terça-feira, 9 de abril de 2013

Brasileiros cruzam a fronteira com a Argentina para contrabandear tomate

Em algumas cidades do Paraná, o preço do quilo do produto passa de R$ 8.
Ministério da Agricultura diz que, sem documentos, compra é contrabando.

Com o aumento recorde no preço do tomate, alguns consumidores de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, têm cruzado a fronteira para comprar o produto na Argentina. Nos supermercados, o consumidor paga menos da metade do valor brasileiro. No Paraná, por exemplo, em algumas cidades, o quilo passa de R$ 8.
A alta no preço em todo o país se deve aos efeitos climáticos, por conta das chuvas que afetam as plantações. De acordo com o estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta segunda-feira (8), de 18 capitais pesquisadas, o tomate, no varejo, teve alta em 12 em março. Curitiba teve uma oscilação de 2,86%.
Nos mercados de Porto Iguaçu, na Argentina, a procura dos brasileiros por tomate aumentou tanto que ninguém mais encontra o produto para comprar. “A gente veio rapidamente comprar porque a gente sempre está na Argentina. Então, tem que aproveitar o preço”, disse o webdesigner Marlon Brol.

No entanto, as autoridades do Brasil orientam para os riscos de cruzar a fronteira transportando tomate, pois podem perder a carga. “Esse tomate também não pode entrar porque não está sendo feita uma exportação, não tem certificado sanitário nacional. Está sendo contrabandeado”, alertou o chefe do Ministério da Agricultura Antônio Garcez.

G1

PMs e ex-PM são presos suspeitos da morte do filho de Carlinhos de Jesus

Três policiais militares e um ex-PM têm mandado de prisão preventiva.
Carlos Eduardo Mendes de Jesus foi assassinado em novembro de 2011.

Agentes da Polícia Civil e da Corregedoria Geral Unificada prenderam na manhã desta terça-feira (9) quatro homens suspeitos de assassinar Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, filho do dançarino Carlinhos de Jesus. Um dos presos é o ex-PM Marlon Soares Pinheiro, preso num condomínio de luxo, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. A polícia ainda não divulgou os nomes dos outros três presos, como informou o Bom Dia Rio.

Os outros três suspeitos são três policiais militares. Contra os suspeitos foram cumpridos mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Capital.

Dudu foi assassinado com oito tiros, em novembro de 2011, quando saída de um bar em Realengo, na Zona Oeste. O jovem era vocalista de um grupo de samba. Os dois assassinos estavam em uma motocicleta. Na época, os investigadores descobriram que integrantes da banda da qual Dudu fazia parte se envolveram em uma briga com um policial militar numa festa.

G1

Para Barbosa, juízes agiram de forma 'sorrateira' em apoio a novos tribunais

Presidente do Supremo travou discussão tensa com magistrados.
Associações rebateram críticas e disseram que TRFs são necessários.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (8) a representantes de entidades de magistrados que eles agiram de forma "sorrateira" ao apoiar a aprovação, pelo Congresso Nacional, da criação de quatro novos tribunais regionais federais. As associações negaram e disseram que os tribunais são necessários para o país.

Barbosa se reuniu com os presidentes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Jornalistas puderam acompanhar parte da audiência. O presidente do STF é contra a criação dos TRFs sob o argumento de que o custo é elevado e que caberia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidir sobre novos tribunais.

"Continuo a dizer que foi aprovado de uma maneira açodada. Havia outras soluções e há outras soluções. Mas foi tudo feito à base de conversas de pé de ouvido, sem manifestação oficial de órgãos importantes do Poder Judiciário, do CNJ", disse Barbosa às associações.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, durante reunião com associações de juízes, nesta segunda (8) (Foto: Carlos Humberto/SCO/STF)O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, durante reunião com associações de juízes, nesta segunda (8)
Nesse instante, o vice-presidente da Ajufe, Ivanir César Ireno Junior, que participava da audiência, interveio: "Me perdoe, Vossa Excelência, mas o Conselho Nacional de Justiça, em 2010, eu até tenho o número do processo, se manifestou sobre a PEC."

Barbosa negou: "Não, não se manifestou. O CNJ ficou de criar uma comissão e essa comissão nunca foi criada. Essa é que é a verdade. Nunca foi criada."

Foi tudo feito à base de conversas de pé de ouvido, sem manifestação oficial de órgãos importantes do Poder Judiciário, do CNJ"
Joaquim Barbosa,
sobre a criação de mais 4 tribunais federais
O presidente do STF, então, disse que a atuação das entidades foi "à base de cochichos".

"A nota técnica teria que se basear no trabalho de uma comissão, de um grupo de experts, que nunca houve, que nunca foi criado. Ou seja, mais uma vez se toma uma decisão de peso no país sem ouvir o CNJ. Ou seja, à base de cochichos. Os senadores e deputados foram induzidos a erro. Porque ninguém colocou nada no papel", afirmou em tom duro.

O vice-presidente da Ajufe destacou que a entidade acompanhou por 13 anos o processo. Barbosa rebateu dizendo que a entidade não tem poder constitucional sobre criação de tribunais, apenas atua como órgão de representação.

"Não confunda a legitimidade que o senhor tem enquanto representante sindical com a legitimidade dos órgãos do Estado. Eu estou dizendo é que órgãos importantes do Estado não se pronunciaram sobre o projeto que vai custar à nação, por baixo, R$ 8 bilhões", disse Barbosa a Ireno Junior, da Ajufe.

O presidente da Ajufe, Nino Toldo, acrescentou que cada tribunal custaria no máximo R$ 100 milhões ao ano. E, Barbosa, disparou: "Pelo que eu vejo, vocês participaram de forma sorrateira na aprovação. [...] São responsáveis, na surdina, pela aprovação."

Sorrateira, não, ministro. Sorrateira, não. [De forma] Democrática e transparente"
Ivanir César Ireno Junior (Ajufe),
ao rebater Barbosa sobre criação de tribunais
E Ivanir César Ireno Junior, da Ajufe, rebateu de forma dura: "Sorrateira, não, ministro. Sorrateira, não. [De forma] Democrática e transparente."

Joaquim Barbosa travou uma tensa discussão, então, com o vice-presidente da associação. "O senhor abaixe a voz que o senhor está na presidência do Supremo Tribunal Federal." O vice reagiu afirmando que estava só argumentando.

E Barbosa completou: "Então só me dirija a palavra quando eu lhe pedir. Concluo: a minha posição, tomada assim de última hora, porque estava perplexo. Como é que quase duplica o número de tribunais federais no Brasil dessa maneira. Os senhores não representam o Conselho Nacional de Justiça. Os senhores não representam o STJ, representam seus interesses corporativos legítimos. Mais isso não supre a vontade dos órgãos estatais. Compreendam isso. Os senhores não representam a nação. Não representam os órgãos estatais. Os senhores são representantes de classe. Só isso."
Empregos
Em outro momento do debate, Joaquim Barbosa disse que as entidades defendiam os novos tribunais porque criariam empregos. "É muito bom para a advocacia a criação de quatro novos tribunais com mais milhares de empregos de juízes. [...] Mas isso não é o interesse da nação", disse.

Quando Nino Toldo afirmou que queriam apresentar um estudo sobre o tema, Barbosa ironizou: "Esses tribunais vão ser criados em resorts, em alguma grande praia."
Eu não tenho obrigação de saber o seu nome"
Joaquim Barbosa ao presidente da Ajufe
Audiência com as entidades
O encontro começou tenso porque o presidente do STF não queria que todos os presentes participassem, como diretores e vice-presidentes das entidades. No entanto, acabou liberando a entrada. Ao término do encontro, pediu que "da próxima vez", compareçam apenas aqueles que pediram a audiência.

Às entidades, Barbosa solicitou que, quando tivessem alguma crítica, que fossem diretamente a ele. "Quando os senhores  tiverem algo a acrescentar, colaborar, aprimorar, antes de ir à imprensa, dirijam documentação à minha assessoria."

Há pouco tempo, Joaquim Barbosa, que veio do Ministério Público, se envolveu em disputa com entidades de classe porque disse que juízes faziam "conluios" com advogados por interesses próprios. Além disso, também foi criticado pelos juízes por dizer que tinham mentalidade "pró-impunidade". Em razão desses atos, as entidades divulgaram notas oficiais para rebater Joaquim Barbosa.

O clima tenso da reunião mostra que esse diálogo não será fácil."
Nino Toldo, presidente da Ajufe, após reunião com Barbosa
Nino Toldo lembrou que a audiência foi pedida em dezembro do ano passado. Nesta segunda, Barbosa recebeu as associações de magistrados pela primeira vez.

Ao argumentar que tinha agenda muito cheia, dirigiu-se à Nino Toldo dizendo que recebeu "esse senhor" havia quatro meses. O presidente da Ajufe respondeu: "Meu nome é Nino Toldo". Barbosa respondeu em tom ríspido: “Eu não tenho obrigação de saber o seu nome”.

No fim do encontro, Nino Toldo disse que a audiência mostrou que o diálogo com o STF "não será fácil". “A Ajufe, junto com as demais associações de classe da magistratura, procurou, nessa reunião, estabelecer diálogo com o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. Contudo, o clima tenso da reunião mostra que esse diálogo não será fácil."

G1

Ministério Público deflagra operações de combate à corrupção pelo Brasil

Ações, em 12 Estados, contam com 150 promotores e 1.300 policiais.
Desvio em órgãos públicos e lavagem de dinheiro estão entre os crimes.

Mais de 150 promotores e 1.300 policiais fazem nesta terça-feira (9) operações de combate à corrupção em pelo menos 12 Estados.

As ações são coordenadas pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas em parceria com diversos órgãos e têm como objetivo desmantelar esquemas criminosos cujos desvios de verbas podem ultrapassar R$ 1,1 bilhão.

A "Operação Nacional Contra a Corrupção" cumpre 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens e 20 mandados de afastamento das funções públicas.

Entre as irregularidades estão desvio de dinheiro em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, compra de sentenças, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito de agentes públicos.

As investigações são realizadas nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.

Veja informações sobre as operações nos Estados:

Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais
A operação "Robusta", que visa combater a sonegação fiscal na venda do café, é realizada simultaneamente nos três Estados. Um empresário envolvido na fraude foi preso em Copacabana, Zona Sul do Rio.

São 20 empresas de fachada que livrariam comerciantes do ES de importo. Conforme o MP, o volume de notas fiscais emitidas pelas empresas envolvidas é da ordem de R$ 2 bilhões e o valor sonegado pode chegar a R$ 182 milhões, só nos últimos três anos.

No ES, serão cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão.

Em MG, sete empresas e dois escritórios de contabilidade são alvos de mandados de busca e apreensão em Ervália e Manhuaçu, na Zona da Mata, e Resplendor, no Vale do Rio Doce.

Rio de Janeiro
Ação do MP com a inteligência da Polícia Militar cumpre seis mandados de prisão de integrantes do tráfico de drogas do morro da Mangueira, acusados de atuar na região e de oferecer propina a um PM lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), instalada na comunidade.

G1

Japão instala sistema antimíssil frente a ameaça da Coreia do Norte

Defesa foi montada na região de Tóquio, informaram agências de notícias.
Coreia do Norte ameaça Estados Unidos e aliados após sanções da ONU.

Soldados japoneses em frente ao sistema de detecção de mísseis instalado em Tóqui, no Japão. País se prepara para possível ameaça da Coreia do Norte. (Foto: Issei Kato/Reuters)Soldados japoneses em frente ao sistema de detecção de mísseis instalado em Tóquio, no Japão. País se prepara para possível ameaça da Coreia do Norte. (Foto: Issei Kato/Reuters)
Militares japoneses instalaram nesta terça-feira (9) um sistema de detecção e interceptação de mísseis como forma de se prevenir frente a um eventual ataque da inimiga Coreia do Norte, informaram as agências de notícias EFE, Reuters e Kyodo.

A ordem foi dada pelo ministro da Defesa, Itsunori Onodera.

Duas baterias de mísseis terra-ar Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) foram posicionadas diante do ministério da Defesa, em Tóquio, revelou um porta-voz da instituição.
A imprensa local relatou a instalação de baterias de PAC-3 em outras duas posições na região da grande Tóquio.

Baterias de mísseis terra-ar também foram posicionadas na ilha de Okinawa, como informou na segunda-feira o ministro.

As forças japonesas estão autorizadas a derrubar qualquer míssil norte-coreano que ameace o arquipélago, disse Onodera em entrevista na segunda.
 
mapa coreias 05.04 (Foto: Arte/G1)
Além das baterias de PAC-3s, destróiers com o sistema de interceptação de misseis Aegis estão posicionados no Mar do Japão, segundo o ministério.

A Coreia do Norte, reagindo às sanções da ONU e aos exercícios militares conjuntos americanos e sul-coreanos, fez uma série de ameaças de guerra nuclear nas últimas semanas.

Pyongyang afirma ter posicionado dois mísseis de médio alcance em lançadores móveis em instalações subterrâneas na costa leste.

Os mísseis teriam um alcance de 3.000 quilômetros, com capacidade para atingir qualquer alvo na Coreia do Sul e no Japão, e possivelmente as bases militares americanas situadas no Pacífico norte.
Imagem aérea mostra as unidades Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3), o sistema de interceptação de mísseis do Japão, instalados frente a ameaças da Coreia do Norte. (Foto: Kyodo/Reuters)Imagem aérea mostra as unidades Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3), o sistema de interceptação de mísseis do Japão, instalados frente a ameaças da Coreia do Norte. (Foto: Kyodo/Reuters)
 
Abe também reiterou que o Japão está em permanente contato com seus aliados.

No ano passado, por causa do lançamento por parte do regime comunista de um foguete de longo alcance, o Japão realizou uma forte preparação militar e ativou o estado de alerta para derrubar o satélite norte-coreano caso este modificasse sua trajetória e ameaçasse cair em território japonês.

Além dos sistemas antimísseis em Tóquio e na vizinha cidade de Saitama, o Japão preparou em águas de Okinawa e do Mar do Japão três destróieres com sistema Aegis.

O Japão também mobilizou cerca de 800 membros das Forças de Autodefesa e deixou a postos caças F-15 para oferecer cobertura à defesa marítima caso fosse necessário.

G1