segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Turista é morto ao tentar recuperar celular roubado no Guarujá

Horas antes, jovem de 22 anos foi morto por causa de R$ 7

Dois turistas que passavam o fim de ano no Guarujá foram mortos por motivos banais. Na madrugada do dia 1º de janeiro, um homem tentava recuperar um celular roubado e foi baleado. Horas antes, ainda na noite do dia 31, o estudante universitário Mário Sampaio, de 22 anos, foi esfaqueado pelo dono de um restaurante, depois que discutiu sobre o valor da conta.

O turista Cássio Nunes, de 56 anos, foi atrás de um adolescente que teria roubado o celular da amiga da filha dele, durante um arrastão na areia da praia, durante a queima de fogos, na praia da Enseada. Ele foi baleado e morreu a caminho do hospital.

Cinco horas antes, Mário Sampaio, foi morto pelo dono de uma churrascaria. A família dele está inconformada. O jovem tinha viajado de Campinas, onde morava, ao litoral de São Paulo, com a namorada e amigos para passar a virada de ano. Ele jantava com o grupo no restaurante Casa Grande e reclamou para o gerente, Diego Passos, que é filho do dono, de uma diferença de R$ 7 na conta, além de chamar a polícia.

O proprietário do local, José Adão, pegou uma faca e golpeou o estudante, que morreu no hospital. Logo em seguida, pai e filho fugiram. Eles se apresentaram à polícia dois dias depois, prestaram depoimento e foram liberados. A sensação de impunidade deixou a namorada dele indignada.

— Então, você liga a televisão e vê os dois assassinos dele, que o mataram de forma cruel, sem pensar em nada. Você os vê saindo pela porta da frente da mesma delegacia, como se nada tivesse acontecido. Ai o que você faz? E isso que te tira a paz. Você não consegue ficar em paz, e eu penso que ele também não vai conseguir ficar em paz, porque se tinha uma coisa que ele não aceitava era injustiça. Tanto que ele estava lutando pelo direito dele, fossem sete ou dois reais.

O delegado Luiz Ricardo Lara Dias Júnior disse que a lei não permite que eles permanecessem presos.
— Na nossa legislação as prisões cautelares são prisão em flagrante, prisão temporária e prisão preventiva. O seu Adão e o seu filho não foram surpreendidos durante o crime, logo após ou na posse de objetos que presumissem que eles fossem os autores do homicídio.

A polícia também quer saber onde estão os computadores que armazenavam as imagens do circuito interno do restaurante. As máquinas desapareceram logo após o assassinato.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/turistanbspe-mortonbspao-tentar-recuperar-celular-roubadonbspnonbspguaruja-07012013

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