Crime atraiu a atenção da vizinhança em Praia Grande, SP
Caso aconteceu no domingo (30) em Praia Grande, no litoral de SP.
Cadela sobreviveu, mas teve uma das patas amputadas em cirurgia.
A história de uma cadela da raça pitbull que foi baleada em Praia Grande,
no litoral de São Paulo, está causando mobilização nas redes sociais. O
animal sobreviveu ao ataque. Uma das publicações no Facebook
ultrapassou os 800 compartilhamentos.
Karoline Skolimoski, que trabalha como gerente em uma clínica de
estética canina, foi uma das pessoas que publicou o apelo na internet.
Ela contou por telefone ao G1 que o animal teria
invadido uma casa no bairro Tupi na tarde do domingo (30). Uma pessoa
apontada como um dos vizinhos do imóvel estava passando pelo local e
atirou três vezes no animal.
Segundo Márcia Jardim Soares, auxiliar de transporte escolar que
testemunhou a movimentação de populares no bairro, o possível alvo da
pitbull era um outro cachorro que estava no imóvel. “Alguém deu três
tiros na pitbull, depois pegaram e a jogaram na calçada”. Populares que
estavam próximos ao local do crime chamaram a polícia militar.
Ambas contaram que os policiais não permitiram a retirada do animal
pelos moradores do bairro. “Os moradores fizeram uma vaquinha para levar
para o veterinário”, contou Márcia. “A polícia chegou e queria que
ninguém mexesse no cachorro, que estava agonizando”, disse Karoline.
O animal conseguiu receber atendimento depois de quatro horas na calçada. A mãe de Karoline contou ao G1
que, ao ver o estado da cadela, o veterinário se recusou a receber a
vaquinha organizada pelos populares. “Ele chegou até a chorar”, disse.
A pitbull foi levada pelo veterinário até uma clínica, e o dinheiro
arrecadado na vaquinha, de aproximadamente R$ 480, foi usado para pagar
os medicamentos e a internação do animal. Entretanto, o cachorro
precisou passar por uma cirurgia para a retirada das balas e
reconstrução de ossos. Os moradores agora tentam organizar pela internet
uma nova arrecadação para pagar o procedimento, que aconteceu nesta
quarta-feira (2). “Ele sobreviveu, mas vai passar por essa cirurgia, que
custa R$ 1.200,00”, explicou Karoline.
Segundo o Dr. Gustavo Palmieri, da clínica que realizou a cirurgia, a
pitbull tinha o estado de saúde estável horas depois da intervenção.
“Realizamos o procedimento para retirar os projéteis. Ela teve uma
fratura grave no úmero por conta do impacto da bala, e infelizmente
tivemos que realizar a amputação do membro. Ela ainda teve uma lesão
cervical que, por enquanto, não causou complicações”, contou.
Enquanto isso, os moradores querem que as investigações descubram se o
atirador possui o porte legal da arma, e se ele será punido pelo crime.
Segundo a lei 9.605/98, praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou
mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos é passível de multa e prisão que varia de três meses a um ano.
A Polícia Militar afirmou, em nota, sobre a queixa dos moradores, que
vai investigar a conduta dos policiais no atendimento da ocorrência. "A
Polícia Militar, ao tomar ciência desta denúncia, esclarece que irá
investigar o ocorrido. Solicitamos às testemunhas que compareçam à sede
do Comando De Policiamento - 6, Santos, para nos ajudar a esclarecer os
fatos. A Polícia Militar é uma Instituição legalista e tem todo
interesse em esclarecer os fatos."
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/01/pitbull-leva-tres-tiros-sobrevive-e-causa-mobilizacao-em-rede-social.html
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