quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Após fim do acordo, sindicatos ameaçam ocupar terminal portuário


O fim do acordo entre o terminal Embraport e os sindicatos dos Estivadores e dos Operários Portuários do Porto de Santos (Sintraport) pode acirrar os ânimos entre as partes. Agora, a empresa não está mais chamando os avulsos das duas categorias para as operações, o que despertou a reação das entidades sindicais.

O terminal está apoiado na nova Lei dos Portos, que o libera para trabalhar apenas com vinculados, se ele assim desejar. Mas os sindicalistas não gostaram da decisão e ameaçam até mesmo ocupar navios.

“É possível uma ocupação para garantir o direito de nosso trabalho no cais. A Embraport não precisava parar de chamar avulsos. Isso acirra os ânimos no Porto de Santos”, diz o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva.

Ele e o presidente do Sintraport, Claudiomiro Machado, o Miro, marcaram manifestação para as 8h desta quinta-feira na porta da empresa, na Ilha Barnabé. À tarde, haverá negociação em Santos. Os sindicatos ameaçam até fazer greve.

No dia 11 de julho, em função da polêmica sobre a contratação de avulsos vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), 93 trabalhadores chegaram a ocupar o navio Maersk La Paz, que estava atracado no terminal.
Créditos: Fernanda Luz-Arquivo
Portuários chegaram a ocupar navio atracado no terminal Embraport, em julho deste ano

A empresa

A Embraport informa que, nos últimos 47 dias, cumprindo acordo com Sindestiva, Sintraport e Governo Federal, aceitou trabalhar com trabalhadores portuários avulsos na busca de uma solução negociada para definir as condições do vínculo empregatício com os sindicatos.

A empresa sugeriu a criação de um fundo social no valor de R$ 2,5 milhões para os trabalhadores avulsos e enviou uma proposta de emprego com base na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), como determina a nova Lei dos Portos, com salário mensal de R$ 3.200,00 para estivadores e R$ 1.800,00 para a capatazia.

Além da remuneração mensal e dos benefícios legais conhecidos (férias com adicional de 1/3, 13º salário e FGTS), a proposta oferece também vale alimentação/cesta básica de R$ 350,00, refeição no local, seguro de vida, plano de participação nos resultados e assistência odontológica, médica e hospitalar extensiva aos familiares.

O objetivo da Embraport é ter trabalhadores vinculados, pois este regime, uma conquista reconhecida e uma busca de todas as categorias profissionais, além de proporcionar maior segurança, possibilita um crescimento profissional ao trabalhador portuário. 
 
 http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=203750&idDepartamento=5&idCategoria=0

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