terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Operação prende 63 policiais no RJ

 
A ação, que recebeu o nome de Operação Purificação, tinha como objetivo cumprir 83 mandados de prisão

Rio de Janeiro O 15º BPM (Duque de Caxias), conhecido pelos casos de corrupção envolvendo policiais, voltou a ser palco de novo escândalo. Ontem, 63 policiais originários da unidade foram presos, dois deles em flagrante.

Eles foram detidos durante uma operação conduzida por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria estadual de Segurança, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual, e da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e da Polícia Federal. Além dos militares, foram presas outras 11 pessoas por tráfico.

Os policiais presos foram levados para o Quartel Geral da Polícia Militar, localizado na região central do Rio de Janeiro FOTO: REUTERS
A ação, que recebeu o nome de Operação Purificação, tinha como objetivo o cumprimento de 83 mandados de prisão, sendo 65 contra PMs. O grupo é acusado de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, corrupção e extorsão mediante sequestro, entre outros crimes. Quatro militares estão foragidos. A operação também tinha como objetivo cumprir 112 mandados de busca e apreensão.

No armário do sargento Emerson Vagner Costa Souza, um dos presos, foram encontradas uma touca ninja, cocaína e munição irregular. Apesar de o grupo de militares acusados ser formado por praças, a ação respingou em policiais de patentes mais altas.

O comandante do 15º BPM, tenente-coronel Claudio de Lucas Lima, foi exonerado, bem como todos os oficiais ligados a ele. Em seu lugar, assumiu o tenente-coronel Maurício Faria da Silva. Na avaliação do comando da corporação, ele falhou ao não fiscalizar os seus comandados.

"Bem contra o mal"

"Se lá atrás não conseguimos apresentar provas o bastante para manter os acusados presos, desta vez conseguimos a materialidade dos crimes. Mostra que a PM pode cortar a própria carne e contar com a parceria e a integração com outras instituições. Essa é uma luta do bem contra o mal", disse o secretário de segurança, José Mariano Beltrame, ontem à tarde. Ele se referia a uma operação semelhante, em 2007, que denunciou 59 PMs do Batalhão de Caxias. Na época, eles foram acusados de envolvimento com o tráfico, mas, por falta de provas, acabaram soltos.

Segundo o comandante da PM, coronel Erir Costa Filho, os militares denunciados serão excluídos em um prazo de no máximo um mês. Todos foram encaminhados para Bangu 8, no Complexo de Gericinó. "Nós não aceitamos mais ser humilhados por desvios de conduta praticado por alguns", disse.

Segundo o MP, os policiais vendiam armas e drogas apreendidas para traficantes de 13 favelas da região. Além disso, recebiam propina para não fazer operações e não efetuar prisões na favela Vai Quem Quer, em Caxias. O grupo também chegava a sequestrar traficantes e seus familiares quando os criminosos se recusavam a pagar.  

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1210775

Policial militar morre após ser baleado por policiais civis, diz PM


Caso está sendo investigado pelas corregedorias da PM e da Polícia Civil.
Soldado de folga presumiu que seria atacado e reagiu, diz PM.

O policial militar ferido por tiros no Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, na noite desta segunda-feira (3), não resistiu aos ferimentos e morreu por volta de 21h50. Segundo a Polícia Militar, o soldado foi baleado por policiais civis. O caso é investigado pelo DHPP e pelas corregedorias das polícias Militar e Civil.

O cabo Geraldo Alves da Cruz, que estava de folga e sem farda, tinha ido ao Grajaú para visitar o sogro e parou para conversar com amigos. O grupo foi abordado por policiais civis, na Rua Jequirituba, no Grajaú.

Segundo a Polícia Militar e uma testemunha que conversou com o Bom Dia São Paulo, os investigadores não se identificaram e o PM presumiu que estava sendo atacado por criminosos. Ele reagiu à abordagem dos policiais civis, que investigavam um caso de roubo de cargas na região.

O soldado foi atingido três vezes: no crânio, na face e no peito, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Ele foi levado ao Hospital do Grajaú às 21h27, mas morreu pouco mais de 20 minutos após ser internado, ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com o 27º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o policial militar tinha 19 anos de corporação e prestava serviços na Força Tática do 50º BPM.
 
O Centro de Operação da Polícia Militar registrou o caso inicialmente como homicídio culposo, quando se entende que não houve a intenção de matar. Porém, não havia até 5h30 desta terça menção ao confronto com policiais civis. Até o mesmo horário, o caso não havia sido registrado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) tampouco na Central de Flagrantes do 101º DP e permanecia sob os cuidados da Corregedoria da Polícia Civil.