sábado, 15 de dezembro de 2012

Ainda hoje negros sofrem discriminação racial

Não devemos julgar uma pessoa apenas por ela ser de cor ou classe social diferente, como também não devemos desmerecer pessoas que tem deficiências físicas, pois há pessoas que mesmo sem alguma parte do corpo ou com qualquer outra deficiência fazem coisas incríveis que qualquer pessoa saudável não faria por medo ou qualquer outro motivo.
 Preconceito e Racismo não
 Diferentes, Porém Iguais

 Vivemos em um mundo onde cada pessoa é diferente da outra, tem seus próprios gostos, seu próprio estilo  e seu próprio jeito de viver e conviver com os outros. 

Existem pessoas de cores, tamanhos e pesos diferentes, enfim todo ser humano possui características e estilos próprios.

Infelizmente muitos não percebem que mesmo existindo essa diferença todos são seres humanos e devem respeitar e ser respeitados pelo seu gosto, estilo, cor e tudo mais. As pessoas que não respeitam os outros seres humanos por serem diferentes estão cometendo o ato de preconceito e racismo o que resulta em várias coisas ruins.

O preconceito e o racismo agridem várias pessoas no mundo inteiro. Agridem, pois a pessoa que sofre de preconceito ou racismo acaba tendo danos psicológicos às vezes irreversíveis.

 Ninguém gosta de ser excluído ou maltratado por ter um estilo, gosto ou cor diferente. Todos devem ser tratados com respeito, pois mesmo que por fora essa pessoa seja diferente por dentro ela é igual a todos os outros seres humanos e não deve ser criticada pela sua característica, personalidade ou gosto.


Preconceito e Racismo não

Discriminar pessoas, lugares, ou tradições consideradas estranhas ou diferentes é um ato de preconceito, ou seja, preconceito é nada mais nada menos do que julgar ou discriminar diversas coisas sem realmente conhece-las.
Fazer uma generalização superficial de algo ou de algumas pessoas é o ponto de partida para o preconceito. Por exemplo, falar que todos os ingleses são frios ou que todos os alemães são prepotentes.
Preconceito e Racismo não
Taxar pessoas pelo simples fato dela ser de determinada religião, gostar de determinado estilo de música ou ser de um estilo diferente do seu é errado e um ato de preconceito e para acabar com isso devemos sempre conhecer essa pessoa, essa religião, tradição ou estilo antes de julgarmos e fazermos um conceito errado sobre isso.
Enfim para que não haja preconceito devemos sempre conhecer e respeitar as tradições, culturas e estilos de todas as pessoas sem distinções.

Racismo

Preconceito e Racismo não
Características físicas, sociais e raciais diferentes fazem com que muitos cometam o ato de racismo contra várias pessoas. Brancos, Negros, Pardos, Magros, Gordos, Altos, Baixos, Fortes e Fracos podem ser diferentes por fora, mas por dentro são exatamente iguais, e podem possuir idéias e gostos iguais também.
A cor, o cabelo, a altura, o peso, ou qualquer outra característica seja ela social, racial ou física não fará de você melhor ou pior que a outra pessoa, pois todos nós somos capazes de fazer o que quisermos e não é uma característica diferente que vai nos limitar de fazer essas coisas.
Lembre-se que todo ser humano é igual e merece ser respeitado indiferentemente de suas características ou estilo de vida. Preconceito e racismo são crimes e podem dar até cadeia para quem os pratica, então diga não e respeite o próximo.
 
A Lei Caó (nº 7.716/89) regulamentou o Artigo 5º da Constituição Federal brasileira, que tornou o racismo crime inafiançável e imprescritível. Praticar, induzir ou incitar a discriminação passou de uma contravenção, como constava da Lei Afonso Arinos, a crime com pena de um a cinco anos de prisão.

O número de pessoas que sofre racismo ligado a sua descendência/origem aumenta a cada dia. Josias Fernandes, 20 anos, estudante de engenharia de redes do 2º período da Faculdade Santa Cruz, já sofreu muito preconceito na época do Colegial. Ao ingressar na faculdade, os problemas diminuíram, mas não acabaram. “Acredito quando dizem que realmente a Faculdade realiza a inclusão na sociedade”, diz Josias.

Não é preciso ir longe para dar conta dessa injustiça e nem para perceber que milhões de indivíduos sofrem formas diversificadas de preconceito, especificamente quando se trata de um afro-descendente. Chegar à universidade é muito difícil, mas o obstáculo maior é encontrar emprego.   

Alguns negros entram em batalhas contra discriminação, assim como Ademilson Edson dos Santos, 38 anos, casado, pai de três filhos com graduação em Direito. Ele entrou no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por meio de concurso em 2002 e foi vítima de discriminação por cumprir com seu trabalho de oficial de justiça e intimar uma pessoa com um cargo importante na presidência do PSD estadual. Na época

Ademilson não se intimidou e deu queixa na Procuradoria Geral da República por ser agredido por palavras como “seu preto, macaco”. Após o acontecimento, a vítima recebeu ameaças e perseguições e pedidos para retirar a queixa. Como ele não cedeu, foi despedido por justa causa sem direito a nada. Como ele diz: “A palavra de um branco vale mais do que a de um negro”.

Ademilson é presidente do Instituto 21 de Março em Luta pela Consciência Negra e Direitos Humanos. “É preciso passar para seus filhos a sua verdadeira identidade e ter orgulho de ser negros. É preciso se unir para combater o racismo e assumir a sua cor”, diz
Internet

O site de relacionamentos Orkut ajuda na conexão com pessoas do mundo todo a reencontrar parentes e amigos do tempo da escola e a polícia a desvendar crimes reconhecendo fotos dos criminosos. Mas o Orkut não traz só atitude boa, pois é através de comunidades no site que são feitas apologias  à violência e ao preconceito racial.

O Orkut, que é mantido pela Google Inc, fez esse comunicado: “Lembre-se: nós todos gostamos do orkut e contamos com a sua ajuda para mantê-lo saudável. Por favor, use o serviço com responsabilidade e seja pro-ativo ao reportar abusos em perfis e comunidades. Conteúdo ilegal não será tolerado e será devidamente removido. Veja nossos Termos de Serviço. Stay beautiful, A Equipe do orkut”.

Segundo afirma Sylvia Maria Mendonça do Amaral (do escritório Mendonça do Amaral Advocacia), no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, de  19 de julho de 2007, a criação dessas comunidades no site de relacionamento viola os direitos assegurados pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. A falta do cumprimento dessa lei esta sujeito à multa de R$ 1 mil. E o não, cumprimento da quebra de sigilo da identificação dos usuários envolvidos nas comunidades voltadas para a prática de delitos e crimes.

O Ministério Público já dispõe de uma ferramenta que permite navegar como usuários especiais através do site, vasculhando o conteúdo de todas as comunidades e removendo aquelas com teor que infrinja qualquer artigo do Código Penal. A exclusão pode ser feita imediatamente, sem a necessidade de determinação judicial. Está prevista para os próximos meses a mesma parceria com todos os outros estados do país.

A estudante Viridiana Aparecida Almeida, do curso de Ciências Sociais e bolsista permanente do NEAB grupo de pesquisa da UFPR, já passou por grandes dificuldades por ser negra. “Minha mãe fazia tranças no meu cabelo, porque meu cabelo era bem armado e os alunos ficavam tirando sarro. Ah! Seu cabelo tá bonitinho, tá parecendo um chifrinho de vaca, e aquilo ia me inibindo e eu não tinha vontade de ir para o colégio. Quando chegava em casa minha família falava: ‘Ai negrinha’.   Chamava de uma forma carinhosa, mas eu não gostava.

Queria ser chamada pelo meu nome, mas isso foi pegando”.

Viridiana conta que em sua casa, a família é composta por brancos e negros. “E até mesmo quando você sai e seus amigos pedem que você faça alguma coisa, e não consegue, alguém diz: 'Tinha que ser preto mesmo'. Isso vai ficando no seu imaginário, você vai achando que é incapaz e inferior”. A estudante explica que as pessoas têm mania de dizer que o problema é social e não racial. “Dentro da minha família, pude perceber que a parte branca teve muito mais oportunidades do que eu que sou negra. A dificuldade que  tive foi muito maior, e sempre tive que provar que era melhor”, desabafa.

Núcleos de questões raciais

A Associação Cultural de Negritude e Ação Popular dos Agentes de Pastoral Negros (ACNAP) é um exemplo de cidadania e de força cultural. Localizada em Curitiba, foi criada a partir da Assembléia da Pastoral Operária, realizada no Rio de Janeiro em 1985 para discutir e solucionar o problema do desemprego que na época tinha tomado proporções alarmantes em todo o país.

Nessa assembléia, além da Pastoral Operária, participaram líderes de movimentos negros que discutiram a possibilidade de reivindicar junto à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que a igreja católica adotasse a temática do negro na Campanha de Fraternidade, em função do Centenário da Abolição e com o objetivo de dar oportunidade às pessoas negras para fortalecer e estimular a inclusão social através da educação, saúde, mercado de trabalho, e inserção no meio da comunicação social e cultural.

A partir disso, o movimento negro começou uma mobilização nacional em prol da Campanha. Em Curitiba, iniciaram-se as primeiras reuniões dos negros, no sentido de organizar o trabalho que seria desenvolvido. Assim em 1990 nasceu a ACNAP, fundada por Paulo Borges e José de Arimatéia, com objetivo de recuperar a memória histórica da população negra, sua cultura e sua identidade política; prestar seus serviços à luta pela libertação da população negra oprimida e marginalizada, denunciando qualquer atitude discriminatória, entre outros.

A associação também desenvolve atividades pedagógicas, aulas de apoio escolar, oficinas de resgate da cultura negra, política de finanças, seminários, palestras.

Há ainda o Neab, um Núcleo de Estudo Afro-Brasileiro da UFPR, que reúne professores de diversos departamentos e cursos, que fazem pesquisas voltadas para a questão racial. São professores do departamento de Educação, Ciências Sociais, Saúde, que trabalham em suas pesquisas com um recorte racial. O intuito do Neab é produzir pesquisas e promover extensão, e realizar eventos que sensibilizem a comunidade, a importância de se discutir no espaço na Universidade as relações raciais.


A polêmica das cotas
O sistema de cotas para os negros, já em vigor em várias universidades brasileiras, tem dividido as opiniões entre os diferentes setores da sociedade. Atualmente, apenas 2% das vagas das universidades públicas são ocupadas por afro-descendentes, distribuídas em sua maioria em três cursos: letras, pedagogia e enfermagem.

Negros são mais atingidos pelo desemprego
Pesquisas realizadas no período de janeiro a abril de 2009 pela Agência do Trabalhador, em Curitiba, revelam que o número de negros que entraram para o mercado de trabalho no período das pesquisas é quase duas vezes menor que o número de brancos.






“Eles acham que somos só carnaval e futebol”
Em entrevista à Revista Uninter.com., o vice-presidente nacional do PMDB Afro, Saul Dorsal da Silva, fala sobre discriminação racional, cotas para os negros nas universidades públicas e as punições previstas em lei para a prática do racismo.

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