quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sem orçamento, governo vai remanejar R$ 1 bi para aumentar salário mínimo

 
Medida é necessária porque novo texto só será aprovado em fevereiro.

O governo brasileiro irá remanejar cerca de R$ 1 bilhão para garantir o pagamento do novo salário mínimo a partir de janeiro do ano que vem. O novo valor foi fixado por decreto em R$ 678. A informação foi dada na última quarta-feira (26) pelo relator do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A medida é necessária porque os parlamentares não conseguiram aprovar a peça orçamentária neste ano. Jucá anunciou que governo e oposição chegaram a um acordo para votar a proposta no dia 5 de fevereiro.
A votação será realizada logo após a eleição da nova Mesa Diretora do Senado, que deve ocorrer nas sessões realizadas entre os dias 1° e 4 de fevereiro.

Por conta do adiamento da votação, o governo a prepara a edição de uma medida provisória para garantir a aplicação, ainda em janeiro, de desonerações tributárias previstas e da abertura de créditos para ministérios.
Até lá, o governo só poderá executar 8,3% do que estava previsto na proposta orçamentária. A presidente Dilma Rousseff tem até do dia 31 de dezembro para editar a medida provisória.

Jucá garantiu ainda o pagamento do reajuste de grande parte do funcionalismo já para janeiro, uma vez que a lei determina a liberação mensal de um doze avos do valor previsto para o custeio da máquina pública.

Mas as categorias de servidores que obtiveram reajuste salarial em negociações posteriores a 31 de agosto terão de esperar a aprovação do novo orçamento. Entre essas categorias estão os servidores do Banco Central, da Receita Federal e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O relator do orçamento disse que a votação da peça pela Comissão Representativa do Congresso Nacional — composta por 19 deputados e nove senadores —, como proposto inicialmente, seria legalmente viável. Mas afirmou que, em política, “sempre é melhor um bom acordo”.

O senador afirmou ainda que algumas ações do governo ficarão prejudicadas com o atraso na votação do orçamento. Entre elas, citou as desonerações fiscais e novos investimentos públicos previstos para 2013, que ainda dependem de modificações a serem feitas no projeto.

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