sábado, 27 de agosto de 2016

Governo quer encaminhar reformas antes de outubro, diz Padilha


 O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, quer acelerar processo para votação de reformas

 Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal pretende enviar uma proposta de reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro. A declaração contraria a informação do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que disse nesta semana que a proposta iria na primeira quinzena de dezembro.

"A reforma trabalhista deve ser encaminhada (ao Congresso) mais ou menos no mesmo tempo em que vai a da Previdência, que queremos mandar ainda antes das eleições", disse Padilha, ao deixar a abertura da Expointer, na região metropolitana de Porto Alegre.

Segundo ele, o governo federal vai trabalhar para enviar as duas propostas antes das eleições municipais, seguindo a orientação do presidente em exercício, Michel Temer. "Esta é a determinação do presidente. Não temos que estar preocupados com a próxima eleição. Estamos pensando é na próxima geração. Temos que garantir que o Brasil funcione independente de quem estiver no governo", avaliou. "Não tem mais que ter medo, é fazer ou fazer. Não tem alternativa."

No discurso que fez durante a cerimônia de abertura da feira agropecuária, para uma plateia formada por produtores rurais e empresários do agronegócio, Padilha também tocou no assunto. Ele disse que o governo vai encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta de atualização das leis trabalhistas que seja preservadora dos empregos que existem hoje e, igualmente, geradora de novos empregos. "Esta é a premissa da reforma trabalhista", falou.

Padilha disse ainda que dois pontos estariam presentes na reforma trabalhista. O primeiro é que a negociação coletiva se sobreponha ao legislado, com o objetivo de dar segurança jurídica para os contratos de trabalho. O segundo ponto diz respeito à terceirização, que, no governo, está sendo tratada como "especialização" - de acordo com Padilha, por sugestão do próprio ministro do Trabalho, que também estava presente na cerimônia deste sábado no Rio Grande do Sul.

"Vamos, sim, facilitar a especialização. Todo mundo falava em terceirização, em penso que especialização traduz melhor o sentimento", disse. "Tem empresas que se especializam em alguma coisa e fazem mais barato do que numa linha que se tenha muita gente fazendo muita coisa ao mesmo tempo."

Sobre a reforma da Previdência, Padilha disse que não entraria em detalhes, mas frisou que haverá idade mínima para aposentadoria. "Hoje, nós temos menos gente contribuindo e mais gente recebendo. Falta dinheiro. Nós precisamos, sim, fazer uma reforma", falou.

No seu discurso, Padilha lembrou a crise financeira profunda enfrentada pelo Rio Grande do Sul, que advém principalmente do setor público. Segundo o ministro, o desafio do governador gaúcho, José Ivo Sartori, de equilibrar as finanças, é o mesmo do presidente em exercício, Michel Temer.

"Sartori vive este momento e o presidente Michel vive exatamente o mesmo momento no plano nacional, com mais condições de dar a volta com mais rapidez, mas o desafio é o mesmo", resumiu.
Padilha voltou a dizer que, apesar do ajuste fiscal, o governo não pensa em elevar a carga tributária agora. Segundo ele, a sociedade "não pode carregar um peso maior" nas atuais circunstâncias.

"Não há exceções", disse. "Se nós pensarmos em aumentar impostos vamos ter não o aumento da arrecadação, mas a queda da arrecadação, porque nas costas do cidadão brasileiro não cabe mais peso neste momento."

O caminho, disse Padilha, passa por "cortar para dentro, racionalizar a gestão e fazer as reformas necessárias". Ele citou ainda a necessidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 - que limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior - para conseguir conter o crescimento da dívida pública consolidada.

Segundo o ministro, a dívida pública consolidada e o déficit da previdência são dois "icebergs" que estão no caminho do Brasil.


Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html
Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html
Padilha quer proposta da reforma trabalhista antes das eleições municipais de outubro, contrariando o ministro do Trabalho, Ronaldo NogueiraFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-27/governo-quer-encaminhar-reformas-antes-de-outubro-diz-padilha.html

Força Nacional chega ao RS no domingo para conter violência

Crise na segurança pública motivou chamamento do reforço federal no policiamento

Após mais um latrocínio chocar os gaúchos, envolvendo desta vez o assassinato da representante comercial Cristine Fagundes em frente à escola do filho, o governo José Ivo Sartori acionou a Força Nacional de Segurança. Os integrantes chegam neste domingo ao Estado e devem começar a atuar já na terça. No total, serão pelo menos 150 integrantes da equipe em solo gaúcho, auxiliando no policiamento ostensivo e na guarnição externa de presídios.
Foto: Agência Brasil
O assassinato de Cristine, contabilizado como o trigésimo latrocínio do ano em Porto Alegre, culminou no pedido de exoneração do secretário de segurança pública do Rio Grande do Sul, Wantuir Jacini, deixando o cargo provisoriamente vago. Na abertura da Expointer, em Esteio, o governador garantiu que a Força Nacional não foi chamada tardiamente, mas reconheceu que a situação é difícil. Sartori ponderou que a violência não foi criada pela atual gestão e ressaltou que o Estado está “de luto”. 

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Neste sábado, familiares de Cristine Fagundes fizeram um protesto pedindo por mais segurança na zona Norte de Porto Alegre, nas proximidades do local em que a empresária foi assassinada. Quatro dos cinco suspeitos iniciais capturados pela polícia foram soltos, mas o atirador segue detido. Outros dois envolvidos já foram identificados e são procurados pela investigação. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/policia/forca-nacional-chega-ao-rs-no-domingo-para-conter-violencia,9bf0ab344e9b86c2a770d0ac0e4d9f092n4hk71v.html

Suspeito de clonar carros no RS é preso caçando Pokémons

Homem fazia parte de esquema de roubo e receptação de veículos na região Metropolitana do RS, segundo a polícia

Uma das maiores febres do momento, o jogo Pókemon Go terminou de forma inusitada para um suspeito de clonagem de veículos em Porto Alegre. A Polícia Civil prendeu no final da tarde da sexta-feira (26) um homem envolvido com um esquema de roubo, clonagem e receptação de veículos enquanto ele fazia uso do aplicativo. Conforme o registro policial, o homem, de 30 anos, se distraía com o jogo dentro de um Nissan Tida roubado quando foi abordado pela investigação.
O aplicativo, que usa a tecnologia de geolocalização GPS, visa buscar no mundo real as criaturas virtuais que aparecem aleatoriamente
O aplicativo, que usa a tecnologia de geolocalização GPS, visa buscar no mundo real as criaturas virtuais que aparecem aleatoriamente
Foto: Getty Images
Inicialmente, ele não percebeu a presença da polícia e tampouco reagiu à abordagem, facilitando o trabalho da equipe dos delegados Adriano Nonnenmacher e Marco Guns. A prisão do indivíduo acabou levando à descoberta de um esquema que atua em Porto Alegre e Cachoeirinha, na região Metropolitana, e já era investigado pelo Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento de Investigação e Criminalística. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para o sistema prisional de Porto Alegre. 

https://noticias.terra.com.br/brasil/policia/suspeito-de-clonar-carros-no-rs-e-preso-cacando-pokemons,594e638525b8d5e46722800ebb9e2b43uzi7oxhm.html

Gleisi diz que nem ela tem "moral" para julgar impeachment de Dilma

Ao explicar sua fala de que o Senado não tem moral para julgar a presidente afastada, Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ontem se incluir no grupo sem condições de avaliar os crimes pelos quais a petista é acusada. A frase deu início a uma discussão em plenário na manhã de anteontem e voltou ser polêmica na sessão de ontem.

"Não me arrependo (de afirmar que a Casa não tem moral). O Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma. Uma parte grande dos senadores está respondendo a processo, inclusive eu", disse Gleisi. "Me incluo nisso", afirmou. E complementou: "Estou apontando o dedo para uma pessoa, tem três apontados para mim."

Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a investigação policial concluir que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobrás. Eles negam irregularidades.

Renan diz estar "arrependido"

Ontem à tarde, Gleisi ligou para o presidente do Senado para tentar desfazer o mal-estar entre os dois após o embate no plenário, mas ele não atendeu o telefone. A petista diz ter deixado um recado para o peemedebista. Renan, por sua vez, afirma que não viu a ligação. "Se bem conheço, estou muito mais chateado do que ela", afirmou.

Desde o embate, o peemedebista montou com assessores uma ação de contenção de danos. "Eu morro de arrependimento quando isso acontece", disse Renan. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/27/gleisi-diz-que-tambem-nao-tem-moral-para-julgar.htm

Lula diz que indiciamento no caso do tríplex é "factoide" contra 2018


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (26) a senadores do PT que o seu indiciamento pela Polícia Federal, às vésperas do julgamento do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, tem objetivos exclusivamente políticos. Na avaliação de Lula, trata-se de mais um "factoide", na tentativa de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.

"Podem trazer os maiores investigadores do mundo aqui que não vão provar que esse apartamento é meu", afirmou o ex-presidente, de acordo com relato de dois senadores do PT. Lula e sua mulher, Marisa, foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga a propriedade do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. É o primeiro indiciamento de Lula na Operação Lava Jato.

Para o delegado Márcio Adriano Anselmo, o ex-presidente e Marisa receberam vantagens ilícitas, por parte da empreiteira OAS, "em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões", referentes à reforma do apartamento no Guarujá e ao custeio de "armazenamento de bens do casal".
 
Lula costuma se referir ao imóvel como um apartamento do "Minha Casa Minha Vida" por causa do seu tamanho, considerado pequeno para um tríplex. Investigadores da Lava Jato também suspeitam que o ex-presidente seja dono de um sítio em Atibaia (SP), reformado pela OAS e Odebrecht.

Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal, que diz que eu tenho"
"Eles têm que apresentar documento de compra, contrato assinado, porque, se não tiver, em algum momento eles é que terão de me dar de presente uma chácara e um apartamento", disse Lula no último dia 29, ao participar da conferência nacional dos bancários, em São Paulo. "Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, não precisa fazer isso. A gente pode escolher outros candidatos com mais qualidade. Agora, essa provocação me dá coceira (de ser candidato)."

Na rápida conversa desta sexta-feira com quatro senadores do PT, no hangar do aeroporto de Brasília, Lula foi na mesma linha, usando praticamente os mesmos argumentos. Jorge Viana (AC), Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE) saíram da sessão de julgamento do impeachment de Dilma por volta das 16h apenas para se encontrar com o ex-presidente.

Na tentativa de corroborar a percepção de uso político das investigações, os parlamentares também destacaram que a autorização do Supremo Tribunal Federal para abertura de inquérito contra Dilma, Lula e outras cinco pessoas, por suspeita de obstrução de Justiça, foi divulgada justamente no dia em que ela anunciou sua esperada carta aos senadores.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/26/lula-diz-que-seu-indiciamento-e-um-factoide.htm

Lula diz que indiciamento no caso do tríplex é "factoide" contra 2018


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (26) a senadores do PT que o seu indiciamento pela Polícia Federal, às vésperas do julgamento do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, tem objetivos exclusivamente políticos. Na avaliação de Lula, trata-se de mais um "factoide", na tentativa de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.

"Podem trazer os maiores investigadores do mundo aqui que não vão provar que esse apartamento é meu", afirmou o ex-presidente, de acordo com relato de dois senadores do PT. Lula e sua mulher, Marisa, foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga a propriedade do tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. É o primeiro indiciamento de Lula na Operação Lava Jato.

Para o delegado Márcio Adriano Anselmo, o ex-presidente e Marisa receberam vantagens ilícitas, por parte da empreiteira OAS, "em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões", referentes à reforma do apartamento no Guarujá e ao custeio de "armazenamento de bens do casal".
 
Lula costuma se referir ao imóvel como um apartamento do "Minha Casa Minha Vida" por causa do seu tamanho, considerado pequeno para um tríplex. Investigadores da Lava Jato também suspeitam que o ex-presidente seja dono de um sítio em Atibaia (SP), reformado pela OAS e Odebrecht.

Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal, que diz que eu tenho"
"Eles têm que apresentar documento de compra, contrato assinado, porque, se não tiver, em algum momento eles é que terão de me dar de presente uma chácara e um apartamento", disse Lula no último dia 29, ao participar da conferência nacional dos bancários, em São Paulo. "Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, não precisa fazer isso. A gente pode escolher outros candidatos com mais qualidade. Agora, essa provocação me dá coceira (de ser candidato)."

Na rápida conversa desta sexta-feira com quatro senadores do PT, no hangar do aeroporto de Brasília, Lula foi na mesma linha, usando praticamente os mesmos argumentos. Jorge Viana (AC), Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE) saíram da sessão de julgamento do impeachment de Dilma por volta das 16h apenas para se encontrar com o ex-presidente.

Na tentativa de corroborar a percepção de uso político das investigações, os parlamentares também destacaram que a autorização do Supremo Tribunal Federal para abertura de inquérito contra Dilma, Lula e outras cinco pessoas, por suspeita de obstrução de Justiça, foi divulgada justamente no dia em que ela anunciou sua esperada carta aos senadores.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/08/26/lula-diz-que-seu-indiciamento-e-um-factoide.htm