Portugueses, espanhóis e gregos estão cada vez mais requisitando a cidadania brasileira
Há mais de 500 anos, a Europa é uma importante fonte de migrantes para o
mundo. O Velho Continente, no entanto, nunca foi um bom anfitrião na
hora de receber estrangeiros. O recente fluxo de europeus para o Brasil,
maior a cada ano, dá ao País a chance de mostrar ao mundo como é que se
faz para receber imigrantes.
O Velho Continente possui um histórico inegável de nacionalismo e xenofobismo excessivo — que, não raro, descamba para a violência. Não faltam exemplos dessa história tenebrosa, como a perseguição aos judeus, na década de 30, ou os brasileiros que, em pleno 2012, são impedidos de entrar nos aeroportos de Espanha, França e Reino Unido.
O Velho Continente possui um histórico inegável de nacionalismo e xenofobismo excessivo — que, não raro, descamba para a violência. Não faltam exemplos dessa história tenebrosa, como a perseguição aos judeus, na década de 30, ou os brasileiros que, em pleno 2012, são impedidos de entrar nos aeroportos de Espanha, França e Reino Unido.
Com a crise financeira e o fortalecimento das políticas protecionistas, o
medo dos imigrantes se agravou ainda mais na Europa. Mas essa crise
provoca também outro fenômeno: muitos europeus desempregados e
desiludidos com seus países estão se mudando novamente para a América.
Vários desses imigrantes não só querem ir para o outro lado do Atlântico, como estão recorrendo à nacionalidade das gerações mais antigas de suas famílias para entrar com pedidos de cidadania. Com isso, conquistam uma segunda nacionalidade.
Um desses destinos é o Brasil. Segundo dados do Itamaraty, em Portugal, a procura pela cidadania brasileira subiu de 1.110 pedidos para 4.512, entre 2010 e 2011. A soma dos pedidos de portugueses, espanhóis e gregos saltou de 1.559, em 2010, para 6.320, no ano passado, evidenciando essa nova tendência.
Isso sem falar nos imigrantes europeus não oficiais, que permanecem no País sem visto e fortalecem o movimento migratório para o Brasil.
Há dez anos, a maior parte dos cidadãos desses países não cogitaria a decadência de seus padrões dentro da UE e não vislumbrava a possibilidade de ter que migrar para uma nação considerada de terceiro mundo como o Brasil, muito menos recorrer à cidadania desse Estado.
Oportunidades à vista
Vários desses imigrantes não só querem ir para o outro lado do Atlântico, como estão recorrendo à nacionalidade das gerações mais antigas de suas famílias para entrar com pedidos de cidadania. Com isso, conquistam uma segunda nacionalidade.
Um desses destinos é o Brasil. Segundo dados do Itamaraty, em Portugal, a procura pela cidadania brasileira subiu de 1.110 pedidos para 4.512, entre 2010 e 2011. A soma dos pedidos de portugueses, espanhóis e gregos saltou de 1.559, em 2010, para 6.320, no ano passado, evidenciando essa nova tendência.
Isso sem falar nos imigrantes europeus não oficiais, que permanecem no País sem visto e fortalecem o movimento migratório para o Brasil.
Há dez anos, a maior parte dos cidadãos desses países não cogitaria a decadência de seus padrões dentro da UE e não vislumbrava a possibilidade de ter que migrar para uma nação considerada de terceiro mundo como o Brasil, muito menos recorrer à cidadania desse Estado.
Oportunidades à vista
Essa virada de jogo no relacionamento entre Brasil e Europa abre uma janela para um novo paradigma de integração.
Esse movimento permitirá uma relação política e econômica horizontal entre as regiões, que dê voz a novos pensamentos e amplie as alternativas para soluções práticas inéditas.
Na prática, o Brasil ganha a chance de mostrar como é que se faz para receber imigrantes.
O Brasil deve ser exemplar nesse momento e fugir das práticas imediatistas e superficiais de origem nacionalista, como os casos de perseguição e xenofobia na Europa, com uma efetiva integração internacional no sentido da redução das desigualdades. Um dos passos é explorar a assimilação cultural, um dos principais adubos da terra brasilis, que permite plantar e colher vantagens em meio ao processo de globalização — o conhecimento europeu sempre será bem-vindo para enriquecer os padrões locais.
A coexistência internacional existe da mesma forma que a coexistência entre os cidadãos de uma sociedade: o respeito mútuo gera a igualdade e permite a redução das desigualdades materiais e de conhecimento.
A ascensão brasileira no mundo alarga sua visibilidade. Como local de atração para estrangeiros, o País pode fortalecer ainda mais sua influência e poder internacional.
Se o Brasil optar, como vem fazendo, pelo diálogo, recebendo com respeito esses novos imigrantes, europeus ou não, todos sairão ganhando.
Ao final, esta jovem potência sul-americana pode dar uma lição na mesquinha postura discriminatória e segregacionista de outros países.
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/bom-anfitriao-brasil-mostra-ao-mundo-seu-jeitinho-de-receber-imigrantes-20121001.html
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