domingo, 18 de agosto de 2013

Sob onda de protestos, Cabral promete deixar governo até abril para dar visibilidade ao vice

Em entrevista para a Istoé, governador do Rio diz que vandalismo dominou as manifestações

Do R7
Sérgio Cabral fala sobre eleição e protestos José Cruz/ABr
 
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou, em entrevista para a revista Istoé que deixará o comando do Estado entre janeiro e abril de 2014 para dar visibilidade ao seu vice, Luiz Fernando de Souza, o Pezão.

— É importante que Pezão tenha tempo de conhecer e conquistar o eleitor fluminense. Acho que essa aliança fez muito bem ao Brasil e eu vou lutar por ela no plano estadual e federal.

Sobre as alianças para as próximas eleições, o governador do Rio diz que não aceita palanque duplo no Rio, a não ser que Lindbergh Farias (PT) concorde em ser vice de Pezão, de acordo com a revista.

Cabral disse ainda que o vandalismo tomou conta das manifestações e que isso o deixa “muito preocupado”.

— O processo atual nada tem a ver com aquele momento, que começou em junho, em que todo o Brasil se manifestou. Estou preocupado com o acuamento das instituições. Coquetel molotov e rojões não fazem parte da democracia.

Segundo o governador, por trás dos sucessivos atos contra ele, há "segmentos políticos interessados em minar a aliança celebrada entre o governo do Estado, a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB)".

— Há setores e segmentos incomodados com as alianças. E, às vezes, até mesmo dentro dos nossos partidos há quem não esteja trabalhando como deveria para que essa aliança permaneça. Isso faz parte do jogo político. A gente tem que ter a sensibilidade para perceber isso.

E mesmo diante de tantas críticas à polícia nas favelas pacificadas, o governador afirmou que as UPPs nunca estiveram tão fortes.

— A gente tem que lembrar que antes das UPPs sumiam pessoas semanalmente na Rocinha. Quando essas comunidades eram controladas pelo poder paralelo, tráfico e milícia, o micro-ondas queimava pessoas. Claro, há interesses na desmoralização das UPPs por parte de marginais que querem enfraquecê-las.

Sobre o caso Amarildo, Cabral afirmou que está "nas mãos da Delegacia de Homicídios".
—  Confio no delegado Vivaldo Barbosa. É um caso que ninguém mais do que eu e o Beltrame queremos que seja elucidado, e tenho certeza que será. Tem uma linha de investigação que aponta para responsabilidade de PMS e outra linha que aponta para o tráfico. Como qualquer outra investigação, está sendo apurada. Importante é que ninguém vai passar a mão na cabeça de ninguém, não tem proteção a ninguém.

 http://noticias.r7.com/brasil/sob-onda-de-protestos-cabral-promete-deixar-governo-ate-abril-para-dar-visibilidade-ao-vice-17082013

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