quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um terço dos brasileiros vivia com até dois salários mínimos em 2010, aponta IBGE

Patrões eram os que mais ganhavam, seguidos pelos que trabalhavam por conta própria

trabalhoO ganho real no rendimento médio mensal dos empregados foi de 15,8%, aponta IBGE

 Um terço da população brasileira com 15 anos ou mais que já trabalhava em 2010 recebia até dois salários mínimos em 2010, segundo o Censo Demográfico 2010 sobre trabalho e rendimento, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (19).

O levantamento revela também que um quarto da população brasileira (24,7%) vivia com uma renda de meio salário mínimo a um naquele ano.

O IBGE alerta que a proporção de crianças e adolescentes trabalhando nas faixas de rendimento mais baixas é maior que a de adultos acima de 18 anos, com destaque para a categoria "sem rendimento" (trabalho para o próprio consumo).

 — No contingente de 10 a 13 anos de idade, 63,1% estavam na faixa sem rendimento de trabalho, no de 14 ou 15 anos de idade eram 35,8%, e no de 16 ou 17 anos de idade, passaram a 16,7%, resultado ainda muito mais elevado que o das pessoas de 18 anos ou mais de idade (5,6%).

Empregadores, conta própria, domésticos e aumento real

O estudo aponta que o rendimento do trabalho é mais alto entre os empregadores, seguidos pelos que trabalham por conta própria. No entanto, de 2000 para 2010, o rendimento dos trabalhadores por conta própria e de todas as categorias de empregados cresceu, enquanto o dos empregadores baixou 18,6%

Dentre os empregados, a categoria dos militares e funcionários públicos apresentaram os rendimentos mensais mais elevados no período da pesquisa, superando inclusive o dos trabalhadores por conta própria que contribuíam para a previdência, segundo o estudo. O maior ganho real no rendimento médio mensal da categoria empregados também foi dos militares e funcionários públicos, de 40,9%.

— Cabe lembrar que, na população ocupada, o contingente que apresentou o mais alto nível de instrução foi o da categoria dos militares e funcionários públicos estatutários, o que se re?etiu no seu rendimento médio.

No subgrupo dos trabalhadores domésticos, o rendimento mensal do trabalho variou de R$ 640 (para aqueles com carteira assinada) a R$ 383 (para os sem carteira e não contribuintes da previdência). O ganho real no rendimento médio mensal dos empregados foi de 15,8%, ao passo que o dos trabalhadores por conta própria (6,5%).

Os trabalhadores domésticos são o segundo subgrupo de empregados com maior ganho real dos salários: aqueles com carteira assinada viram ganho real de 33,9%, enquanto os sem carteira 27,2%.

 


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