A explosão de um meteoro na cidade de Tcheliabinsk, na Rússia, que
deixou mais de mil pessoas feridas é o acidente cósmico que deixou mais
feridos já registrado. Ele é também o maior objeto a se chocar com a
Terra desde 1908, quando um outro objeto espacial atingiu o mesmo país e
devastou milhares de quilômetros de floresta, em Tunguska, na Sibéria.
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Mapa mostra cidade onde explosão de meteoro causou quebra de vidraças e deixou feridos
Inicialmente, o meteoroide, que atingiu a Rússia nesta sexta-feira
(15), foi declarado como tendo 15 metros e cerca de 10 toneladas. Após
análises mais precisas, a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) disse
que o objeto que se chocou com a Terra teria 17 metros e pesaria 10 mil
toneladas. Estes dados incluem informações de cinco estações em todo o
mundo.
Um evento dessa magnitude deve ocorrer a cada 100 anos em média,
disse Paul Chodas, da Nasa. "Quando você tem uma bola de fogo deste
tamanho, nós esperamos um grande número de meteoritos a alcançar o solo,
e neste caso deve haver uns grandes".
Quanto ao evento do Tunguska, pouca informação é precisa.
Estima-se que ele tinha entre 10 e 36 metros e pesaria entre 100 mil
toneladas a 500 mil.
Análises preliminares indicam que o meteoroide de Tcheliabinsk
era constituído de ferro, e ao entrar na atmosfera terrestre se
pulverizou entre 30 e 50 quilômetros de altitude, segundo a Academia de
Ciências da Rússia.
Ao se chocar com a terra, o objeto estava a 18 km/s e sua energia
de 300 quilotons seria maior do que das armas nucleares testadas pela
Coreia do Norte, por exemplo.
Ele foi maior do que o evento que ocorreu na Indonésia em 8 de
outubro de 2009 (com 50 quilotons) e que o impacto do meteorito
Sikhote-Alin, também na sibéria, em 12 de fevereiro de 1947, que teve
energia equivalente a apenas 10 quilotons. O Tunguska teria um impacto
na ordem dos megatons.
*A matéria foi atualizada após novos dados divulgados pela
Nasa após o fechamento da reportagem. Incorreções como a velocidade do
objeto e o tamanho do meteoroide que atingiu Tunguska também foram
corrigidas.
Uol
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