeatas para o local do desfile. Para
protestar contra a proibição do uso de máscaras no Rio de Janeiro pela
Justiça do estado, os organizadores de uma das marchas estão
recomendando pelas redes sociais que todos tapem os rostos durante o
protesto. A Brigada Militar não divulga o número de soldados que farão o
patrulhamento durante o desfile, mas garante que o número bem maior do
que nos anos anteriores.
Em Recife e Fortaleza também houve
reforço do efetivo. Com medo de violência, escolas de cidades da capital
cearense e de Belo Horizonte decidiram vetar a participação de crianças
nas paradas militares.
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