Horas antes, jovem de 22 anos foi morto por causa de R$ 7
Dois turistas que passavam o fim de ano no Guarujá foram mortos por motivos banais. Na madrugada do dia 1º de janeiro, um homem tentava
recuperar um celular roubado e foi baleado. Horas antes, ainda na noite
do dia 31, o estudante universitário Mário Sampaio, de 22 anos, foi
esfaqueado pelo dono de um restaurante, depois que discutiu sobre o
valor da conta.
O turista Cássio Nunes, de 56 anos, foi atrás de um adolescente que
teria roubado o celular da amiga da filha dele, durante um arrastão na
areia da praia, durante a queima de fogos, na praia da Enseada. Ele foi
baleado e morreu a caminho do hospital.
Cinco horas antes, Mário Sampaio, foi morto pelo dono de uma churrascaria.
A família dele está inconformada. O jovem tinha viajado de Campinas,
onde morava, ao litoral de São Paulo, com a namorada e amigos para
passar a virada de ano. Ele jantava com o grupo no restaurante Casa
Grande e reclamou para o gerente, Diego Passos, que é filho do dono, de
uma diferença de R$ 7 na conta, além de chamar a polícia.
O proprietário do local, José Adão, pegou uma faca e golpeou o estudante,
que morreu no hospital. Logo em seguida, pai e filho fugiram. Eles se
apresentaram à polícia dois dias depois, prestaram depoimento e foram
liberados. A sensação de impunidade deixou a namorada dele indignada.
— Então, você liga a televisão e vê os dois assassinos dele, que o
mataram de forma cruel, sem pensar em nada. Você os vê saindo pela porta
da frente da mesma delegacia, como se nada tivesse acontecido. Ai o que
você faz? E isso que te tira a paz. Você não consegue ficar em paz, e
eu penso que ele também não vai conseguir ficar em paz, porque se tinha
uma coisa que ele não aceitava era injustiça. Tanto que ele estava
lutando pelo direito dele, fossem sete ou dois reais.
O delegado Luiz Ricardo Lara Dias Júnior disse que a lei não permite que eles permanecessem presos.
— Na nossa legislação as prisões cautelares são prisão em flagrante,
prisão temporária e prisão preventiva. O seu Adão e o seu filho não
foram surpreendidos durante o crime, logo após ou na posse de objetos
que presumissem que eles fossem os autores do homicídio.
A polícia também quer saber onde estão os computadores que armazenavam
as imagens do circuito interno do restaurante. As máquinas desapareceram
logo após o assassinato.
http://noticias.r7.com/sao-paulo/turistanbspe-mortonbspao-tentar-recuperar-celular-roubadonbspnonbspguaruja-07012013
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