quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mãe que levou choque ao encostar na filha sai do hospital para ir ao enterro


Arte da tragédia no carnaval de Santos (Foto: Arte/G1)

Mirela Garcia, de 19 anos, morreu ao encostar com o pé em carro alegórico.
Assessoria da Santa Casa confirma que mulher não recebeu alta médica.

O corpo de Mirela Diniz Garcia, de 19 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira (13) no cemitério Areia Branca, em Santos, no litoral de São Paulo. A jovem foi uma das quatro pessoas que morreram após o carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem bater em um fio de eletricidade e pegar fogo após o término do desfile.

A mãe de Mirela, Solange Noronha, esteve no enterro da filha sentada em uma cadeira de rodas, mas não quis falar com a imprensa. Segundo a Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Santos, ela saiu do hospital durante a noite sem receber alta médica. Solange foi internada após encostar na filha, que estava eletrocutada, e receber uma grande descarga elétrica.

Uma das primas de Mirela desmaiou na hora em que o corpo estava sendo enterrado. A garota foi amparada por familiares e amigos que a levaram para fora do cemitério. O irmão da jovem, Alexsandro, também estava muito abalado. A mãe da jovem chegou a levantar da cadeira de rodas para consolar o filho. Alexsandro colocou o nome de Mirela no local que ela foi enterrada. Em seguida, ele agradeceu todos os presentes e quem estava ajudando a família.

Uma das tias de Mirela, Rosana Santos Noronha, que também acompanhou o enterro, falou sobre a sobrinha. "Ela vivia intensamente, como soubesse que viveria pouco. Ela era uma menina alegre". Rosana também explicou como a sobrinha foi atingida. "O carro vinha e ela pegou a filha, que estava no meio da rua, e voltou para o local. Ela caiu e tropeçou. O pé dela encostou no carro e ela recebeu a descarga elétrica", explica.

Enterro Mirela (Foto: Mariane Rossi/G1) 

Mirela deixou a filha Manuelle, de 3 anos. O pai da menina, Wellington Mattos, também foi ao enterro da ex-mulher. Ele conta que morou com a jovem por quatro anos. "Nos separamos. Eu sempre pegava a minha filha. Nós dividíamos a guarda", explica.

Wellington também afirma que chegou no local do acidente minutos depois de Mirela ser socorrida. "Eu nem sabia. Vi um homem debaixo do carro pegando fogo. Fui na casa da prima dela e falaram que ela tinha queimado o pé. Eu pensei que era uma queimadura normal. Fui no hospital e me falaram que ela tinha morrido", disse ele. "Ela foi tirar a minha filha da rua, voltou e o carro pegou nela", completa.

Caso
Quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas depois que um carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem tocou em fios elétricos e pegou fogo na madrugada desta terça-feira (12) em Santos, no litoral de São Paulo, durante os desfiles do grupo especial do carnaval da cidade. As vítimas, três contratados pela própria agremiação, além de uma mulher que acompanhava a festa, morreram eletrocutadas. Segundo os Bombeiros, outras seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento. O estado de saúde das outras cinco é estável.

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, decretou luto oficial de três dias na cidade, além de cancelar a programação de carnaval ainda prevista para o município. Barbosa, inclusive, declarou que a Prefeitura vai procurar o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que o laudo conclusivo da perícia feita no local da tragédia esteja em mãos do Poder Público em menos de um mês - conforme a Polícia Civil, o laudo seria apresentado em até 30 dias.

Um dos que desfilaram no carro incendiado foi o ex-jogador Coutinho. Ele desceu pouco antes do veículo ser incendiado. "É triste. Infelizmente as pessoas acabam perdendo os entes queridos em um piscar de olhos", afirmou.

Personalidade homenageada pela alegoria "Rei da Bola", Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, encaminhou ao G1 uma nota lamentando a tragédia no carnaval santista. "Eu, Edson Arantes do Nascimento - Pelé também participo dos sentimentos dos familiares. Isto é coisa que não podemos entender, mas temos que entregar nas mãos de Deus".

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Enterro Mirela 2 (Foto: Mariane Rossi/G1)Corpo de Mirela foi enterrado na manhã desta quarta-feira (Foto: Mariane Rossi/G1)

Bebê sobrevive após ter corpo 'congelado' por quatro dias


 


Recém-nascido tinha problema grave no coração e chance de sobrevivência de apenas 5%. Ele foi salvo por técnica de resfriamento pioneira e hoje está com seis meses.

Médicos britânicos conseguiram salvar a vida de um recém-nascido resfriando seu corpo por quatro dias.
Edward Ives nasceu com apenas 5% de chance de sobrevivência em função de uma taquicardia supraventricular, distúrbio que fazia seu coração bater duas vezes mais rápido que o normal.

A mãe, Claire Ives, de 29 anos, que tem outros dois filhos, descobriu o problema em exames no final da gravidez. Ela tomou remédios para tentar reduzir o ritmo de batimentos cardíacos da criança, mas, como a medicação não deu resultados, os médicos resolveram fazer uma cesárea para tratar o recém-nascido diretamente.

O tratamento pioneiro que terminou salvando a vida de Edward foi colocado em prática por uma equipe do University College London Hospital. Ele consistiu no resfriamento do corpo da criança de 37 para 33,3 graus, com o uso de uma coberta recheada com gel.

O objetivo era reduzir o batimento cardíaco do bebê, que foi sedado para não se movimentar. Mas manter o equilíbrio do corpo da criança foi uma tarefa complicada - e médicos tiveram de usar um desfibrilador cinco vezes para evitar que o coração de Edward parasse.
'Parecia morto'

BBC
Quando nasceu, o bebê só tinha 5% de chance de sobrevivência por causa do problema no coração
"Ele estava muito frio e parecia morto", disse Claire. Depois de dois dias, médicos permitiram que a temperatura do corpo de Edward voltasse a subir, mas como o ritmo de seu coração acelerou muito rapidamente, o bebê foi "resfriado" por mais dois dias.

No quarto dia, o coração do recém-nascido finalmente começou a bater em um ritmo normal e médicos começaram a esquentar seu corpo em meio grau a cada 12 horas. Um mês depois, o bebê pode ir para casa.

"Foi como um sonho que virou realidade", conta sua mãe.
Hoje Edward tem seis meses e é um bebê relativamente saudável, embora possa ter alguns episódios de arritmia cardíaca no futuro.

 http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-02-13/bebe-sobrevive-apos-ter-corpo-congelado-por-quatro-dias.html

Sisu: nota mínima de cotista e não cotista é parecida nos institutos federais

Levantamento exclusivo do iG mostra que, dos 553 cursos em que as notas de aprovados pelas cotas são mais próximas às da concorrência geral, 66% são de institutos federais.

As diferenças de desempenho entre os aprovados pelas cotas ou pela concorrência geral do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) são menores nos cursos de institutos federais. Entre os 553 cursos com menores diferenças entre as notas de corte – pontuação do último aprovado em cada modalidade de seleção – de cotistas e não cotistas, 66% são dessas instituições.
Alan Sampaio / iG Brasília
Estudantes consideram cotas um estímulo a mais para o Enem
Dados do Ministério da Educação (MEC) levantados exclusivamente para o iG mostram que diferença de desempenho dos estudantes selecionados em primeira chamada só é insignificante, ou seja, de menos de 10 pontos a mais tanto para cotistas em 11,54% dos casos: em 553 opções de cursos eme um total de total 4.793 analisado pelo iG .

Os dados se referem apenas às notas dos cursos que já oferecem 50% de suas vagas no processo seletivo em todos os modelos possíveis de cotas, o que totaliza 1.229 cursos. Como as universidades ofereceram até oito modelos de cotas aos estudantes da rede pública no Sisu, a análise considerou 4.793 notas de corte geradas a partir das possibilidades de concorrência.

São elas: candidatos pretos, pardos ou indígenas com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo per capita (algumas instituições dividiram essa categoria em duas, separando os indígenas); candidatos pretos, pardos ou indígenas independentemente da renda (essa categoria também foi transformada em duas por algumas instituições, separando os indígenas); candidatos com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo per capita e candidatos com renda superior a essa.

As notas entre os selecionados nos diferentes tipos de cotas e na concorrência geral dos cursos oferecidos nos institutos federais que participam do Sisu são muito semelhantes em 364 casos. Desses, 251 variaram, no máximo, cinco pontos.

A nota no Sisu é calculada a partir do desempenho do estudante no Enem, cuja escala varia de 0 a 1000. Na última edição, as notas mínimas e máximas tiradas pelos estudantes em cada prova (não há média geral) variaram entre 277,2 pontos em matemática e 955,2 na mesma prova. Alguns alunos alcançaram nota 1.000 na redação.

Quase iguais
Em 41 tipos de seleção oferecidos pelo Sisu, as notas atingidas pelos últimos aprovados em cada modelo de concorrência foram praticamente as mesmas (diferem, no máximo, em um ponto a favor dos cotistas ou dos não cotistas). A maior parte dos casos de desempenho semelhante ocorre entre não cotistas e os cotistas egressos de escola pública que não fazem parte dos recortes raciais (para candidatos pretos, pardos ou indígenas) e de renda.

Na sequência, as coincidências acontecem mais entre os grupos de cotistas que possuem renda familiar de até 1,5 salário mínimo, mas não se utilizaram dos recortes raciais. São nove casos nesse recorte. Entre esses 41 cursos com maiores semelhanças de desempenho entre cotistas e não cotistas, 30 são da área de exatas ou de saúde e 27 de institutos federais.

Os candidatos selecionados com as menores diferenças de pontuação – menos de 0,1 ponto – entre os grupos de cotistas e os não cotistas eram dos cursos: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura (integral) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRAM, câmpus principal); Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso (câmpus de Rondonópolis); Processos Químicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (câmpus de Apucarana) e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (câmpus Valença).

Em todos, os cotistas eram do grupo que concorreu às vagas reservadas aos egressos da rede pública independentemente da raça ou da renda. O último aprovado nas 12 vagas oferecidas para a ampla concorrência de Engenharia Cartográfica e Agrimensura tirou 686,4 pontos e o que ocupou a única vaga para essa cota, 686,38. No bacharelado em Ciências Contábeis da UFMT a diferença foi de 0,08 ponto. A nota mínima na ampla concorrência, que ofereceu 22 vagas, foi de 609,48 pontos e, entre os cotistas, a pontuação obtida foi de 609,4 pontos.

Nos cursos de Processos Químicos, graduação tecnológica oferecida à noite pela UTFP em Apucarana, e no de Matemática, licenciatura oferecida à noite no câmpus de Valença do IFET da Bahia, as notas dos cotistas foram um pouquinho melhores. No primeiro caso, o último selecionado pela ampla concorrência entrou com 617,86 e o último cotista aprovado nas sete vagas reservadas para egressos da rede pública (independentemente da renda ou raça) ficou com 617,9 pontos. No outro curso, o não cotista tirou 610,08 e o cotista, 610,14.

Desempenhos discrepantes
Dentro dos vários grupos de cota racial do Sisu, os modelos exclusivos para indígenas, independentemente da renda, são os que mais têm discrepâncias de notas mínimas dos aprovados entre cotistas e não cotistas. A raça é o fator que mais interfere nas diferenças de desempenho dos estudantes .

O curso com diferença mais gritante é o de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) oferecido no câmpus do Bacanga. O último não cotista aprovado no bacharelado oferecido no turno vespertino tirou 662,18 pontos. O cotista aprovado na seleção específica para indígenas que cursaram o ensino médio na rede pública, independentemente da renda, tirou 389,74. Uma diferença de 272,44 pontos.
 
No mesmo câmpus da UFMA, outro caso de extrema diferença chama a atenção. No curso de Engenharia Química (integral), 164,20 pontos separam o último selecionado pela ampla concorrência do estudante aprovado nas cotas para indígenas (sem critério de renda).

Os outros cursos com maiores diferenças entre cotistas (em algum dos modelos) e não cotistas foram: Educação Física (noturno) do IFET do Paraná (157,44 pontos), Química Industrial da UFMA (156,86 pontos) e Ciências Biológicas do IFET do Paraná (155,66 pontos).

Em alguns cursos, as diferenças foram grandes também, mas a favor dos cotistas. É o caso do curso de licenciatura em Física do IFET Tocantins, em que o último aprovado pelas cotas para egressos da rede pública, independentemente da renda ou raça, alcançou 705,63 pontos e o último selecionado pela ampla concorrência, 633,68. Uma diferença de 71,95 pontos.

Na sequência, os cotistas se saíram melhor nas seleções dos cursos de Agronegócio do IFET Tocantins (69,55 pontos), Matemática da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (55,82 pontos), Letras-Inglês do IFET Paraná (53,96 pontos) e Agronomia da UFRAM (50,56 pontos).

 http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-02-13/sisu-nota-minima-de-cotista-e-nao-cotista-e-parecida-nos-institutos-federais.html

ONU encontrou tráfico de pessoas em 118 países

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) retratou um quadro dramático sobre os milhões de vítimas de trafico de pessoas para exploração sexual ou trabalho forçado. Segundo o relatório, elas representam pelo menos 136 nacionalidades diferentes e foram encontradas em 118 países. Além disso, a maioria das vítimas é mulher, embora o número de crianças esteja crescendo.

O Escritório da ONU contra Drogas e Crime, que lançou o relatório nesta terça-feira na sede da organização, disse que as vítimas podem ser encontradas em restaurantes, locais de pesca, bordéis, fazendas e domicílios, entre muitas outras atividades. 

O relatório também informou que o tráfico para exploração sexual registra 58% de todos os casos de tráfico encontrados em todo o mundo enquanto a percentagem de casos detectados para trabalho forçado dobrou nos últimos quatro anos para 36%. As informações são da Associated Press. 

http://br.noticias.yahoo.com/onu-encontrou-tr%C3%A1fico-pessoas-118-pa%C3%ADses-011600844.html

Adolescente de 16 anos tem QI maior que o de Albert Einsten

Uma jovem inglesa chamou a atenção da comunidade científica internacional nesta terça-feira (12). Após realizar um teste de QI (quociente de inteligência), foi constatado que a loura de 16 anos possui um QI mais alto que o do cientista Albert Einstein. 
Lauren Marbe, residente do condado de Essex, anotou incríveis 161 pontos na avaliação, enquanto que o famoso físico fez 160 pontos. Mesmo impressionados com a inteligência da jovem devido às suas boas notas no colégio, os professores se supreenderam com o resultado do teste realizado no Mensa, um clube que reúne as mentes mais desenvolvidas do planeta.

"Meus professores sabiam que eu era bem inteligente por causa das minhas notas, mas eles sempre pensaram que eu fosse uma loura meio atrapalhada", disse Lauren, em entrevista ao portal “SWNS”.

Com os 161 pontos no teste, a adolescente superou ainda Stephen Hawking e o biolionário Bill Gates, ambos donos de 160 pontos

Apesar da inteligência, a adolescente não faz parte do grupo dos estudiosos do colégio. Lauren é frequente assídua de salões de beleza, festas e até bronzeamento artificial. "Lauren é loura, mas parece que ela abalou o estereótipo da loura estúpida", afirmou a mãe da jovem.

Para o futuro, Lauren Marbe busca ingressar na famosa universidade de Cambridge, no curso de arquitetura. Outra opção é se tornar uma estrela de cinema, como a atriz britânica Denise Van Outen, uma de suas favoritas.

 http://br.noticias.yahoo.com/adolescente-de-16-anos-tem-qi-maior-que-o-de-albert-einsten-212357252.html

Florianópolis lidera ranking gay das capitais

Censo 2010 revela que 0,11% da população da capital catarinense é homossexual; especialistas acreditam que muitos não declaram opção sexual e número pode ser maior

 Florianópolis é a capital com maior concentração de gays do Brasil. Dados do Censo Demográfico de 2010 - o primeiro da história a perguntar sobre a opção sexual - mostram que 416 chefes de família declararam viver com um cônjuge do mesmo sexo na cidade catarinense. Isso representa apenas 0,11% dos seus 418 mil habitantes - o porcentual, porém, é seis vezes maior que o de Teresina (PI) a última no ranking dos casais declaradamente homossexuais do País.
Gay Day. São Paulo está em quarto lugar entre as capitais - JB Neto/AE
Gay Day. São Paulo está em quarto lugar entre as capitais
 
No total, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encontrou 60 mil brasileiros que declararam viver com alguém do mesmo sexo. Especialistas e militantes de movimentos gays afirmam que, provavelmente, o número de homossexuais é muito maior. Além dos dados contemplarem apenas os casais que moram sob o mesmo teto, há a questão da subdeclaração. "Muitas pessoas ainda têm medo e timidez de se declarar", explica Franco Reinaudo, da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo.

Em segundo e terceiro lugar na lista das capitais estão Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde 0,10% e 0,09% dos habitantes, respectivamente, dizem viver com alguém do mesmo sexo. O quarto lugar é de São Paulo, com 0,067%. Em números absolutos, porém, a capital paulista lidera de longe o ranking - são 7.527 gays e lésbicas nessa condição, quase 13% de todos os que se declararam em todo o País. Esse número, até mesmo, mostra como os dados do Censo podem estar subestimados - a Prefeitura de São Paulo estima que cerca de 1 milhão de homossexuais vivam na cidade, vários deles vindos do interior para se assumir na capital.
Em Florianópolis, porém, a explicação principal é outra. "Existe o fenômeno do gay que vem das pequenas cidades de Santa Catarina, mas Floripa é conhecida como a cidade mais ‘gay friendly’ do País. Tem gente que vem de Porto Alegre, de São Paulo e até de outros locais do mundo", diz Tiago Silva, organizador da Parada da Diversidade catarinense. Ele diz que outro diferencial da cidade é o alto grau de tolerância da população heterossexual. "O índice de violência homofóbica em Florianópolis é quase zero. E isso também acontece em outros pontos com maior concentração de gays e lésbicas do Estado, como Balneário Camboriú, no litoral norte, e Criciúma, cidade próxima das praias do litoral sul."

A jornalista Ana Carolina Gonzaga, de 24 anos, concorda. "Florianópolis tem uma população muito tolerante, ao contrário de muitas capitais do Brasil em que o preconceito predomina", afirma. Ela é natural da cidade e vive há cinco anos com a paulistana Suzana Santos, de 25 anos. "Tenho inúmeras amigas e amigos que vieram de outros Estados para nos visitar e por aqui ficaram por se identificarem com a cidade e sua tolerância", conta Ana Carolina.
 

Diferenças. Se for levado em conta todas as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, é a cidade de Maricá, na região metropolitana do Rio, que tem o maior porcentual de homossexuais (0,12%). "Esse dado é muito revelador. Maricá não possui uma cultura gay como há no Rio, com baladas, ONGs etc. São pessoas que nasceram lá e assumiram sua homossexualidade além das fronteiras culturais da capital", diz Cláudio Nascimento, coordenador do programa estadual Rio Sem Homofobia.

O ranking das grandes cidades também mostra a diferença da concentração de homossexuais nas cinco regiões brasileiras. Dos 10 municípios com mais gays e lésbicas, oito são das regiões Sul e Sudeste - apenas Marituba (PA) e Parnamirim (PE) são as exceções. Na outra ponta da lista, estão cinco cidades do Norte e do Nordeste - em Cametá (PA), apenas 2 dos seus 120 mil habitantes se declararam ao Censo. Entre os Estados, de maneira geral, apenas Rio Grande do Norte e Ceará estão nos dez mais. Já entre os que registraram menos homossexuais, o único das Regiões Sul e Sudeste é Minas.

 http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,florianopolis-lidera-ranking-gay-das-capitais,736927,0.htm

Coreia do Norte faz novo teste nuclear e desafia comunidade internacional

Conselho de Segurança da ONU terá reunião extraordinária para discutir assunto.

A Coreia do Norte realizou na manhã desta terça-feira seu terceiro teste nuclear, em um claro desafio à comunidade internacional e a seu principal aliado externo, a China. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) fará uma reunião de emergência ainda hoje para decidir como reagir ao novo movimento do regime mais isolado do mundo.

A explosão provocou um abalo sísmico de 4,9 pontos na escala Richter, detectado pelos serviços geológicos de vários países. O epicentro foi próximo ao local em que a Coreia do Norte realizou seus testes nucleares anteriores, em 2006 e 2009.

Segundo a agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul, o governo de Pyongyang comunicou a China e os Estados Unidos na segunda-feira que realizaria o teste nuclear.

Três horas depois da explosão, a Coreia do Norte anunciou que havia realizado um teste bem sucedido de um dispositivo nuclear “miniaturizado” e “mais leve”, com maior potência que os detonados no passado.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a ação e afirmou que ela representa uma “clara e grave violação” das sanções internacionais contra Pyongyang.

O regime liderado por Kim Jong-un ficou ainda mais isolado em dezembro, depois de ter colocado em órbita o satélite Kwangmyongsong-3, no que os Estados Unidos e seus aliados classificaram como um teste disfarçado de míssil balístico intercontinental _o foguete destinado ao lançamento de satélites contém parte da tecnologia para transporte de bombas atômicas.

Na época, o Conselho de Segurança da ONU decidiu aumentar as sanções contra a Coreia do Norte, posição que contou com o apoio da China.

Especialistas dizem que a Coreia do Norte já tem bombas nucleares, mas não desenvolveu ainda a capacidade de colocá-las em foguetes e fazê-las chegar a um alvo distante.

Tanto o teste de ontem quanto o lançamento do foguete em dezembro são passos importantes para o país alcançar esse objetivo. Se for confirmado que dispositivo é “miniaturizado” e “mais leve”, isso aumenta as chances de ele ser transportado por um míssil.

Em reunião realizada na segunda-feira, a cúpula dirigente da Coreia do Norte anunciou que o país continuará a realizar lançamentos de foguetes de longo alcance, apesar da oposição das Nações Unidas.

O teste de ontem deixa mais uma vez claro que o novo líder norte-coreano pretende manter a linha definida por seu pai, Kim Jong-il, de dar prioridade ao desenvolvimento militar do país.

A resistência da Coreia do Norte de abandonar sua postura belicosa representa um desafio ao novo dirigente máximo da China, Xi Jinping, que assumirá a presidência do país em março.

 http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,coreia-do-norte-faz-novo-teste-nuclear-e-desafia-comunidade-internacional,996159,0.htm