O representante comercial Aldo Borges, de 79 anos, foi enterrado ontem às 17h
Mais dois crimes em SP sinalizam que, na cabeça dos criminosos, a vida da vítima vale cada vez menos
O representante comercial Aldo Borges, de 79 anos, foi enterrado
ontem às 17h no Cemitério de Quarta Parada, no Tatuapé, na Zona Leste.
Borges morreu na manhã da segunda-feira, após ter sido amarrado por
assaltantes que invadiram sua casa na Rua Marcos Arruda, no Belém,
também Zona Leste. Os criminosos levaram uma coleção de relógios, roupas
de grife e dinheiro da casa do idoso, além do Hyundai I30 dele. Segundo
moradores, o bairro sofre uma epidemia de violência.
Funcionários de seu escritório estranharam o fato de o representante,
sempre pontual, estar atrasado para o trabalho e entraram em contato
com a família. Ele deveria ter entrado às 9h, mas às 10h ainda não havia
chegado. O filho de Borges, Aldo Júnior, foi à casa do pai, mas não
conseguiu entrar.
Ao mesmo tempo, um vizinho de Borges havia chamado a polícia por
suspeitar de um Monza azul parado diante de sua casa, com três homens,
desde as 7h da manhã. Os policiais entraram na residência de Borges pelo
telhado e encontraram o idoso inconsciente no chão, com as mãos
amarradas nas costas, os pés unidos com cadarços de tênis e uma cueca na
cabeça.
Uma ambulância do Samu foi chamada e paramédicos levaram Borges para o
Hospital Santa Virgínia, próximo dali, onde ele foi declarado morto às
11h50.
Borges era cardíaco. “Certamente, ele morreu do susto. Todos estão
tensos. O bairro está carente de segurança”, disse Laércio Almeida,
gerente de um hotel próximo à casa de Borges. “Além de idoso, ele era
gentil. Foi desnecessário amarrá-lo dessa maneira”, falou. “O vizinho do
meu avô mudou-se na sexta-feira (11)por causa da violência no bairro”,
disse Bia Borges, de 25 anos, neta do representante comercial.
Suspeito / Policiais do 12 Distrito
Policial (Pari) prenderam o suspeito Anderson Ricardo Fernandes de
Oliveira, de 33 anos, que voltou ao local às 17h da segunda-feira para
pegar seu veículo, o Monza.
Imagens do circuito interno de televisão de uma empresa próxima à
residência do idoso mostram o suspeito e mais dois homens saindo do
carro, atravessando a rua e logo após saindo com o Hyundai da garagem do
idoso. Além de carregar US$ 100, Anderson usava um relógio e um tênis
laranja, que eram de Borges e foram reconhecidos por Rosana Borges,
filha do representante. De acordo com o titular do 12 DP, Eder Pereira e
Silva, o suspeito nega participação no crime. “Ele diz que foi ao
bairro procurar emprego”, falou o delegado.
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/42057/Para+bandidos,+vida+de+vitima+vale+bem+pouco
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