Quatro policiais militares são réus no júri popular, que começou ontem
O ex-deputado federal Augusto Farias (PPB, antigo PP),
irmão do empresário Paulo César Farias, deve depor nesta terça-feira no
Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió
(AL), no segundo dia do julgamento dos acusados de envolvimento nos
assassinatos do empresário e da namorada dele, Suzana Marcolino,
ocorridos em 1996. Quatro policiais militares são réus no júri popular,
que começou ontem.
Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima
Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva respondem por
homicídio qualificado por omissão. As mortes ocorreram em uma casa de
veraneio na praia de Guaxuma, na capital alagoana. PC Farias, como era
conhecido o empresário, ganhou notoriedade após assumir a função de
tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Augusto Farias foi convocado pelo Ministério Público
para depor. Ontem, duas das 27 testemunhas foram ouvidas no fórum - o
servente Leonino Tenório de Carvalho e o garçom Genival da Silva França,
que trabalhavam para PC Farias.
O julgamento deve recomeçar nesta terça-feira às 8h e seguir até as 20h. A previsão é que a sentença já saia na quinta-feira.
O Ministério Público acredita que os depoimentos deverão
durar, pelo menos, dois dias. Na sequência, os peritos serão
interrogados e, por último, sentarão no banco dos réus os acusados.
Os crimes
Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 26 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.
Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 26 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.
Entretanto, a primeira versão do caso, que foi
apresentada pelo delegado Cícero Torres e pelo legista Badan Palhares,
apontou para crime passional. Suzana teria assassinado o namorado e, na
sequência, tirado a própria vida. A versão foi contestada pelo médico
George Sanguinetti, que descartou tal possibilidade e, mais tarde,
novamente questionada por uma equipe de peritos convocados para atuar no
caso. Os profissionais forneceram à polícia um contralaudo que
comprovaria a impossibilidade, de acordo com a posição dos projéteis, da
tese de homicídio seguido de suicídio.
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