quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Conheça bebê que morreu por falta de ambulância e UTI





Criança esperou ambulância por seis horas e morreu após tês paradas cardíacas

 Benício sofreu uma infecção generalizada provocada por uma bactéria; menino morreu com apenas três meses

Uma mãe de Queimados, na Baixada Fluminense, transformou a dor pela perda do filho de três meses, em novembro de 2012, em uma arma para conseguir ambulâncias e UTIs Neonatais (Unidades de Tratamento Intensivo) para a cidade onde vive. Segundo a família, Beníciofoi vítima de Sepse, uma infecção generalizada, causada por uma bactéria. 

De acordo comGrazielle Gonçalves, de 19 anos, as seis horas que o bebê precisou aguardar para conseguir socorro adequado no Hospital Infantil 21 de julho, conhecido como Hospital Infantil de Queimados, foram determinantes para a morte dele.

Segundo a família, Benício foi vítima de Sepse, uma infecção generalizada, causada por uma bactéria.  De acordo com Grazielle Gonçalves, de 19 anos, as seis horas que o bebê precisou aguardar para conseguir socorro adequado no Hospital Infantil 21 de julho, conhecido como Hospital Infantil de Queimados, foram determinantes para a morte dele.

Em uma página, criada por ela no Facebook, Grazielle relata que o problema começou no dia 13 de novembro, quando Benício apresentou mudanças de comportamento e, em seguida, problemas respiratórios.  Desesperados, os pais do menino procuraram socorro com um pediatra e, em seguida, no Hospital Infantil de Queimados, que é particular, mas tem convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde).

— Ao chegar ao hospital, [Benício] precisaria ser incubado, mas não tinham equipamentos para isso. Meu filho foi um guerreiro. Fizeram os poucos procedimentos que podiam. [...] Ele esperou horas por uma ambulância, e nós - a família - é que tivemos que correr atrás, pois o hospital ficou de braços cruzados enquanto meu bebê sofria. O médico, que veio na ambulância que conseguimos, perguntou ao [médico] de plantão no Hospital Infantil de Queimados se já tinha feito isso e aquilo, e o doutor só balançava a cabeça negativamente e dizia que não tinha condições (entenda como equipamentos para realizar os exames).

Ainda segundo o relato da mãe de Benício no Facebook, a família informou aos médicos que o menino tinha plano de saúde e os profissionais conseguiram encontrar outro hospital, com os recursos adequados para atender o menino, mas a unidade ficava em Nova Iguaçu. Segundo Grazielle, a transferência do bebê foi feita de forma precária.

— Benício foi na ambulância junto ao meu corpo e agarrou meu peito como quem diz “me ajuda, mãezinha”. Como tinha plano de saúde e vaga no Prontonil de Nova Iguaçu, fomos para lá. Mesmo assim, era uma ambulância comum. Não tinha incubadora e todas as coisas que meu bebê precisava para ser transportado. Certamente foi melhor que nada, mas tive que segurar o Benício no colo, me segurar para não cair do banco com ele, segurar a máscara de oxigênio próximo a seu rosto e ainda ficar com o braço elevado para que não batesse a cabeça.

Ainda de acordo Grazielle, apesar dos esforços dos médicos do hospital de Nova Iguaçu para salvar a vida do menino, o bebê morreu após sofrer três paradas cardíacas. Mesmo com o sofrimento causado pela perda do filho, ela quer lutar para evitar que outras mães passem pela mesma situação.

— Eu só peço que me ajudem nesta causa: Não quero ver outra mãe sofrer por falta de assistência, porque de que adianta um hospital infantil só para dar remédio para gripe? Quantas pessoas humildes terão que ver seus filhos morrerem sem poder fazer nada? [...] Um pai e uma mãe merecem esse sofrimento? Meu filho lutou precisando de assistência durante quase seis horas. Eu ouvia e imaginava sua dor.

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/apos-morte-de-bebe-familia-usa-facebook-para-cobrar-uti-e-ambulancia-para-cidade-da-baixada-20121221.html

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