segunda-feira, 14 de julho de 2014

Papa 'acredita que um em cada 50 clérigos católicos é pedófilo', diz jornal



Um jornal italiano disse neste domingo que, em uma entrevista, o papa Francisco admitiu que cerca de 2% dos clérigos católicos, ou um em cada 50, seriam pedófilos.

Segundo o jornal La Reppublica, o pontífice disse que o abuso sexual de crianças era como uma “lepra” que infecta toda a igreja e pediu que o problema “seja confrontado com toda a severidade que demanda”.

“Há padres, bispos e cardeais entre esses 2% de pedófilos. Outros, em um número ainda maior, sabem (dos abusos), mas ficam em silêncio. Eles punem (os pedófilos), mas não explicam a razão”, teria dito o papa. “Para mim, essa situação é intolerável.”

No entanto, após a publicação do texto, o porta-voz do papa, Federico Lombardi, disse que a entrevista publicada pelo jornal não correspondia às palavras exatas do papa e que aquilo não era uma entrevista propriamente dita.

O porta-voz afirmou ainda que o jornalista não usou um gravador e que as frases do papa foram baseadas apenas na memória dele, e não na transcrição de uma gravação.

O analista da BBC para assuntos do Vaticano em Roma David Willey disse que é recorrente haver uma ambiguidade planejada nas declarações feitas pelo papa em ocasiões em que não há um discurso pronto.
Willey também questionou o argumento do porta-voz do papa de que não foi uma entrevista: “Desde quando uma entrevista papal não é uma entrevista?”
'Bastão'
Até o momento, o Vaticano vem se recusando a quantificar a extensão dos escândalos de abuso sexual na Igreja Católica. Há estatísticas disponíveis apenas para países desenvolvidos. Em nações em desenvolvimento, há apenas números soltos.

Na entrevista, o papa foi citado dizendo que a estimativa de 2% vinha de dados confiáveis fornecidos por conselheiros do Vaticano. Isso representaria cerca de 8 mil padres de um total de 414 mil em todo o mundo.

Apesar de a incidência de pedofilia como um distúrbio psiquiátrico na população em geral não ser precisa, há estimativas que colocam esse número em menos de 5%.
O jornal usou como manchete a frase “Papa afirma: Assim como Jesus, vou usar um bastão contra os padres pedófilos”, em mais uma frase contestada pelo porta-voz papal.

No ano passado, Francisco endureceu as leis do Vaticano contra abuso infantil e, no início do mês, pediu perdão para as vítimas dos padres, em seu primeiro encontro com essas pessoas desde que foi escolhido papa.

Muitas das vítimas de abuso criticam a postura do Vaticano em não punir os clérigos de mais alto escalão acusados de abafar os escândalos.

Celibato
Na mesma entrevista ao La Reppublica, o papa teria indicado que haveria margem de manobra na questão do celibato clerical.

Questionado sobre o assunto, ele lembrou que a proibição do casamento de religiosos foi adotada 900 anos após a morte de Jesus Cristo e que em algumas igrejas do cristianismo oriental permitem que seus sacerdotes se casem.

Em maio, ele também tratou do assunto, quando disse a jornalistas que o celibato não era um dogma. “É uma regra que eu aprecio muito, mas visto que não é um dogma, a porta está sempre aberta.”

O jornal italiano também cita trechos da entrevista em que Francisco teria falado da máfia italiana.

De acordo com o jornalista, o papa admitiu que alguns clérigos o desafiam ao tolerar os mafiosos e, apesar de condenarem os crimes, não denunciam abertamente a ação do crime organizado.

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 http://noticias.br.msn.com/mundo/papa-acredita-que-um-em-cada-50-cl%C3%A9rigos-cat%C3%B3licos-%C3%A9-ped%C3%B3filo-diz-jornal-1

Carta revela plano para matar policial federal em Santos

Uma carta manuscrita supostamente endereçada ao chefe do tráfico de drogas no Morro do Jabaquara informa o nome, o endereço e o carro (modelo, cor e placa) de um policial federal, expondo um provável plano para eliminá-lo.

Durante patrulhamento de rotina pela Avenida Rangel Pestana com a Rua Engenheiro José Garcia da Silveira, policiais militares perseguiram um suspeito, que conseguiu fugir correndo.
 
O local é conhecido nos meios policiais por Breque e ponto de tráfico de drogas. Durante buscas pela rota de fuga do suspeito, os PMs acharam um envelope contendo a carta, dois documentos em nome do policial federal e uma cápsula deflagrada de pistola calibre 380.
 
A mensagem começa com os seguintes dizeres: “Para o dono da boca. Este é o polícia que está de olho aqui no teu trabalho”. Depois de informar os dados do alvo, o autor da carta ainda aconselha para que se mate ele simulando um assalto: “Tenten fazer parece um latrocínio (sic)”.
 
O caso é investigado pela equipe do 2º Distrito Policial, mas o policial federal e a Delegacia de Polícia Federal em Santos foram imediatamente alertados e também apuram o episódio.

http://www.atribuna.com.br/pol%C3%ADcia/carta-revela-plano-para-matar-policial-federal-em-santos-1.392483

Buenos Aires tem confusão após derrota dos argentinos na final da Copa

Não foi o final esperado, mas os argentinos celebraram a final da Copa neste domingo e a conquista da medalha do segundo lugar, após perderem para a Alemanha. Milhares de torcedores foram até o Obelisco, no centro de Buenos Aires, com a intenção de ficar lá até segunda-feira de manhã para esperar a chegada da seleção. Mas um grupo de manifestantes começou a atirar pedras e a polícia teve que usar jatos d´água e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

 Antes dos distúrbios começarem, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, ligou para o diretor técnico da seleção, Alejandro Sabella, para felicitá-lo e dizer que “todos os argentinos estão orgulhosos” dos jogadores. Ela vai recebê-los nesta segunda-feira (14), na Casa Rosada (palácio presidencial), antes de viajar a Rio Gallegos, no Extremo Sul do país, para comemorar o aniversário de um ano de seu primeiro neto.

Cristina Kirchner recusou o convite para assistir à final no Maracanã, porque estava se recuperando de uma laringite e tinha uma agenda cheia de compromissos de trabalho e pessoais. Ela recebeu o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no sábado (12) e queria estar na Argentina para o aniversário do neto.

Muitos argentinos, que assistiram ao jogo nas praças públicas de Buenos Aires, dizem que voltarão às ruas na segunda-feira para receber e prestigiar a seleção. “Eu sonhava com a taça, mas estou orgulhoso do título de vice-campeão porque sei que a seleção deu o melhor de si e lutou até o final”, disse Gonzalo Pena. “Acho que o segundo lugar merece ser festejado”.

 Agência Brasil

Felipão não é mais o técnico da Seleção Brasileira

Após entregar o cargo de técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari não continuará no posto. De acordo com a Rede Globo, o treinador do Brasil na Copa do Mundo de 2014 teve sua saída confirmada pelo comando da CBF na noite deste domingo. A decisão se estende para o restante da comissão técnica, que contou com Carlos Alberto Parreira e Murtosa.

Felipão havia dito que entregaria relatórios à entidade que comanda o futebol no País durante a entrevista coletiva que concedeu após a derrota por 3 a 0 para a Holanda, no último sábado, depois da disputa do terceiro lugar do Mundial. O técnico não pediu demissão e afirmou que sua continuidade no cargo dependeria da vontade dos dirigentes responsáveis pela confederação.

O treinador assumiu o posto que havia deixado após o pentacampeonato de 2002 no final de novembro de 2012 e desde então comandou a Seleção Brasileira em 29 partidas. Destas, o técnico sofreu apenas quatro derrotas, sendo as duas últimas as mais marcantes. O 7 a 1 sofrido para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo se tornou o maior revés da história do Brasil, enquanto o fracasso diante da Holanda só serviu para consolidar o final desastroso da equipe no Mundial.
 
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Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que não manterá treinador no cargo
Ao todo, Felipão esteve no comando da Seleção Brasileira em 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas na sua segunda passagem pelo comando técnico do selecionado nacional. Neste breve período de pouco mais de um ano e meio, o treinador conquistou a Copa das Confederações de maneira invicta e gerou grande expectativa para o desempenho do Brasil durante a Copa do Mundo de 2014.

No Mundial, seus comandados não empolgaram em nenhum momento, apesar de terem alcançado as semifinais da competição sem derrotas. Mostrando um futebol pobre, dependente da ligação direta dos zagueiros para os pontas e o centroavante, o Brasil sofreu já na fase de grupos contra o México e ficou a centímetros de uma eliminação nas oitavas de final contra o Chile, quando Pinilla mandou no travessão um chute no último minuto da prorrogação, em confronto vencido nos pênaltis.

A apresentação sólida contra a Colômbia nas quartas de final criou esperanças, mas também acabou com os desfalques do craque Neymar e do capitão Thiago Silva para a semifinal contra a poderosa Alemanha. O confronto com o rival que viria a ser tetracampeão do mundo foi um massacre do início ao fim, mas Felipão e sua comissão técnica insistiram que o pior resultado da história da Seleção Brasileira foi decorrente de "seis minutos de apagão".

A longa, mas desastrosa campanha no Mundial foi concluída no último sábado com três vitórias, dois empates e duas derrotas, justamente nos dois jogos derradeiros do torneio.

 De A Tribuna On-line