segunda-feira, 29 de junho de 2015

Três em cada cinco adoções no país ocorrem no PR, no RS e em SP

Dados obtidos pelo G1 são referentes ao primeiro semestre de 2015. Estados concentram 372 das 625 adoções pelo Cadastro Nacional.

Crianças brincam em abrigo da Zona Sul de SP (Foto: Caio Kenji/G1) 

Crianças brincam em abrigo da Zona Sul de SP (Foto: Caio Kenji/G1)

Adoção (Foto: Arte/G1)
Três em cada cinco adoções concretizadas nos primeiros seis meses deste ano ocorreram em três estados do país: Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Eles concentram 372 das 625 adoções no ano (ou 60%). É o que mostram dados da Corregedoria Nacional de Justiça, tabulados a pedido do G1.
O Rio Grande do Sul registra 148 adoções em 2015, São Paulo, 127, e o Paraná, 97. Os dados são referentes às adoções realizadas por meio do Cadastro Nacional de Adoção, a principal ferramenta para unir os pretendentes a crianças e adolescentes no país, e dizem respeito ao juizado onde foi concretizado o ato.

Em 2014, Paraná e Rio Grande do Sul foram os líderes em adoções, com 218 e 182, respectivamente, das 1.100 no total. Apesar do maior número de pretendentes e de crianças nos abrigos, São Paulo ficou em terceiro lugar no ano passado, com 135 casos.

Onze estados não registram nem uma adoção sequer neste ano via cadastro nacional. Como alguns juízes não incluem os dados na ferramenta, não há como saber, no entanto, se não foi realizada nenhuma adoção nesses locais.

Trabalho pioneiro
Para o juiz Fabian Schweitzer, da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Paraná, o número do estado é reflexo de um trabalho pioneiro. “O Paraná, em 1989, antes mesmo do ECA, já tinha criada uma comissão de adoção, o que inspirou inclusive o que está no estatuto hoje. Desde então, o poder Judiciário do Paraná passou a investir maciçamente no trabalho de adoção de crianças em acolhimento institucional”, diz.

Schweitzer cita a criação de varas da Infância na capital e no interior como uma das medidas para o Paraná ter se tornado “um modelo”. “Isso é muito importante porque o juiz que julga causas cíveis e criminais não tem essa preocupação mais pungente, mais comprometida, com os interesses das crianças nos abrigos. Atualmente, a gente conta com equipes técnicas qualificadas nas varas especializadas. O juiz não precisa se valer das prefeituras para ter uma assistente social ou uma psicóloga. Há toda uma rede de apoio construída.”

Há um ano e meio, a gente levantou uma bandeira da adoção tardia e isso foi um grande diferencial, porque fez o número de adoções crescer. Havia muitas crianças aptas, mas acima de 9, 15 e até 17 anos. Todas hoje têm uma família."
 
Jorge Paulo Bonalume, presidente do Grupo de Apoio à Adoção DNA da Alma, de Farroupilha
No Rio Grande do Sul, cidades do interior têm sido as grandes responsáveis pela alta no número de adoções. Farroupilha é um dos exemplos da celeridade nos processos. O tempo de espera por uma adoção foi reduzido de sete anos para um. “Lá, o juiz pensa na criança. A cada seis meses, ele a avalia. Se percebe que não há condição nenhuma de ela voltar para casa, já a coloca para adoção enquanto o processo de destituição do poder familiar corre em paralelo”, afirma Rosi Prigol, presidente do Instituto Amigos de Lucas.

O presidente do Grupo de Apoio à Adoção DNA da Alma, Jorge Paulo Bonalume, diz que a busca por famílias na cidade é incessante e que a parceria com o Judiciário é fundamental. “Há um ano e meio, a gente levantou uma bandeira da adoção tardia e isso foi um grande diferencial, porque fez o número de adoções crescer. Havia muitas crianças aptas, mas acima de 9, 15 e até 17 anos. Todas hoje têm uma família.”

Em Lajeado, uma parceria do grupo de adoção com a Justiça também tem dado resultado. “Há muitos casos no país em que os grupos de apoio não conseguem se aproximar do juizado, do promotor, o que torna tudo mais difícil. Mas aqui o próprio juiz participa das reuniões todo mês, é aberto ao debate”, afirma Naide Heemann, do Grupo de apoio à Adoção de Lajeado.
 
Cadastro Nacional de Adoção 5.469 crianças 
 
A promotora da Infância e Juventude Cinara Dutra diz que a situação em Porto Alegre, no entanto, é diferente. Houve só 17 adoções na capital neste ano, segundo ela; em apenas uma a criança tinha mais de 5 anos. “As ações de destituição familiar que deviam tramitar em 120 dias estão tramitando há anos. Daí as crianças não voltam para a família nem vão para uma substituta. Isso porque faltam cartórios, técnicos e juízes”, afirma.

A promotora diz que é preciso um trabalho de busca ativa mais efetivo. “O tempo de demora para uma criança sair do acolhimento é um absurdo. Há crianças que foram adotadas, mas esperaram cinco anos. Ou seja, elas entram bebês e perdem a primeira infância enquanto há pais sonhando em compor uma família.”

No caso de São Paulo, a gerente-executiva do Grupo de Apoio à Adoção de SP, Monica Natale, acredita que o número de adoções só não é maior porque muitas delas acontecem fora do cadastro, com as varas unindo pretendentes e crianças da mesma localidade.

Crianças brincam em abrigo da Zona Sul de SP (Foto: Caio Kenji/G1)São Paulo é um dos três estados com mais adoções via cadastro nacional (Foto: Caio Kenji/G1)
Dados nacionais
Há hoje no país 33.276 pretendentes inscritos no cadastro. Na outra ponta, estão 5.469 crianças e adolescentes aptos à adoção. Desde 2008, quando foi implementado o cadastro, houve mais de 4 mil adoções.

Só o cadastro nacional não basta. O que a nova lei obriga a fazer, que são os cursos de capacitação de pais adotivos, a gente já realiza desde 2001. E é um curso muito criterioso. As habilitações de casais não acontecem num sopro."
 
Fabian Schweitzer, juiz, da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Paraná
O problema que ainda persiste é que o perfil pretendido pelos pais não bate com o das crianças nos abrigos do país.

Para o juiz Fabian Schweitzer, o Brasil precisa capacitar os adotantes. “Só o cadastro nacional não basta. O que a nova lei obriga a fazer, que são os cursos de capacitação de pais adotivos, a gente já realiza desde 2001. E é um curso muito criterioso. As habilitações de casais não acontecem num sopro. Já houve ministros de estado adotando que passaram pelo mesmo crivo e pelas mesmas exigências que outras pessoas.”

Como adotar
Para adotar uma criança é preciso ir à Vara da Infância mais próxima e se inscrever como candidato. Além de RG e comprovante de residência, outros documentos são necessários para dar continuidade no processo. É feita uma análise da documentação e são realizadas entrevistas com uma equipe técnica formada por psicólogos e assistentes sociais. Após entrar na fila de adoção, é necessário aguardar uma criança com o perfil desejado.

Cartilhas e grupos de apoio podem ser consultados para esclarecer dúvidas e saber um pouco mais sobre o ato.

Crianças em abrigo da Zona Sul de São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)Crianças aguardam uma nova família (Foto: Caio Kenji/G1)
 
 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/tres-em-cada-cinco-adocoes-no-pais-ocorrem-no-pr-no-rs-e-em-sp.html

Polícia mata 10 vezes mais na periferia do que no centro de SP

De 803 casos registrados desde 2013, 732 ocorreram foram do centro expandido da capital

Policial atira em fugitivos caídos no chão na zona sul Reprodução/23.06.2015/TV Record
 
A polícia mata dez vezes mais na periferia do que no centro expandido da capital paulista, aponta levantamento feito pelo R7 com base em todos os casos de supostos confrontos na cidade desde 7 de janeiro de 2013, quando ocorrências do tipo passaram a ser registradas como “morte em decorrência de intervenção policial”.

Dos 803 casos ocorridos até 30 de abril de 2014, 732 aconteceram em distritos policiais de regiões periféricas — ou seja, as extremidades da cidade respondem por 91,2% dos supostos confrontos. No centro expandido, foram 71 casos, ou 8,8% do total .

Os casos registrados como “morte em decorrência de intervenção policial” são aqueles em que, em um primeiro momento, a ação da polícia é considerada legítima. A classificação pode ser ou não alterada para “homicídio”, de acordo com apurações posteriores.

Mesmo na periferia, há diferenças de incidência. Um quarto dos supostos confrontos de toda a cidade se concentra nas regiões de dez distritos: Parada de Taipas e Jaçanã, na zona norte, Campo Limpo e Capão Redondo, na zona sul, Jardim Arpoador, na zona oeste, e Vila Jacuí, São Miguel Paulista, Itaim Paulista, Sapopemba e São Mateus, na zona leste.

A região leste para além do centro expandido concentra 311 casos — o que representa 38,7% das 803 ocorrências da capital, ou 42,5% das 732 da periferia. As áreas periféricas das zonas sul e oeste tiveram, respectivamente 191 (23,8% do total ou 26,1% da periferia) e 156 casos (19,4% do total ou 21,3% da periferia). A extremidade da zona oeste teve 74 casos (9,2% do total ou 10,1% da periferia).

Mais que moradores
A concentração de supostos confrontos na periferia é superior ao número de moradores na região. De acordo com o Censo 2010, cerca de 84,5% (1,7 milhão) dos 11 milhões de habitantes da capital vivem fora do centro expandido — taxa semelhante à de homicídios em geral, que não inclui os casos de supostos confronto: 84,0% (2.665) dos 2.665 assassinatos aconteceram nos extremos da cidade.

O número de roubos em geral — ocorrência que, segundo a própria polícia, mais dá origem a perseguições — também possui, na periferia da cidade, uma concentração menor que os casos de supostos confrontos: 258.589 dos 338.036 casos ocorreram fora do centro expandido — o que corresponde a 76,5% do total.

Dos principais índices de criminalidade, apenas latrocínios e roubo de veículos têm uma concentração na periferia da cidade que se aproximam da incidência de supostos confronto. No caso de latrocínios, 283 (89,6%) dos 316 ocorreram fora do centro expandido. Já no caso de roubos de veículos, 102.737 (90,5%) dos 113.514 casos aconteceram na periferia.

Aviso à Promotoria
O R7 questionou a Secretaria de Estado da Segurança Pública sobre se havia diferença de procedimentos operacionais na região central e nas extremidades da cidade. A pasta não respondeu.

A reportagem também questionou a secretaria sobre quais medidas têm sido tomadas para reduzir o número de confrontos. “Entre as ações implementadas nesse período, está a adoção da Resolução SSP 40/15 para garantir maior eficácia nas investigações de mortes envolvendo um agente de segurança”, afirmou a pasta, em nota.

“A medida determina a preservação do local de homicídio envolvendo um agente do Estado, até a chegada do delegado e da perícia, além da comunicação ao comandante do Batalhão da PM na área, à Corregedoria e ao Ministério Público”, disse o órgão. “Além disso, foi criado o Conselho Integrado de Planejamento e Gestão Estratégica, para coordenar as ações policiais e propor medidas de controle da letalidade policial.”

Segundo a pasta, “desde novembro, há uma tendência de queda na letalidade decorrente de intervenção policial”. “O resultado de abril, com 74 casos, representa redução de 21,3% na comparação com novembro do ano passado, que teve 94, e de 14% na comparação com março deste ano, que teve 86.”

“Esse resultado está sendo alcançado mesmo com o aumento de 67% nos confrontos entre os criminosos armados e a PM, que está chegando com maior agilidade aos locais de crime”, afirmou o órgão. “Cabe destacar que a opção pelo confronto não é do policial militar, mas sim dos infratores.”

Ao apontar a queda nos índices de letalidade policial, a Secretaria, porém, não faz a comparação entre os dados citados e o mesmo período do ano anterior, conforme recomenda o Manual de Interpretação de Estatísticas Criminais do próprio órgão, disponível em seu site. Na comparação com o mesmo período dos anos anteriores, os casos de supostos confrontos têm crescido.

Há dois meses, o R7 mostrou que a PM bateu o recorde de mortes dos últimos 12 anos






Dilma barrou Mercadante para não 'transportar' crise à visita aos EUA

A presidente Dilma Rousseff iniciou neste domingo, 28, sua viagem oficial aos Estados Unidos com a preocupação de não deixar que a principal aposta de sua agenda internacional este ano seja contaminada pela citação dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC. Dilma se encontra hoje com investidores americanos e o presidente Barack Obama.
 
A decisão de manter Mercadante em Brasília foi tomada na reunião emergencial convocada na sexta-feira à noite, no Palácio da Alvorada, justamente para evitar que a crise embarcasse junto com a comitiva presidencial. A medida, acreditam auxiliares da presidente, serviu para proteger o governo do escândalo e deixá-lo circunscrito ao território nacional e minimizar o desconforto com o episódio.

Em um momento considerado crucial para a agenda positiva do governo, o Planalto quis evitar que um dos ministros mais próximos de Dilma fosse obrigado a dar novas explicações à imprensa nos Estados Unidos, enquanto as atenções estão voltadas à atração de novos investidores e no resgate da credibilidade da economia perante a comunidade internacional.

"A viagem vai servir para dizer que o governo não está afogado em uma série de notícias negativas circunstanciais", comentou um integrante da comitiva presidencial à reportagem.

Com a revelação do teor da delação, uma ala do governo passou a defender internamente o afastamento de Mercadante e de Edinho, mas por ora Dilma mantém o voto de confiança nos ministros e não cogita mudanças. Para essa ala, a nomeação de Edinho Silva para a Secretaria de Comunicação Social (Secom) arrastou a crise para as proximidades do gabinete da presidente.

Ricardo Pessoa entregou à Procuradoria-Geral da República planilha intitulada "Pagamentos de caixa dois ao PT" na qual lista repasse de R$ 250 mil à campanha de Mercadante ao governo de São Paulo, em 2010. O empresário acusa Edinho de tê-lo pressionado para doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014, sob o risco de perder contratos na Petrobras, segundo a revista Veja. Os dois ministros negam as acusações e dizem que as doações foram legais.

Defesa
Pessoas próximas a Mercadante admitem que o petista permaneceu no País não apenas pela gestão da Casa Civil e a articulação de votações no Congresso, mas também para articular a defesa do governo junto com Edinho e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai aproveitar a viagem da presidente Dilma aos Estados Unidos para negociar com líderes do Congresso saídas para a crise política. Hoje, em Brasília, Lula terá conversas reservadas com parlamentares do PT.

Aliados do ex-presidente esperam uma nova rodada de críticas a Dilma no encontro. Lula considera o governo "letárgico" e "apático" diante das recentes denúncias de irregularidades. Segundo ele, o partido não pode ter a mesma postura. A estratégia do ex-presidente, no entanto, enfrenta resistências, uma vez que aliados não querem se desgastar perante a opinião pública, já refratária ao partido.

Outro ponto que tem incomodado o ex-presidente é o fato de Dilma ter limitado a influência dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Ricardo Berzoini (Comunicações) no núcleo duro de tomada de decisões do Planalto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadao Conteudo

Brasília abre Parada Gay com casamento coletivo e críticas ao Congresso Nacional

Por diversos momentos, ouvia-se críticas a grupos políticos e religiosos que têm atuado a fim de reverter, via Legislativo, a decisão do STF que autoriza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

As comemorações da 18ª Parada do Orgulho GLBTS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes) de Brasília contou com algumas peculiaridades que engrandeceram e deram um tom mais político ao evento. Pela primeira vez no mundo, de acordo com os organizadores, o evento foi aberto por um casamento coletivo, selando no civil o compromisso de nove casais femininos e de um casal masculino. Além disso, a cerimônia foi feita em um lugar bastante simbólico: em frente ao Congresso Nacional – local onde, segundo a deputada federal Erica Kokay (PT-DF), “há em gestação uma série de ameaças ao direito, ao amor e à igualdade”.

“O beijo não pode ser amaldiçoado como tentam fazer alguns grupos daqui”, disse a deputada apontando para o Congresso Nacional, enquanto diversos casais recém-casados se beijavam no gramado e no carro de som. Um desses casais era formado pela farmacêutica Hayanna Veríssimo, de 30 anos, e por Ana Cecília Nagashima, estudante de 29 anos. Juntas há 7 anos, as duas comemoravam o direito de serem legalmente parceiras, e de mostrar à sociedade que a base da família é o amor, independentemente do sexo.

“Nosso casamento, feito aqui e dessa forma, reflete uma importante conquista para as novas famílias brasileiras”, disse Hayanna, que é mãe de um garoto de 13 anos. “Vamos agora registrá-lo como nosso filho.”

Dos dez casais, apenas um era de homens. No caso, formado pelo operador de hipermercado Wesley Pereira de Souza e pelo estudante Raphael Kelven Dias, ambos com 23 anos. Juntos há dois anos e cinco meses, os dois confessam sonhar com uma cerimônia dessa antes mesmo de se conhecerem.

“Estamos muito confiantes de que seremos felizes juntos. Já passamos por altos e baixos e sabemos que não tem como nossa relação não dar certo. Até porque vemos que há cada vez mais aceitação da sociedade para relacionamentos como o nosso,” disse Wesley.

Um dos convidados mais empolgados foi o embaixador da Bélgica no Brasil, Josef Smeis, padrinho e patrocinador do evento. “A Bélgica foi o segundo país a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Inclusive venho aqui acompanhado de meu marido. Vejo o Brasil avançando cada vez mais no sentido de compartilhar valores comuns aos nossos, de tolerância e de abertura da mente para as diversidades”, disse à Agência Brasil.

Outra pessoa bastante empolgada com o evento foi a juíza de Paz Abiail Ferreira, do cartório Marcelo Ribas. “Estou muito feliz por inseri-los na sociedade como casal. Afinal, é bom demais viver ao lado de quem se ama. Nosso país é laico e temos de respeitar as diferenças, que não são poucas”, disse ela. Dirigindo-se aos pais dos casais, a juíza foi enfática: “se quiserem ver seus filhos felizes, vocês têm de respeitar principalmente as opções do coração.”

Proprietário de uma empresa especializada na organização de casamentos homoafetivos, a Toujours, Francisco Biondo comemora o fato de ter conseguido fazer de Brasília a primeira cidade a abrir uma Parada do Orgulho GLBTS com um casamento coletivo.

“É um marco na história do movimento gay, e uma causa mais que nobre. O dia de hoje será lembrado para sempre”, disse ele. “E respaldados pela decisão do STF [o Supremo Tribunal Federal, que autorizou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo], a pressão para que todos os cartórios façam casamentos como esse será cada vez maior”, acrescentou

Por diversos momentos, ouvia-se críticas a grupos políticos e religiosos que têm atuado a fim de reverter, via Legislativo, a decisão do STF. Francisco Biondo fez coro. “Vemos no Congresso um movimento de desumanização da humanidade, com algumas entidades religiosas não amáveis fazendo reiteradamente discursos homofóbicos. Isso nos inspirou a fazer os casamentos aqui, em frente ao Congresso Nacional”.

Padrinho de um dos casais, o conselheiro tutelar Clemildo Sá, 40, critica não apenas políticos e religiosos. “A mídia está sempre reforçando esteriótipos, e isso prejudica a causa. Nas novelas, traição e violência são normais e mostrados a todo momento. Já um beijo entre mulheres, por exemplo, não”, disse ele, acompanhado da esposa, Jesuíta Sá, 40, e de dois filhos. “Trouxemos nossos filhos porque queremos que cresçam mais tolerante do que somos.”

Segundo a Polícia Militar, havia cerca de 3 mil pessoas no momento em que a cerimônia de casamento teve início. Por volta das 17h, quando começou o deslocamento da Parada Gay até a Torre de TV, já havia mais de 10 mil pessoas. “Nossa expectativa é que cerca de 70 mil pessoas participem desse evento”, disse à Agência Brasil o major Alcântara. Segundo ele, nenhuma ocorrência foi registrada até o momento da saída da manifestação.

Fonte: Agência Brasil


Ao calar o Faustão, Marieta Severo deve ser a próxima global a receber ameaça de morte. Por Kiko Nogueira

Ela

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O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era paleozóica.

Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”.

Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos.

Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com aquela conversa mole sobre o Brasil não ter “estrutura”. A única coisa organizada aqui é o crime, em sua opinião. Somos “o país da desesperança”.

Ela discordou com classe: “Não, eu sou sempre otimista”. O país caminhou muito, falou. “Pra mim, tem uma coisa muito importante: a inclusão social, a luta contra a desigualdade. A gente teve muito isso nos últimos anos. Estamos numa crise, mas vamos sair dela”. Ainda criticou os evangélicos. “Nada contra religião. Só não quero uma legislando a minha vida”, afirmou.

Recentemente, Marieta, que está no papel principal de uma nova série, deu uma longa entrevista no Globo. Se confessou chocada com o que chamou de retrocesso nas conquistas de sua geração (ela tem 68 anos).
“Sou contra a redução da maioridade penal e contra muita coisa que está em evidência e que, para a minha geração, é chocante”, disse a ex-mulher de Chico Buarque. “Eu sou da década de 1960, do feminismo, da liberdade sexual, das igualdades todas”.

Não é preciso dizer que a entrevista no Faustão não foi muito além do script. Marieta deu um recado importante no mesmo dia em que Mantega foi novamente hostilizado num restaurante de São Paulo.

Nas redes sociais, os suspeitos de sempre a enxovalhavam por ter “defendido o PT” (ela não falou no nome do partido). Uma medida sensata seria MS contratar um guarda-costas daqui por diante — inclusive para circular no Projac.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/ao-calar-o-faustao-marieta-severo-deve-ser-a-proxima-global-a-receber-ameaca-de-morte-por-kiko-nogueira/

Reunião vai decidir o futuro de Dunga

Encontro nesta segunda-feira deve definir os rumos do técnico. Dirigente diz que ele está prestigiado e deve ficar

Dunga, técnico da seleção
Dunga, técnico da seleção
A dor de cabeça provocada pela pífia atuação contra o Paraguai e a eliminação na Copa América, nos pênaltis, não será curada com um simples analgésico. O remédio para por fim ao mal que tomou conta do Brasil após a overdose de fracassos iniciada nos 7 a 1 para a Alemanha, no Mundial, exigirá tratamento de choque — dentro e fora de campo. Não se sabe, porém, se Dunga será o especialista encarregado de ressuscitar a tradição da Amarelinha já nas Eliminatórias para a Copa de 2018.



A cúpula da CBF vai se reunir nesta segunda-feira (29) para decidir o futuro do treinador. Embora o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, garanta que ele está seguro, não se descarta uma mudança no comando da equipe — a decisão final está nas mãos do presidente Marco Polo del Nero.

período da Seleção para a retomada de suas características. Não tem isso de perder vai cair. O Dunga está seguro, prestigiado", disse Feldman, acrescentando que o planejamento da CBF para a Seleção é a longo prazo.
 
Fato é que o comandante terá de ser cirúrgico para encontrar a receita ideal e livrar a Seleção do vírus da ‘Neymardependência’, da falta de craques, de garra e de ousadia. Com o futebol pentacampeão mundial no CTI, é preciso se chegar a um diagnóstico.

 O dado por Dunga — dores nas costas, ânsia de vômito e o mal-estar no corpo de vários jogadores antes do jogo com os paraguaios — não altera o (febril) quadro vigente. Como de médico e louco, diz o provérbio, todos temos um pouco, o treinador, tal qual um doutor, garante ter a cura.

"Tirei muitas lições na Copa América. Agora é hora de arregaçar as mangas", disse ontem no desembarque em São Paulo, onde ouviu gritos de "Fora, Dunga" — Firmino foi chamado de mercenário. 

 http://esporte.ig.com.br/futebol/selecaobrasileira/2015-06-29/reuniao-vai-decidir-o-futuro-de-dunga.html


Grécia fecha bancos por seis dias e limita saques para evitar retirada em massa

Gregos ficarão seis dias podendo sacar no máximo 60 euros por dia. Um comitê vai avaliar situações de emergência

A crise econômica que a Grécia enfrenta há cinco anos chegou a seu momento mais dramático nesta segunda-feira (29). O governo decidiu, após oito horas de reuniões, manter o feriado bancário por seis dias úteis. Restrições também serão impostas a caixas eletrônicos, que tiveram longas filas no fim de semana.

Grécia decreta feriado bancário por seis dias. Foto: AP
Bancos de Atenas amanheceram fechados nesta segunda-feira (28). Foto: AP
Aposentados são surpreendidos com portas fechadas nos bancos. Foto: AP
Saques diários são limitados a 60 euros por conta. Foto: AP
Grécia decreta feriado bancário por seis dias. Foto: AP

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A decisão tem como objetivo evitar uma corrida aos bancos para retirada em massa de dinheiro diante da incerteza dos gregos com a situação financeira do país. Os seis dias garantem o tempo necessário até o referendo agendado para 5 de julho em que a população vai dizer se aceita ou não as condições dos credores internacionais para um acordo com Atenas.

O programa de resgate para a Grécia expira na terça-feira (30), quando o país terá de pagar US$ 1,6 bilhão a um dos principais credores, o Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo de Atenas pediu uma extensão do prazo para que tivessem tempo hábil de fazer o referendo.

O Banco Central Europeu anunciou no domingo (28) que vai manter os empréstimos de emergência aos bancos gregos nos atuais níveis, enquanto o banco nacional grego se comprometeu a adotar todas as medidas necessárias para garantir a segurança financeira.

Restrições
Diante da dificuldade em sacar dinheiro por seis dias úteis, os gregos terão de recorrer a uma comissão em caso de emergência. O Tesouro criou o Comitê de Aprovação para Transações Bancárias, que vai examinar os pedidos de emergência caso a caso.

Os caixas eletrônicos vão funcionar, mas cada correntista poderá sacar no máximo 60 euros por dia. As transações online estão permitidas para pagamentos, mas não para transferências entre contas.

Cartões de crédito e viagem usados nos caixas eletrônicos vão funcionar normalmente, com isso as medidas não devem afetar diretamente os turistas.

De acordo com o decreto anunciado nesta segunda com os detalhes do fechamento bancário, o  prazo de seis dias pode ser encurtado ou extendido a qualquer momento pelo primeiro-ministro.

 http://economia.ig.com.br/2015-06-29/grecia-fecha-bancos-por-seis-dias-e-limita-saques-diarios.html