O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
Paulo Roberto Pinto, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira, 10, um
dia após a Polícia Federal (PF) apontar o suposto envolvimento dele em
esquema de desvio de verbas de convênios com uma entidade sem fins
lucrativos. A informação foi confirmada pela pasta, que não deu detalhes
sobre o pedido de Paulo Pinto, número 2 na hierarquia do MTE.
O ministro Manoel Dias (PDT) dará entrevista nesta terça às 17h30
sobre as denúncias envolvendo alguns de seus principais assessores. A
Operação Esopo, deflagrada nesta segunda-feira, 9, pela PF, desbaratou
suposto esquema para fraudar parcerias da Pasta com o Instituto Mundial o
Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), baseado em
Minas Gerais, mas com atuação em diversos Estados. Segundo a PF, os
envolvidos assediavam funcionários públicos para obter convênios, cujos
serviços eram superfaturados ou nem sequer prestados. Há suspeita de que
R$ 400 milhões possam ter sido desviados.
Segundo o inquérito, Paulo Pinto teria favorecido o IMDC ao
determinar à Controladoria-Geral da União (CGU) que o retirasse da lista
de entidades proibidas de receber recursos federais, embora inúmeras
irregularidades já tivessem sido atribuídas ao instituto. O
secretário-executivo foi conduzido pela PF a prestar depoimento, e
liberado em seguida. Assessor de Manoel Dias, Anderson Brito foi preso. A
PF diz que ele recebeu propina para favorecer o IMDC no Trabalho,
fazendo gestões para que recebesse verba pública.
http://br.noticias.yahoo.com/n%C3%BAmero-2-trabalho-deixa-cargo-opera%C3%A7%C3%A3o-pf-200100837.html
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