quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Avião não tripulado dos EUA mata comandante talibã no Paquistão.


Maulvi Nazir em encontro com outros membros do Talibã em 2007
Foto: AP/Ishtiaq Mahsud
Maulvi Nazir em encontro com outros membros do Talibã em 2007 AP/Ishtiaq Mahsud

Maulvi Nazir Wazir, também conhecido como Mulá Nazir, era um importante comandante da tribo Wazir. Ele foi morto quando dois mísseis atingiram uma casa em Angoor Adda, perto da capital de Wana, no Waziristão do Norte, fronteira com o Afeganistão. Seu vice, Ratta Khan, também está entre as vítimas do bombardeio, informaram fontes da agência Reuters.

Nazir preferia atacar forças americanas no Afeganistão em vez de soldados paquistaneses no Paquistão, uma posição que o colocou em conflito com alguns outros comandantes talibãs paquistaneses.

Ele foi ferido em um bombardeio em novembro, resultado de suas rivalidades com outros comandantes do Talibã. Pouco depois do ataque, sua tribo Wazir disse à tribo Mehsud, ligada ao líder talibã Hakimullah Mehsud, para deixar a área.

O Exército paquistanês tem recuperado território do Talibã desde o lançamento de uma ofensiva militar em 2009. Ataques de aviões não tripulados também mataram muitos líderes talibãs, inclusive o antecessor de Mehsud, Baitullah Mehsud, em 2009.

Ataques com aviões não tripulados têm crescido desde que o presidente dos EUA, Barack Obama, tomou posse em seu primeiro mandato, em 2008. Um ano antes, os EUA tinham apenas cinco aviões deste tipo e ação, chegando a 117 em 2010. Em 2011, o número caiu para 46, após críticas de ativistas pelos direitos humanos.

Dados coletados a partir de relatórios do Bureau of Investigative Journalism dizem que entre 2.600 e 3.404 paquistaneses foram mortos por aviões não tripulados, dos quais entre 473 e 889 eram civis. É difícil verificar as vítimas civis porque os combatentes talibãs frequentemente isolam imediatamente os locais de ataques aéreos.

Alguns paquistaneses dizem que os ataques aéreos são uma violação da sua soberania nacional e pedem para que sejam interrompidos. Outros, incluindo alguns moradores de áreas tribais ao longo da fronteira com o Afeganistão, dizem que estão sendo mortos combatentes talibãs que aterrorizaram a população local.

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