Para atingir meta de inclusão, USP, Unesp e Unicamp precisam
aumentar a inscrição de estudantes das escolas públicas; projeto prevê
cotas de 35% das vagas no próximo vestibular e de 50% em 2016.
Se a meta final do programa de inclusão das universidades estaduais de
São Paulo – de garantir 50% das matrículas para alunos de escola pública
– tivesse de ser atendida este ano, as instituições teriam um grande
problema. Em média, os inscritos nos vestibulares de USP, Unicamp e
Unesp vindos de escola pública representam apenas 35% do total.
O Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista
(Pimesp), anunciado anteontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e
por reitores das universidades, prevê alcançar o preenchimento de 50%
das vagas por alunos da rede pública em 2016. A política deve começar em
2014, começando com a meta 35% e subindo para 43% no ano seguinte.
O projeto, que deve ser levado para a aprovação dos conselhos
universitários, prevê a criação de um colégio comunitário de dois anos,
com seleção pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cerca de 40% das
vagas das cotas serão preenchidas por esse curso e 60% serão ocupadas
pelo vestibular tradicional, com a manutenção das bonificações de cada
universidade.
Na USP, maior universidade do País, dos 146.892 inscritos para o
vestibular de 2012, apenas 33,4% declararam ter cursado o ensino médio
em escola pública. Para a pró-reitora de Graduação da USP, Telma Zorn, a
procura maior de alunos de escola pública no vestibular da Fuvest é
preponderante para que haja mais inclusão. "A gente tem esse problema
crônico do afastamento desse aluno do vestibular e são várias as razões.
Há muitas vezes um desconhecimento completo e a ideia de que USP é
muito difícil, que não dá para entrar", diz.
A USP vai manter seu projeto de bonificação e estuda aumentar a
pontuação concedida. Também há um projeto de criar cursinho
pré-vestibular para alunos de escola pública (mais informações nesta
página).
Inclusão. O vestibular com maior proporção de
inscritos de escola pública é o da Unesp, com 43% – o que representa
38.920 estudantes. Não por acaso é a estadual paulista com o maior
porcentual de alunos da rede pública nas matrículas. No último processo
seletivo foram 41%.
Na Unicamp, 28,2% dos inscritos no vestibular de 2012 eram de escola
pública: 16.054 de um total de 56.856 inscritos. Apesar de ser o menor
índice, a Unicamp conseguiu matricular uma proporção maior do que a dos
inscritos: 32%.
A participação de alunos de escola pública não se repete, entretanto,
nos cursos de ponta e mais concorridos. O Pimesp tentar acabar essa
distorção, fixando cotas para cada curso.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alunos-da-rede-publica-sao-35-dos-inscritos-no-vestibular-das-estaduais-,976661,0.htm
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