segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Militares são presos com três toneladas de maconha em caminhão do Exército

Três cabos das Forças Armadas foram presos em flagrante em rodovia na região de Campinas; houve troca de tiros com agentes da Polícia Civil

Um caminhão do Exército foi apreeendido com um carregamento de cerca de três toneladas de maconha

Marivaldo Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo - 28.8.16
Um caminhão do Exército foi apreeendido com um carregamento de cerca de três toneladas de maconha
Três militares do Exército foram presos na madrugada deste domingo (28) por homens da Polícia Civil ao serem flagrados transportando três toneladas de maconha em um caminhão das próprias Forças Armadas. O flagrante ocorreu na rodovia SP-101, na região de Campinas.

Segundo policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), houve troca de tiros com três soldados do Exército que estavam no caminhão. Os cabos Higor Abdala Costa Attene e Maykon Coutinho Coelho, lotados no 20º Regimento de Cavalaria Blindado, sediado em Campo Grande, foram presos na hora. O cabo Simão Raul, do mesmo regimento, foi ferido e conseguiu fugir, mas foi capturado mais tarde em um hospital de Limeira.
 
O caminhão vinha do Mato Grosso do Sul e era acompanhado por um carro civil, que também teria participado do tiroteio. Outros dois homens foram detidos.
 
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), após três meses de investigação, uma equipe da 5ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), do Denarc, descobriu que um carregamento de drogas seria entregue em uma empresa desativada de Campinas.
 
Os policiais civis ficaram de campana no local. Os suspeitos desconfiaram da movimentação e tentaram fugir, quando houve a troca de tiros. Além dos três militares e dois civis presos, a polícia suspeita que outros dois envolvidos na ação tenham conseguido fugir.
 
Procurado, o Centro de Comunicação Social do Exército brasileiro confirmou que os três militares estão presos e afirmou que, "diante da gravidade do fato, que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade", os cabos serão expulsos do Exército.
 
Disse ainda que será instaurado um inquérito policial militar para a apuração de todos os fatos e responsabilidades e que se coloca à disposição das autoridades policiais de São Paulo para auxiliar nas investigações.
 
"A Força Terrestre procederá minuciosa investigação na Organização Militar de onde os militares e a viatura são oriundos, com o objetivo de corrigir procedimentos de segurança, para que falhas desta natureza não voltem a ocorrer", disse o órgão, em nota.
 

Artistas e o ex- presidente Lula acompanham Dilma no Senado

É grande a movimentação hoje (29) no Senado para a oitiva da presidente afastada Dilma Rousseff. Neste quarto dia de julgamento, que deverá ser o mais longo de todos, além de apresentar sua defesa, Dilma irá responder a perguntas de parlamentares.
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Até às 8h30 da manhã desta segunda-feira, 47 senadores já estavam inscritos para questioná-la. Cada um terá cinco minutos e Dilma terá tempo livre para as respostas. Antes de responder, a petista irá dispor de 30 minutos para sua defesa, mas, segundo o presidente da sessão do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, este tempo poderá ser prorrogado de acordo com a necessidade da petista. 

Os convidados da presidente afastada serão 40: 30 deles ficarão nas galerias e 10 -  assessores mais próximos-  na tribuna de honra- entre eles, ministros de sua gestão, como Aldo Rebelo (Defesa) e Jacques Wagner ( Casa Civil) e artistas como o cantor Chico Buarque e atriz Létícia Sabatella. 

Além deles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aguardado para acompanhar a sessão. Já entre os convidados da acusação, que serão 30, e ocuparão parte das galerias no plenário, estarão representantes de movimentos sociais como o Vem para Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), além de uma filha do jurista  Hélio Bicudo, um dos autores da representação. Bicudo enfrenta graves problema de saúde. 

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Segurança
Nesta segunda-feira, a novidade em relação à segurança é que a Esplanada dos Ministérios foi completamente fechada, desde a Catedral até o prédio do Congresso Nacional. O acesso está sendo feito a pé ou de carro, por vias auxiliares. Ao contrário de outros dias, o gramado na Esplanada - dividido por um muro de 80 metros - já começa a ser ocupado por manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment. A Polícia Militar do Distrito Federal faz a segurança no local. 

Histórico
Dilma é alvo de um processo de impeachment, por ter editado, em 2015, decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso e também de usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro [as chamadas pedaladas fiscais]. A petista foi afastada da Presidência da República pelo Senado há mais de 100 dias. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/impeachment-artistas-e-o-ex-presidente-lula-acompanharao-dilma-no-senado,c8223e8386ce08042aae0299c25abccaukk366je.html

Polícia investiga morte de quatro pessoas na Barra da Tijuca



A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de quatro pessoas em um condomínio na Barra da Tijuca, no início da manhã de hoje (29).
O corpo de uma mulher, identificada pelo Corpo de Bombeiros como Laís K., de 48 anos, foi encontrado dentro de um apartamento no 18º andar. Na área externa do prédio, foram recolhidos os corpos de Nabor Oliveira, de 43 anos, e de duas crianças, de 10 e 6 anos. 

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O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta de 6h40 para atender ao caso, e a Polícia Militar também foi acionada. Em nota, a PM afirma que foi chamada "em razão de homicídios" e que isolou a área para a chegada da perícia da Polícia Civil. 

Nenhum dos três órgãos confirmou se os quatro mortos são da mesma família, mas a Polícia Civil deve divulgar mais informações sobre o caso ao longo do dia. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/policia-do-rio-investiga-morte-de-quatro-pessoas-na-barra-da-tijuca,384324d2a3607b2ebcad903a34aaf845di23yq90.html

Para 87% país está no rumo errado, mas pessimismo diminui, diz pesquisa

A maioria esmagadora da população brasileira acha que o país não está no caminho certo, mas essa percepção já foi pior. É o que sugere uma pesquisa feita pela consultoria Ipsos.
Viés tímido de melhora está ligado à impeachment e não a Temer, diz diretor da Ipsos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Viés tímido de melhora está ligado à impeachment e não a Temer, diz diretor da Ipsos
De acordo com o levantamento, em agosto, 87% dos entrevistados disseram que o Brasil está no rumo errado, apenas dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês anterior. No entanto, esse número chegou a 94% em março deste ano. 

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A pesquisa foi feita com 1.200 pessoas em 72 municípios, entre os dias 30 de julho e 9 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais. 

Para o diretor da Ipsos Public Affairs, Danilo Cersosimo, apesar de a opinião dos brasileiros permanecer muito negativa, há uma tendência de mudança "extremamente lenta". Ele avalia que o viés de melhora não está relacionado a uma boa avaliação de Michel Temer, e sim com o fim do processo de impeachment de Dilma Rousseff.


"Só o fato de ter ido a julgamento é uma espécie de resposta à instabilidade. A opinião pública de modo geral se sente aliviada pela instabilidade política estar sendo resolvida pelo processo de impeachment. É uma espécie de ponto final àquela crise", diz. 

"Minha leitura é que pode ser um início de uma tímida e gradativa retomada de um rumo mais positivo. Está no insconsciente das pessoas que este ano está perdido, mas 2017 pode ser melhor."
Cersosismo acredita, porém, que se Dilma voltar ao cargo a instabilidade política regressará e o viés de otimismo comedido no país poderá ser revertido.
                                  Para diretor da Ipsos, Temer ainda não conseguiu convencer brasileiros 
Para diretor da Ipsos, Temer ainda não conseguiu convencer brasileiros  
Falta de impacto

A combinação das crises política e econômica com a falta de medidas marcantes do governo interino é a chave para entender o pessimismo sobre o rumo do país, afirma Cersosimo. 


Segundo o diretor da Ipsos, Temer não deu um "choque de gestão" ou deixou uma "mensagem impactante" capaz de convencer os brasileiros. Os escândalos de corrupção em que se envolveram seus ministros no começo do mandato também afetaram a opinião dos brasileiros. Um dos homens mais fortes do governo interino, Romero Jucá deixou o Ministério do Planejamento em maio, horas após o jornal Folha de S. Paulo divulgar uma gravação em que ele sugere uma articulação para conter a Operação Lava Jato. 

"(O governo dele) ficou sem cara. E tem o aspecto político, que pesa. É a sua transparência, o quanto ele está no meio do balaio dos outros corruptos. Temer não conseguiu se distanciar do principal problema (do governo) de Dilma, no entendimento do povo: a corrupção."
A reprovação ao presidente interino se manteve em 68% em agosto. 

Ainda segundo a pesquisa, a reprovação a Temer cresce quando o assunto é economia. De julho a agosto, a porcentagem de pessoas que desaprovam a atuação de Temer no combate à inflação passou de 56% para 61%. Sobre a reforma da previdência, 64% desaprovam a forma como o tema está sendo tratado - em julho, eram 54%. 

Na área econômica, diz o diretor do Ipsos, "a mensagem do governo de colocar a casa em ordem não chegou à população". 

"O mercado desde o início viu com bons olhos, mas as pessoas não perceberam isso de cara. Todas as ações que demandam médio e longo prazo tem que ser muitíssimo bem explicadas - e não foi o caso."
Aprovação de Dilma vem de grupo contrário ao impeachment, diz diretor de consultoria
Aprovação de Dilma vem de grupo contrário ao impeachment, diz diretor de consultoria Em entrevistas recentes, o ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, disse que espera apresentar ao Congresso nos próximos meses um projeto para alterar o sistema previdenciário. O ministro já anunciou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que também será encaminhada ao Legislativo, para controlar o crescimento dos gastos públicos. 

O governo federal manteve uma avalição estável. A parcela de pessoas que o consideram ruim ou péssimo ficou em 49%, contra 48% em julho; 8% o consideram bom ou ótimo.

'Resistência'

A avaliação de Dilma Rousseff, que presta depoimento nesta segunda-feira no Senado, não mudou muito. Afastada da Presidência desde maio, Dilma manteve os mesmos 71% de reprovação registrados em julho. Sua aprovação caiu dois pontos, de 25% para 23%.
Medidas anunciadas por Meirelles não chegam a toda população, diz Cersosimo
Medidas anunciadas por Meirelles não chegam a toda população, diz Cersosimo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O diretor da Ipsos explica que a estabilidade é natural, já que a petista está fora do poder. Longe do cargo, ela não recebe os ônus nem bônus das ações do governo. 

Para ele, os 20% de aprovação da presidente afastada devem se manter, porque representariam um grupo mais à esquerda, ligado ao PT ou contrário ao processo de impeachment. 

"Esse percentual reside nos núcleos onde PT, Lula e Dilma atuaram bem: pessoas de classes e escolaridade mais baixa, do Nordeste, ou aqueles que não apoiam o impeachment. O não apoio ao impeachment ao longo dos últimos meses se manteve em torno de 20% a 25%. É uma espécie de resistência. " 

https://noticias.terra.com.br/brasil/para-87-pais-esta-no-rumo-errado-mas-pessimismo-diminui-diz-pesquisa,3a130eeba8415f33225a563b05a8303byucq14dp.html


 

sábado, 27 de agosto de 2016

Governo quer encaminhar reformas antes de outubro, diz Padilha


 O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, quer acelerar processo para votação de reformas

 Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal pretende enviar uma proposta de reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro. A declaração contraria a informação do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que disse nesta semana que a proposta iria na primeira quinzena de dezembro.

"A reforma trabalhista deve ser encaminhada (ao Congresso) mais ou menos no mesmo tempo em que vai a da Previdência, que queremos mandar ainda antes das eleições", disse Padilha, ao deixar a abertura da Expointer, na região metropolitana de Porto Alegre.

Segundo ele, o governo federal vai trabalhar para enviar as duas propostas antes das eleições municipais, seguindo a orientação do presidente em exercício, Michel Temer. "Esta é a determinação do presidente. Não temos que estar preocupados com a próxima eleição. Estamos pensando é na próxima geração. Temos que garantir que o Brasil funcione independente de quem estiver no governo", avaliou. "Não tem mais que ter medo, é fazer ou fazer. Não tem alternativa."

No discurso que fez durante a cerimônia de abertura da feira agropecuária, para uma plateia formada por produtores rurais e empresários do agronegócio, Padilha também tocou no assunto. Ele disse que o governo vai encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta de atualização das leis trabalhistas que seja preservadora dos empregos que existem hoje e, igualmente, geradora de novos empregos. "Esta é a premissa da reforma trabalhista", falou.

Padilha disse ainda que dois pontos estariam presentes na reforma trabalhista. O primeiro é que a negociação coletiva se sobreponha ao legislado, com o objetivo de dar segurança jurídica para os contratos de trabalho. O segundo ponto diz respeito à terceirização, que, no governo, está sendo tratada como "especialização" - de acordo com Padilha, por sugestão do próprio ministro do Trabalho, que também estava presente na cerimônia deste sábado no Rio Grande do Sul.

"Vamos, sim, facilitar a especialização. Todo mundo falava em terceirização, em penso que especialização traduz melhor o sentimento", disse. "Tem empresas que se especializam em alguma coisa e fazem mais barato do que numa linha que se tenha muita gente fazendo muita coisa ao mesmo tempo."

Sobre a reforma da Previdência, Padilha disse que não entraria em detalhes, mas frisou que haverá idade mínima para aposentadoria. "Hoje, nós temos menos gente contribuindo e mais gente recebendo. Falta dinheiro. Nós precisamos, sim, fazer uma reforma", falou.

No seu discurso, Padilha lembrou a crise financeira profunda enfrentada pelo Rio Grande do Sul, que advém principalmente do setor público. Segundo o ministro, o desafio do governador gaúcho, José Ivo Sartori, de equilibrar as finanças, é o mesmo do presidente em exercício, Michel Temer.

"Sartori vive este momento e o presidente Michel vive exatamente o mesmo momento no plano nacional, com mais condições de dar a volta com mais rapidez, mas o desafio é o mesmo", resumiu.
Padilha voltou a dizer que, apesar do ajuste fiscal, o governo não pensa em elevar a carga tributária agora. Segundo ele, a sociedade "não pode carregar um peso maior" nas atuais circunstâncias.

"Não há exceções", disse. "Se nós pensarmos em aumentar impostos vamos ter não o aumento da arrecadação, mas a queda da arrecadação, porque nas costas do cidadão brasileiro não cabe mais peso neste momento."

O caminho, disse Padilha, passa por "cortar para dentro, racionalizar a gestão e fazer as reformas necessárias". Ele citou ainda a necessidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 - que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior - para conseguir conter o crescimento da dívida pública consolidada.

Segundo o ministro, a dívida pública consolidada e o déficit da previdência são dois "icebergs" que estão no caminho do Brasil.


Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html
Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html
Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html

Força Nacional chega ao RS no domingo para conter violência

Crise na segurança pública motivou chamamento do reforço federal no policiamento

Após mais um latrocínio chocar os gaúchos, envolvendo desta vez o assassinato da representante comercial Cristine Fagundes em frente à escola do filho, o governo José Ivo Sartori acionou a Força Nacional de Segurança. Os integrantes chegam neste domingo ao Estado e devem começar a atuar já na terça. No total, serão pelo menos 150 integrantes da equipe em solo gaúcho, auxiliando no policiamento ostensivo e na guarnição externa de presídios.
Foto: Agência Brasil
O assassinato de Cristine, contabilizado como o trigésimo latrocínio do ano em Porto Alegre, culminou no pedido de exoneração do secretário de segurança pública do Rio Grande do Sul, Wantuir Jacini, deixando o cargo provisoriamente vago. Na abertura da Expointer, em Esteio, o governador garantiu que a Força Nacional não foi chamada tardiamente, mas reconheceu que a situação é difícil. Sartori ponderou que a violência não foi criada pela atual gestão e ressaltou que o Estado está “de luto”. 

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Neste sábado, familiares de Cristine Fagundes fizeram um protesto pedindo por mais segurança na zona Norte de Porto Alegre, nas proximidades do local em que a empresária foi assassinada. Quatro dos cinco suspeitos iniciais capturados pela polícia foram soltos, mas o atirador segue detido. Outros dois envolvidos já foram identificados e são procurados pela investigação. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/policia/forca-nacional-chega-ao-rs-no-domingo-para-conter-violencia,9bf0ab344e9b86c2a770d0ac0e4d9f092n4hk71v.html

Suspeito de clonar carros no RS é preso caçando Pokémons

Homem fazia parte de esquema de roubo e receptação de veículos na região Metropolitana do RS, segundo a polícia

Uma das maiores febres do momento, o jogo Pókemon Go terminou de forma inusitada para um suspeito de clonagem de veículos em Porto Alegre. A Polícia Civil prendeu no final da tarde da sexta-feira (26) um homem envolvido com um esquema de roubo, clonagem e receptação de veículos enquanto ele fazia uso do aplicativo. Conforme o registro policial, o homem, de 30 anos, se distraía com o jogo dentro de um Nissan Tida roubado quando foi abordado pela investigação.
O aplicativo, que usa a tecnologia de geolocalização GPS, visa buscar no mundo real as criaturas virtuais que aparecem aleatoriamente
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Foto: Getty Images
Inicialmente, ele não percebeu a presença da polícia e tampouco reagiu à abordagem, facilitando o trabalho da equipe dos delegados Adriano Nonnenmacher e Marco Guns. A prisão do indivíduo acabou levando à descoberta de um esquema que atua em Porto Alegre e Cachoeirinha, na região Metropolitana, e já era investigado pelo Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento de Investigação e Criminalística. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para o sistema prisional de Porto Alegre. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/policia/suspeito-de-clonar-carros-no-rs-e-preso-cacando-pokemons,594e638525b8d5e46722800ebb9e2b43uzi7oxhm.html

Gleisi diz que nem ela tem "moral" para julgar impeachment de Dilma

Ao explicar sua fala de que o Senado não tem moral para julgar a presidente afastada, Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ontem se incluir no grupo sem condições de avaliar os crimes pelos quais a petista é acusada. A frase deu início a uma discussão em plenário na manhã de anteontem e voltou ser polêmica na sessão de ontem.

"Não me arrependo (de afirmar que a Casa não tem moral). O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse Gleisi. "Me incluo nisso", afirmou. E complementou: "Estou apontando o dedo para uma pessoa, tem três apontados para mim."

Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a investigação policial concluir que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobrás. Eles negam irregularidades.

Renan diz estar "arrependido"

Ontem à tarde, Gleisi ligou para o presidente do Senado para tentar desfazer o mal-estar entre os dois após o embate no plenário, mas ele não atendeu o telefone. A petista diz ter deixado um recado para o peemedebista. Renan, por sua vez, afirma que não viu a ligação. "Se bem conheço, estou muito mais chateado do que ela", afirmou.

Desde o embate, o peemedebista montou com assessores uma ação de contenção de danos. "Eu morro de arrependimento quando isso acontece", disse Renan. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/27/gleisi-diz-que-tambem-nao-tem-moral-para-julgar.htm

Lula diz que indiciamento no caso do tríplex é "factoide" contra 2018


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (26) a senadores do PT que o seu indiciamento pela Polícia Federal, às vésperas do julgamento do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, tem objetivos exclusivamente políticos. Na avaliação de Lula, trata-se de mais um "factoide", na tentativa de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.

"Podem trazer os maiores investigadores do mundo aqui que não vão provar que esse apartamento é meu", afirmou o ex-presidente, de acordo com relato de dois senadores do PT. Lula e sua mulher, Marisa, foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga a propriedade do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. É o primeiro indiciamento de Lula na Operação Lava Jato.

Para o delegado Márcio Adriano Anselmo, o ex-presidente e Marisa receberam vantagens ilícitas, por parte da empreiteira OAS, "em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões", referentes à reforma do apartamento no Guarujá e ao custeio de "armazenamento de bens do casal".
 
Lula costuma se referir ao imóvel como um apartamento do "Minha Casa Minha Vida" por causa do seu tamanho, considerado pequeno para um tríplex. Investigadores da Lava Jato também suspeitam que o ex-presidente seja dono de um sítio em Atibaia (SP), reformado pela OAS e Odebrecht.

Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal, que diz que eu tenho"
"Eles têm que apresentar documento de compra, contrato assinado, porque, se não tiver, em algum momento eles é que terão de me dar de presente uma chácara e um apartamento", disse Lula no último dia 29, ao participar da conferência nacional dos bancários, em São Paulo. "Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, não precisa fazer isso. A gente pode escolher outros candidatos com mais qualidade. Agora, essa provocação me dá coceira (de ser candidato)."

Na rápida conversa desta sexta-feira com quatro senadores do PT, no hangar do aeroporto de Brasília, Lula foi na mesma linha, usando praticamente os mesmos argumentos. Jorge Viana (AC), Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE) saíram da sessão de julgamento do impeachment de Dilma por volta das 16h apenas para se encontrar com o ex-presidente.

Na tentativa de corroborar a percepção de uso político das investigações, os parlamentares também destacaram que a autorização do Supremo Tribunal Federal para abertura de inquérito contra Dilma, Lula e outras cinco pessoas, por suspeita de obstrução de Justiça, foi divulgada justamente no dia em que ela anunciou sua esperada carta aos senadores.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/26/lula-diz-que-seu-indiciamento-e-um-factoide.htm

Lula diz que indiciamento no caso do tríplex é "factoide" contra 2018


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (26) a senadores do PT que o seu indiciamento pela Polícia Federal, às vésperas do julgamento do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, tem objetivos exclusivamente políticos. Na avaliação de Lula, trata-se de mais um "factoide", na tentativa de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.

"Podem trazer os maiores investigadores do mundo aqui que não vão provar que esse apartamento é meu", afirmou o ex-presidente, de acordo com relato de dois senadores do PT. Lula e sua mulher, Marisa, foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga a propriedade do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. É o primeiro indiciamento de Lula na Operação Lava Jato.

Para o delegado Márcio Adriano Anselmo, o ex-presidente e Marisa receberam vantagens ilícitas, por parte da empreiteira OAS, "em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões", referentes à reforma do apartamento no Guarujá e ao custeio de "armazenamento de bens do casal".
 
Lula costuma se referir ao imóvel como um apartamento do "Minha Casa Minha Vida" por causa do seu tamanho, considerado pequeno para um tríplex. Investigadores da Lava Jato também suspeitam que o ex-presidente seja dono de um sítio em Atibaia (SP), reformado pela OAS e Odebrecht.

Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal, que diz que eu tenho"
"Eles têm que apresentar documento de compra, contrato assinado, porque, se não tiver, em algum momento eles é que terão de me dar de presente uma chácara e um apartamento", disse Lula no último dia 29, ao participar da conferência nacional dos bancários, em São Paulo. "Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, não precisa fazer isso. A gente pode escolher outros candidatos com mais qualidade. Agora, essa provocação me dá coceira (de ser candidato)."

Na rápida conversa desta sexta-feira com quatro senadores do PT, no hangar do aeroporto de Brasília, Lula foi na mesma linha, usando praticamente os mesmos argumentos. Jorge Viana (AC), Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE) saíram da sessão de julgamento do impeachment de Dilma por volta das 16h apenas para se encontrar com o ex-presidente.

Na tentativa de corroborar a percepção de uso político das investigações, os parlamentares também destacaram que a autorização do Supremo Tribunal Federal para abertura de inquérito contra Dilma, Lula e outras cinco pessoas, por suspeita de obstrução de Justiça, foi divulgada justamente no dia em que ela anunciou sua esperada carta aos senadores.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/26/lula-diz-que-seu-indiciamento-e-um-factoide.htm

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Procura-se Collor no julgamento do impeachment

 
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A sessão que vai definir o futuro de Dilma Rousseff começou nesta quinta-feira sem a presença de uma figura emblemática: o senador Fernando Collor (PTC-AL), o primeiro e, ao menos por enquanto, único presidente da República a deixar antecipadamente o Planalto após ser alvo de um processo de impeachment.
 
O plenário abriu os trabalhos às 9h30 para ouvir as testemunhas no processo por crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff e, até o inicio desta noite, o senador ainda não havia aparecido e tampouco registrado presença na sessão. A assessoria do parlamentar, no entanto, jura que ele compareceu ao Senado.
 
Collor ainda não declarou o seu voto e tem se mantido reservado ao longo da tramitação do processo no Senado – muito embora tenha disparado contra Dilma durante a votação do afastamento da petista, em maio, quando apontou para as “ruínas de um governo” e “de um país”. Vinte e quatro anos após ocupar o banco dos réus no Parlamento, Collor deu o primeiro voto desfavorável a Dilma.
 
A expectativa é a de que Collor mantenha o mistério até a data da votação final, prevista para a próxima terça-feira. Ele já deu sinais de que votará favoravelmente ao impeachment. Em artigo publicado nesta semana no jornal de sua família, a Gazeta de Alagoas, afirmou categoricamente que Dilma cometeu crime de responsabilidade.
 
“O atual processo de impeachment baseia-se em pontos já analisados e materializados como atos ilegais. Se a participação da presidente foi comissiva ou omissiva, culposa ou dolosa, há de se ter o juízo. Desde 2013, as infrações fiscais e orçamentárias eram apontadas publicamente. O Palácio do Planalto tinha ciência dos avisos. Na omissão, permitiu-se, de forma tácita, a infração de lei federal. É disso que se trata, também”, escreveu o senador.
 
Nesta quinta-feira, a única manifestação pública do senador foi uma postagem em seu Facebook em homenagem ao Dia do Soldado. Na foto, Collor, ainda presidente, cumprimenta um oficial do Exército – instituição comumente associada a uma relação hostil com Dilma, que foi presa política e torturada na ditadura militar.
 
http://www.msn.com/pt-br/noticias/crise-politica/procura-se-collor-no-julgamento-do-impeachment/ar-BBw3UW9

Após polêmica, Cármen Lúcia chama Gilmar de 'presidento'

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A sessão da última terça-feira (23) no Supremo Tribunal Federal foi dominada por atritos entre os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, que foi eleita para posto máximo do tribunal no último dia 10.
Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, Gilmar fez uma pergunta que irritou a ministra. "Prefere ser chamada de presidente ou presidenta?", disparou ele, em referência à presidente afastada Dilma Rousseff.
 
A ministra respondeu: "E o senhor, prefere ser presidente ou 'presidento'?". Os outros ministros começaram a rir e, durante a sessão, os dois continuaram alfinetando um ao outro, se chamando de presidenta e de 'vice-presidento'.
 
Logo após saber que assumiria o posto, a magistrada declarou preferir ser chamada de "presidente". "Eu fui estudante e eu sou amante da Língua Portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, né?", justificou.
 

Lula quer acompanhar defesa de Dilma no impeachment

Lula quer acompanhar depoimento de Dilma no Senado
© image/jpeg Lula quer acompanhar depoimento de Dilma no Senado

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta quinta-feira que o ex-presidente Lula tem intenção de acompanhar o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, na próxima segunda-feira. “Ele está disposto, quer vir acompanhar o depoimento”, disse Costa. “A nossa expectativa é que ele venha.”
 
Segundo o senador, é pouco provável que Lula assista ao depoimento de dentro do plenário, mas ele deve assistir do Senado. O líder do partido também afirmou que Lula se mostrou disponível para participar de mobilizações no domingo.
 
Mais cedo, no Rio de Janeiro, o ex-presidente afirmou que a sessão do impeachment dava início à “semana da vergonha nacional”. Em recente entrevista à BBC, Lula abusou da retórica bíblica ao comparar o depoimento de defesa de Dilma aos senadores ao momento em que ela iria “se colocar diante de Judas Iscariotes”.
 
Quando Dilma foi afastada provisoriamente, Lula viajou a Brasília e se encontrou com a sucessora no Palácio do Planalto. Em seguida, eles fizeram uma manifestação política na Praça dos Três Poderes.
 

Em bate-boca, Caiado pede que Lindbergh faça antidoping


São Paulo – Com apenas duas horas de abertura da primeira sessão do julgamento final do impeachment, um grupo de senadores já protagonizou a primeira confusão do dia. Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) trocaram xingamentos e quase partiram para a agressão física.
 
Tudo começou quando a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) afirmou que o Senado não tem moral para julgar Dilma.
 
Caiado rebateu – aos gritos — que não era "assaltante de aposentados", uma referência clara ao marido da senadora, ex-ministro Paulo Bernardo, que é suspeito de desviar recursos da Consist, que gere o crédito consignado de servidores da União.
 
Ato contínuo: Lindbergh anda em direção de Caiado chamando-o de "canalha" e afirmando que "Quem sabe de você é Carlinhos Cachoeira" — o líder do DEM no Senado é acusado demanter relações com o bicheiro e ter sido financiado por ele.
 
Caiado rebate pedindo para Lindbergh fazer "antidoping. Fica cheirando aqui não", diz.
 

Após ofensas, Lindbergh e Caiado ameaçam acionar Conselho de Ética

© Fornecido por New adVentures, Lda.

Após uma discussão que causou interrupção do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff nesta quinta-feira (25), os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmam que vão acionar o Conselho de Ética da Casa um contra o outro.
 
Durante sessão, Caiado disse para Lindbergh fazer um antidoping e não ficar "cheirando". O ataque aconteceu enquanto a parlamentar Gleisi Hoffmann (PT-PR) dizia que os senadores não tinham moral para fazer o julgamento da petista devido às diversas acusações de corrupção que existem contra vários deles.
 
Depois que a senadora disse isso, Caiado retrucou afirmando que os senadores não eram "assaltantes de aposentados", em referência à detenção do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido de Gleisi, sob acusação de participação num esquema de corrupção que teria desviado R$ 100 milhões dos funcionários públicos federais que fizeram empréstimo consignados.
 
Em resposta, Gleisi rebateu chamando o líder do DEM de assaltante "de trabalhador escravo", pelo fato de ele ser fazendeiro em Goiás.
 

Inconsistência de testemunhas assombra segundo dia de julgamento do impeachment

Uma inconsistência sobre o depoimento de duas testemunhas marca o segundo dia do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Tanto o depoimento de uma testemunha de defesa quanto de uma da acusação faz com que base e oposição tracem estratégias.
 
No caso dos aliados de Dilma, a aposta é na judicialização do processo que ocorreu na comissão do impeachment. Isto porque o procurador do Tribunal de Contas da União, Julio Marcelo, não foi ouvido como testemunha no primeiro dia do julgamento.
 
Por causa de uma questão de ordem que questionava sua imparcialidade no caso, ele foi ouvido como informante. A decisão foi tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski.
 
Para os petistas, se ele não pôde ser considerado testemunha nesta sessão,ele também não poderia ter sido considerado nas sessões da comissão especial que julgou o impedimento no Senado. A expectativa dos Dilmistas é que o Supremo Tribunal Federal anule todo processo.
 
Do lado da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, a dúvida paira sobre Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, arrolada como testemunha de defesa. Os senadores da base reclamam que ela é funcionária do gabinete da senadora Gleisi Hoffmann. A senadora, porém, se defende.
"O que questionamos foi a neutralidade do Júlio Marcelo como procurador junto ao TCU. Ele não pode ser partidário e ele foi partidário. A Esther nunca se pretendeu neutra, ela sempre teve um lado, ela foi secretária de Orçamento e Finanças da presidente Dilma. A presidente Dilma não nomearia alguém para ser secretária em que ela não confiasse. É um cargo de confiança. Quando ela saiu, gosto do trabalho da Ester e fiz um convite para ela nos assessorar na CAE”, afirmou aos jornalistas.
O presidente Ricardo Lewandowski deve decidir nesta sexta-feira (26) se a ex-secretária poderá ser ouvida como testemunha ou não. Também nesta sexta, os senadores voltam a ouvir as testemunhas. Esta etapa final do julgamento de Dilma está prevista para terminar na próxima quarta-feira (31).
A presidente afastada é acusada de crime de responsabilidade pela edição de decretos sem autorização do Congresso e pelas pedaladas fiscais, atrasos de repasses do Tesouro Nacional para o Banco do Brasil no Plano Safra.
 

Gleisi nomeou testemunha de Dilma a cargo no Senado

Ester Dweck© image/jpeg Ester Dweck

Uma das maiores defensoras da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment que corre no Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) nomeou no último dia 18, na semana passada, uma das testemunhas arroladas pela defesa de Dilma para um cargo na Casa.
 
A professora universitária Ester Dweck foi nomeada para um cargo de assessoria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A informação foi publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Globo.
 
Após o ministro do STF Ricardo Lewandowski, que preside as sessões do julgamento da petista, decidir que o procurador do Ministério Público de Contas Júlio Marcelo de Oliveira seria ouvido como informante, e não mais como testemunha, senadores aliados do presidente interino, Michel Temer (PMDB), como Ronaldo Caiado (DEM), passaram a questionar a oitiva de Ester Dweck.
 
Lewandowski deixou para amanhã a decisão sobre as manifestações dos senadores pró-impeachment contrárias ao depoimento da testemunha.
 
Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ester ainda não teve o processo de cessão pela universidade ao Senado finalizado. Ela foi secretária de Orçamento durante o governo de Dilma Rousseff.
 
Segundo Gleisi Hoffmann, “(Ester) não foi nomeada, então não é servidora do Senado. Fiz a solicitação para ela ser nomeada, mas como ela é servidora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi pedida a cessão dela. Está sendo feita a cessão para depois ser publicado o ato de nomeação e posse. No meu entendimento, não teria problema. Aqui, nunca exigimos dela neutralidade. Todo mundo sabia que ela tinha lado aqui, ela servia ao governo”.
 

Primeiro dia do julgamento do impeachment tem depoimentos, bate-boca e acusações

O primeiro dia do julgamento do processo de impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff, terminou com o depoimento da testemunha da acusação, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Júnior, após sessões seguidas que somaram mais de 15 horas de perguntas, respostas, bate-bocas, troca de acusações, tudo sob a presidência de Ricardo Lewandrowski, presidentente do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
A defesa de Dilma comemorou o fato de a principal testemunha da acusação, o procurador do TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, ter sido ouvida como informante. O principal argumento usado pelo advogado de defesa José Eduardo Cardozo que convenceu  Lewandowski a dispensá-lo como testemunha foi o de que o procurador participou do movimento “Vem pra Rampa”.
 
Por meio desse movimento Júlio Marcelo teria pressionado, segundo Cardozo, ministros do Tribunal de Contas da União a rejeitar as contas de Dilma. “O procurador atuou como militante político de uma causa”, disse o advogado da petista, questionando sua insenção como testemunha no processo.
 
Tratamento isonômico
A medida alterou as estratégias da defesa e acusação. Senadores que apoiam o impeachment afirmaram que tentarão fazer o mesmo com as testemunhas de defesa. “O que nós vamos solicitar é um tratamento isonômico”, disse o senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB). "Vamos nos reunir antes da sessão para decidir quais pedidos de suspensão serão feitos".
 
O senador minimizou o fato do procurador ter sido ouvido como informante e disse que o depoimento de Júlio Marcelo foi “devastador”. “O depoimento de Júlio Marcelo foi devastador na comprovação daquilo que todos nós já sabemos: que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade”, disse.
 
Cardozo disse que mesmo que algumas testemunhas de defesa sejam ouvidas como informantes, o impacto será menor do que o que aconteceu com acusação. “Nós teremos uma situação de absoluta tranquilidade em relação às testemunhas de defesa, pois, para nós, nenhuma testemunha é vital como era o Júlio Marcelo para eles”, disse. “Se for o caso, podemos estudar substituir alguma”.
 
Bate-boca e acusação
Brasília - Plenário do Senado durante depoimento do auditor fiscal do TCU, Antonio Carlos Costa D'ávila, na sessão de julgamento do impeachment de Dilma (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
 
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Brasília - Plenário do Senado durante depoimento do auditor fiscal do TCU, Antonio Carlos Costa D'ávila, na sessão de julgamento do impeachment de Dilma (Fabio…
Ao longo das sessões de quatro horas, que eram interrompidas por intervalos antes de serem reiniciadas, a manhã começou com muitas questões de ordem e Júlio Marcelo de Oliveira só começou a ser ouvido após as 14h. Ao longo do dia e da noite, o plenário do Senado foi palco de muitas discussões entre senadores, depoentes e até acusações.
 
Durante as sessões, várias vezes houve bate-boca entre senadores da situação e da oposição, como quando o  senador Paulo Rocha (PT-PA) acusou o ministro do STF Gilmar Mendes de ter uma “posição política clara nos [seus] julgamento, sem nenhuma independência”, o que causou um grande debate no plenário e que praticamente fugiu do controle do ministro Lewandowski, que não conseguiu dar continuidade ao depoimento de Oliveira até os ânimos se acalmarem.
 
Outra situação de conflito foi o fim do depoimento do procurador  Júlio Marcelo de Oliveira, quando houve uma troca de farpas entre ele e o advogado de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo.
 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que o primeiro dia do julgamento “sempre é mais tenso, conturbado, as partes conflitam mais nos pontos de vista". "Meramente transformar a sessão de julgamento em confronto político pouco acrescentará ao processo. Era fundamental mais objetividade, tanto de quem vai perguntar quanto de quem vai responder”, disse.
 
A sessão será retomada amanhã, às 9h com o depoimento das testemunhas de defesa: consultor jurídico Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa e o professor deDireito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lodi Ribeiro.
 

 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Aliados de Temer definem estratégia para o julgamento do impeachment

Sem chegar a um consenso, líderes da base aliada do governo Michel Temer se reuniram nesta quarta-feira (24) buscando um acordo para acelerar o encerramento do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff

Agência Brasil
Senadores Romero Jucá (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB): base aliada de Temer define estratégia para o impeachment
Marcos Oliveira/Agência Senado - 12.7.16
 
 
Senadores Romero Jucá (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB): base aliada de Temer define estratégia para o impeachment

Os senadores da base aliada do presidente em exercício Michel Temer fizeram nesta quarta-feira (24) uma reunião para tentar um acordo sobre os procedimentos a serem adotados por eles na sessão de julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
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De acordo com o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), embora não tenham conseguido chegar a um consenso sobre todos abrirem mão de fazer perguntas às testemunhas, os líderes deram algumas orientações. Entre elas, a de que os senadores devem dar preferência às lideranças partidárias e evitar fazer perguntas repetidas às testemunhas.

Na opinião de Agripino, não haverá nenhum fato novo a ser revelado no plenário do Senado que já não seja conhecido dos senadores desde a fase de instrução processual na Comissão Especial Processante. Assim, ele acredita que as perguntas serão focadas em poucos pontos que ainda não tenham sido esclarecidos, que necessitem argumentação técnica das testemunhas.


“A intenção, pelo menos por aqueles que fazem parte do governo, é de permitir o convencimento por aqueles que tenham argumentos para convencer”, afirmou. “Não podemos admitir que a repetição possibilite a procrastinação de um processo que ninguém aguenta mais”, disse.

Segundo o senador, as lideranças partidárias esperam contar com a “racionalidade” dos senadores para que a fase de oitiva das testemunhas no juízo de plenário seja concluída até a madrugada de sábado (27). Serão ouvidas seis testemunhas de defesa e duas de acusação.


MPF pede condenação a casal de marqueteiros por corrupção e lavagem de dinheiro

Procuradores da Lava Jato pediram ainda à Justiça Federal que seja aplicada multa de R$ 1,5 bilhão aos réus por desvios em contratos da Petrobras

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do casal João Santana e Mônica Moura, marqueteiros da campanha da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os procuradores da Operação Lava Jato pediram ainda à Justiça Federal que seja aplicada uma multa de R$ 1,5 bilhão aos réus pelos prejuízos causados à Petrobras, por desvios em contratos de construção de plataformas de petróleo, e o bloqueio de R$ 795 milhões dos seus bens.

Também são réus nesse processo o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, os ex-executivos da Sete Brasil Eduardo Musa e João Ferraz, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Zwi Skornicki. Santana e Mônica Moura são réus acusados pelo MPF de receber US$ 4,5 milhões do lobista da empresa Keppel Fels.

Publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram presos na Operação Acarajé
 
Suellen Lima/Framephoto/Estadão Conteúdo- 23.2.16
Publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram presos na Operação Acarajé

A alegação do casal de marqueteiros do PT dada ao juiz federal Sérgio Moro ao serem interrogados no início do mês, de que mantinha uma conta secreta na Suíça por onde receberam dinheiro de caixa dois de uma dívida da campanha petista presidencial de 2010 não convenceu os procuradores.

"João Santana e Mônica Moura sentiram-se absolutamente confortáveis, perante o Juízo, ao sustentar o álibi de que recebiam recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais, tratando o agir ilícito como sendo 'a regra do jogo'", sustenta a Procuradoria, em alegações finais apresentadas à Justiça nesta quarta-feira (24) em ação penal em que são réus. A fase é uma das últimas etapas antes do juiz Sérgio Moro sentenciar os acusados.

"Observa-se da conduta desses réus, bem como dos demais, o desdém perante as instituições e as regras vigentes na sociedade comportando-se como se estivessem acima delas, as regras, suplantando sem qualquer remorso a esfera do público, da coisa pública, do interesse social por seus mais egoístas interesses pessoais", alega a Procuradoria.

O marqueteiro do PT e sua mulher tentam um acordo de delação premiada com a Lava Jato. No início do mês foram autorizado por Moro a deixarem a cadeia, em Curitiba, onde estavam desde fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Xepa. Em depoimento ao juiz no dia 21 de julho, eles alegaram que os US$ 4,5 milhões recebidos seriam referentes a uma dívida de caixa dois da campanha de Dilma Rousseff em 2010 e afirmaram que praticamente todas as campanhas eleitorais no País envolvem caixa dois como uma "prática de mercado".

Contradição

Nas alegações finais, os procuradores afirmam que Santana, "embora tenha tentado reconstruir sua tese defensiva com novos elementos, alegando desconhecer que os recursos eram provenientes de corrupção, também caiu em contradição: deixou evidente que, após o caso do mensalão, sabia do risco de recebimento de recursos ilícitos no pagamento de campanha e que tal circunstância demandaria alteração na forma de agir, principalmente no que se refere à forma de recebimento dos recursos utilizados para pagamento das campanhas".

"Tanto Mônica Moura quanto João Santana sabiam que os recursos recebidos de Zwi Skornicki eram provenientes de corrupção e consentiram em receber do empresário, três anos após a eleição da Presidente, a quantia expressiva de aproximadamente R$ 10 milhões."

Os procuradores destacam a atuação de Santana com o PT, para apontar a relação de beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras, controlado segundo as denúncias pelo PT, PMDB e PP. "Em consequência do trabalho estratégico desempenhado para a manutenção do Partido dos Trabalhadores no poder, João Santana e Mônica Moura recebiam parte da vantagem indevida paga em favor do Partido dos Trabalhadores em decorrência dos crimes praticados contra a Petrobras".

"Enquanto João Santana estabelecia os contatos com os políticos e agia como uma espécie de consultor, tanto dos altos governantes quanto do partido político, Mônica Moura adotava as providências operacionais para recebimento dos recursos auferidos ilicitamente pelo Partido dos Trabalhadores e repassados ao casal. Tanto João Santana quanto Mônica Moura tinham pleno conhecimento de que tais recursos haviam sido auferidos pelo Partido dos Trabalhadores em decorrência de crimes praticados contra a Petrobras", afirmam os procuradores do MPF.

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-24/joao-santana-mpf.html