Tóquio convocou o embaixador chinês após entrada de navios chineses nas águas das Senkaku/Diaoyu
O governo japonês convocou hoje o embaixador chinês para protestar contra a entrada de oito navios do governo chinês nas águas territoriais das ilhas Senkaku/Diaoyu, administradas por Tóquio e reclamadas por Pequim, informou o ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.
Os oito navios entraram nas águas do pequeno arquipélago pelas 08:00 locais (23:00 de segunda-feira em Lisboa), no que se supõe ser a entrada do maior número de barcos desde que se elevou a tensão nas disputadas ilhas, enquanto outros dois permaneceram na zona contígua, informou a estação japonesa NHK, citada pela Efe.O ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, considerou «extremamente lamentável» a nova incursão, realizada depois da visita de algumas autoridades nipónicas ao polémico santuário de Yasukuni, que a China considera um símbolo da opressão japonesa durante a primeira metade do século XX.
Após um protesto formal do Ministério das Relações Exteriores do Japão, o premiê do país, Shinzo Abe, foi mais enfático em sua represália às oito embarcações chinesas que invadiram águas das disputadas ilhas Senkaku/Diaoyu, administradas por Tóquio e reivindicadas por Pequim. As informações são do Channel News Asia.
Em visita ao controverso memorial de guerra Yasukuni,
símbolo do imperialismo japonês no passado e questionado por chineses e
sul-coreanos, Abe declarou que qualquer navio chinês que desembarcar no
arquipélago "será expulso à força".
"Tomaremos atitudes contra qualquer tentativa de entrar
ilegalmente no nosso território. Não permitiremos jamais", completou o
premiê.
Essa é a primeira vez que tantos navios do governo
chinês entram juntos na zona de 12 milhas náuticas (22 km) em torno
destas pequenas ilhas no Mar da China Oriental, palco de uma antiga
disputa entre Tóquio e Pequim.
"É extremamente deplorável que navios do governo chinês
constantemente entrem em nosso território", analisou Yoshihide Suga,
Secretário Chefe do Gabinete japonês.
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