sábado, 7 de setembro de 2013

Em ato por liberdade de 'Black Blocs', manifestantes tentam entrar no TJ-RJ

Cerca de 100 manifestantes ocuparam Av. Antônio Carlos por 10 minutos.
Grupo pede que os três 'Black Blocs' presos sejam soltos.

Protesto pela liberdade dos Black Blocks em frente ao Tribunal de Justiça, centro do Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (06) (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)PMs e seguranças impediram a entrada (Foto: Reynaldo Vasconcelos/Futura Press/Estadão Conteúdo)
 
Cerca de 100 manifestantes, a maioria sem máscaras, tentaram invadir o Tribunal de Justiça do Rio, no Centro, por volta das 17h30 desta sexta-feira (6). Seguranças e policiais militares impediram a entrada. Houve tumulto e um manifestante chegou a jogar uma lixeira para dentro do prédio, como mostrou o RJTV (veja na reportagem ao lado).

Às 17h50, a Avenida Presidente Antônio Carlos, uma das principais da região, foi fechada por 10 minutos. Às 19h, o grupo de manifestantes chegou à Cinelândia, onde fica a Câmara Municipal, às 19h, e fechou a Avenida Rio Branco por cerca de 30 minutos. às 19h40, o grupo começou a se dispersar.
O grupo protesta pela liberdade dos Black Blocs presos na quarta-feira (4), em operação da Polícia Civil — três administradores do foram presos, um está foragido, e dois menores foram detidos e liberados.

Eles chegam à câmara depois da confusão no Fórum do Tribunal de Justiça. Eles gritam palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral e perguntam "Onde está Amarildo?", o pedreiro desaparecido da Rocinha desde o dia 14 de julho.

Mais cedo, as prisões em flagrante dos três administradores da página Black Bloc RJ no Facebook foram convertidas em preventiva, pela 27ª Vara Criminal de Justiça. A prisão preventiva é uma medida cautelar, ou seja, eles ficarão presos até o dia do julgamento.

Por volta das 18h30, três carros do Batalhão de Choque da PM chegarm ao local. Até o momento, o protesto seguia pacifico.
Policiais e manifestantes na porta do Tribunal de Justiça do Rio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)Policiais e manifestantes na porta do Tribunal de Justiça do Rio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Os Black Blocs foram presos na quarta-feira (5), em uma operação da polícia civil para localizar pessoas envolvidas em atos de vandalismo em protestos, e indiciados pelos crimes de  formação de quadrilha armada e incitação à violência. Um deles também foi autuado por pedofilia.

A operação
Um dos procurados não foi encontrado pois estaria na Bolívia e é considerado foragido, segundo a polícia. Os presos foram transferidos à tarde para o presídio de Guaxindiba, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

De acordo com a Polícia Civil, um jovem de 21 anos, morador do Cachambi, teria confessado ser um dos líderes dos Black Blocs. O irmão dele, menor, também foi apreendido em casa. Os menores serão levados para a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA).

A chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, informou que três jovens admitiram que eram administradores da página dos Black Blocs e que estavam construindo artefatos de ação perfurante de múltiplas pontas que seriam usados durante os protestos preparados para o 7 de setembro.

"Encontramos vários materiais, máscaras, faca, artefato de ação perfurante de múltiplas pontas conhecido como 'jacaré'. O artefato tem pregos, quando jogado pode ferir manifestantes, policiais, jornalistas. Quando analisamos a página dos Black Blocs há um comando para multiplicar esse objeto. Isto é uma ação criminosa", afirmou Martha Rocha, acrescentando que a polícia vai "continuar investigando a ação dessas pessoas".

De acordo com a  assessoria de imprensa da Polícia Civil, o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, os nomes dos detidos não serão divulgados.

Policiais apreendem menor de idade em casa, em Pilares, na Zona Norte do Rio, e mostram uma máscara do personagem Guy Fawkes, de 'V de Vingança', apreendida no local durante operação contra black blocs (Foto: Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)Policiais apreendem menor de idade em casa, em Pilares, na Zona Norte do Rio, e mostram uma máscara do personagem Guy Fawkes, de 'V de Vingança', apreendida no local durante operação contra black blocs (Foto: Alessandro Costa/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
 
Durante as investigações, os policiais da Comissão Especial de Investigações da Polícia Civil, comandados pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), utilizaram redes sociais para chegar aos suspeitos de envolvimento em despredações e destruições durante protestos pacíficos na cidade.

Na ação, os agentes apreenderam máscaras, computadores, arma e imagens de pedofilia em várias localidades:Tribobó, São Gonçalo, Niterói, Itaipu, Cachambi e Morro do Urubu, na Abolição.

Ato de mascarados tem quatro detidos
Na noite de terça-feira (3), quatro pessoas foram detidas no ato batizado de “Baile de máscaras”, realizado na Cinelândia, no Centro do Rio. Durante o protesto, os agentes abordaram as pessoas que tinham o rosto coberto para que retirassem a máscara e apresentassem identificação. Quem não se identificou, foi detido, levado para a 17ª DP (São Cristóvão), e liberados após serem ouvidos. Na manhã de terça, a Justiça havia autorizado identificação de mascarados em protestos.

Alerj adia votação
Na tarde de terça-feira, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a votação do projeto de lei que proíbe o o uso de máscaras em manifestações foi adiada. Apresentado na quinta-feira (29) pelos deputados Domingos Brazão e Paulo Melo (PMDB), o projeto recebeu emendas e terá de ser votado em uma nova data, ainda não divulgada. Com as 13 emendas ao projeto, o projeto volta à Comissão de Constituição de Justiça para avaliação, e deve ser votado no dia 10.

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 http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/09/protesto-por-liberdade-de-black-blocs-fecha-no-centro-do-rio.html

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