Um dos maiores traficantes de armas do Rio Grande do Sul foi preso na
noite de sábado na cidade de Cristal. Nilton José Cassol é suspeito de
ter fornecido o armamento pesado utilizado no assalto a uma fábrica de
joias em Cotiporã, no final do ano passado, segundo informou ao Terra
o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Repressão a Roubos do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A polícia
acredita que ele obtinha as armas de fogo no Uruguai e as revendia para
grandes quadrilhas no Estado, em especial às dedicadas ao roubo de
bancos.
A prisão ocorreu em meio a investigações sobre a ação de assaltantes no
Rio Grande do Sul. O traficante de armas foi descoberto enquanto
almoçava às margens da BR-116. Em seu veículo foram encontrados um fuzil
e dois carregadores escondidos no fundo falso do porta-malas. Na casa
de Cassol, em Pelotas, foram apreendidas mais armas e munição, de acordo
com a Polícia Civil.
O delegado Juliano Ferreira estima que o traficante tenha negociado
cerca de 30 armas em dezembro, quando ocorreu o assalto à fábrica de
joias na serra gaúcha. Cassol foi encaminhado ao Presídio Central de
Porto Alegre e será indiciado por tráfico internacional de armas.
Crime cinematográfico
Os assaltantes utilizaram explosivos para arrombar o estabelecimento, localizado na região central do município de Cotiporã, que tem pouco menos de 4 mil habitantes. Armados, eles renderam um grupo de pessoas que bebia num bar e usaram os reféns como "escudo humano" em frente à fábrica, enquanto explosivos eram utilizados para arrombar cofres que guardavam as joias.
Os assaltantes utilizaram explosivos para arrombar o estabelecimento, localizado na região central do município de Cotiporã, que tem pouco menos de 4 mil habitantes. Armados, eles renderam um grupo de pessoas que bebia num bar e usaram os reféns como "escudo humano" em frente à fábrica, enquanto explosivos eram utilizados para arrombar cofres que guardavam as joias.
Os bandidos chegaram a libertar parte dos reféns, mas entraram em
confronto com a polícia durante a fuga. Três criminosos morreram, entre
eles, Elisandro Rodrigo Falcão, o assaltante mais procurado do Estado.
Dois PMs ficaram feridos. Na fuga, os assaltantes passaram por uma
chácara nas proximidades, onde abandonaram um veículo Astra e fizeram
outros reféns, totalizando nove pessoas em poder dos criminosos.
De acordo com a BM, mais de 100 policiais, inclusive de Porto Alegre,
foram mobilizados para as buscas. O local era de difícil acesso e
cercado por morros, riachos e mata fechada, o que dificultava o trabalho
das forças de segurança, que contaram ainda com a ajuda de cães
farejadores e helicóptero. Policiais da região se reuniram na prefeitura
da cidade para acompanhar os trabalhos.
A polícia encontrou, após o assalto, várias bolsas com as joias roubadas da fábrica após o roubo. Cotiporã é considerada pacata e de janeiro a novembro de 2012 foram registrados 23
furtos, dois roubos e oito delitos relacionados a armas. A quadrilha que
protagonizou o assalto na cidade era conhecida da polícia pelo uso de
dinamite para roubos a comércios e bancos no interior do Estado.
http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/preso-traficante-que-vendia-armas-para-grandes-assaltos-no-rs,8947f94748d4c310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
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